Manaus, 02 de Outubro de 2018 NOTA:______ ( ) Aprovado ( ) Reprovado
ATIVIDADES TEÓRICO-PRÁTICAS DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO (80 HORAS)
IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO
Nome do aluno: Jamil Alfredo Bastos Neto R.A.: C274DC2
Campus: MANAUS Curso: ENFERMAGEM Turno: MATUTINO
Celular: (92) 994403512
E-mail: jamisjota20@hotmail.com
IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO
Nome dos Campos de Estágio (Concedentes): SPA COROADO
Áreas: clinica medica
Data inicial: 03/09/2018 Data final: 19/10/2018
Professor: Rossione Costa
Instituto de Ciências da Saúde
Rua; Dr. Bacelar, 1212 – Vila Clementino – São Paulo – SP
CEP: 04026-002 – Tel: (11) 5586-4066
RELATÓRIO DESCRITIVO DAS ATIVIDADES E ANEXAR COMPROVANTES
Introdução
As contribuições de estudos como esse são importantes, pois a sistematização da assistência de enfermagem mostra-se mais uma vez relevante no tratamento de pacientes com doenças diversificadas. Pois esta prática educativa continue sendo incentivada, durante a formação dos enfermeiros devemos investir em uma assistência mais humanizada, voltada ao paciente como um ser holístico e não centrado apenas na sua patologia. Durante a formação acadêmica o julgamento crítico deve ser implementado, formando profissionais éticos e responsáveis por todo o processo de cuidado. A interligação da prática com a teoria, busca a cientificidade do processo assistencial e justifica as ações implementadas.
Um abcesso em geral é uma coleção de pus neutrófilos mortos, que tem acumulado numa cavidade formada pelo tecido em que o pus reside na base de um processo infeccioso geralmente causadas por bactérias ou parasitas ou outros materiais estranhos como por exemplo, lascas, ferimentos a bala, ou injetando agulhas. É uma reação defensiva do tecido para evitar a propagação de materiais infecciosos para outras partes do corpo.
Os organismos ou substâncias estranhas matar as células locais, resultando na liberação de citocinas. As citocinas desencadear uma resposta inflamatória do próprio organismo, que atrai um grande número de células brancas do sangue para a área e aumenta o fluxo sanguíneo regional.
Definição
O abscesso é uma inflamação circundada por uma membrana da qual o pus é gerado, estes são relacionados à origem traumática e piogênica, caracteriza-se por edema, dor, calor e mudança de coloração cutânea. A cura se realiza com a cicatrização após absorção e eliminação do pus através de fístula para o exterior ou para condutos naturais. Os antibióticos de escolha para o tratamento são os derivados da penicilina (POPOLIZIO et al., 2017).
A frequência e a forma das variações anatômicas do nervo isquiático são de grande valia para a equipe de saúde, que devem relacionar os conhecimentos da anatomia humana com a prática profissional, utilizando-os para prevenir agravos à saúde do indivíduo durante determinados procedimentos, como por exemplo, as injeções intramusculares (IM) na região glútea.
Fisiopatologia
Os microrganismos que provocam um abscesso podem penetrar no tecido por implantação direta por exemplo, trauma penetrante com objeto contaminado, disseminação a partir de uma infecção contígua estabelecida, disseminação através de vias linfática ou hematogênica a partir de sítio à distância ou migração de uma localização onde são flora residente para uma área normalmente estéril adjacente por causa de ruptura das barreiras naturais por exemplo, perfuração de uma víscera abdominal provocando abscesso intra-abdominal.
Fatores predisponentes à formação de abscessos incluem comprometimento dos mecanismos de defesa do hospedeiro tais como função leucocitária alterada, presença de corpos estranhos, obstrução da drenagem normal dos tratos urinário, biliar ou respiratório, isquemia ou necrose tecidual, hematoma ou acúmulo excessivo de líquido nos tecidos e trauma.
Os abscessos podem começar como celulite. A separação dos elementos celulares por líquido ou espaço criado por necrose celular de outra causa oferece uma área onde os leucócitos podem se acumular e formar um abscesso. A dissecção progressiva por pus ou a necrose de células vizinhas expande o abscesso. O tecido conjuntivo altamente vascularizado pode então invadir e circundar o tecido necrótico, leucócitos e restos celulares para emparedar o abscesso e assim limitar a posterior disseminação.
Fatores de risco
A injeção é um dos procedimentos mais comuns na área da saúde e cerca de 16 bilhões de injeções de imunógenos são administradas a cada ano em todo o mundo. Além disso, as práticas inseguras das injeções podem impedir seriamente os progressos realizados pelos programas de saúde, gerando grandes transtornos na assistência aos indivíduos. (GADDINI et al., 2014)
A aplicação de medicações com agulhas reutilizadas e/ou contaminadas é um dos fatores que pode acarretar o aparecimento de abscessos. A aplicação de substâncias irritantes, injúrias mecânicas e a contaminação durante a execução dos procedimentos, podem provocar abscessos e apresenta como desvantagem a dificuldade de proceder a drenagem e o tratamento dos mesmos (JULIANO et al., 2007).
As IM em alguns casos podem atingir os músculos posteriores da coxa que provoca paresia do movimento de flexão da perna e movimentos do pé (pé caído). Na literatura específica da enfermagem, desde 1920 tal fato tem merecido destaque. (PAGANELA et al., 2009).
Diagnostico
A prática da administração de medicamentos através da via intramuscular, deve ser realizada por pessoas dotadas de conhecimentos específicos para a execução do procedimento, evidenciando assim os saberes da equipe de enfermagem para realizar tal ação.
O diagnóstico não é difícil. Os sintomas clássicos são flutuações, vermelhidão, inchaço, densidade e dor quando se sentem. Os fenômenos gerais variam dependendo da gravidade da infecção e do tamanho do abscesso, como regra, a temperatura corporal sempre aumenta. O abscesso glúteo é complicado por doenças como tromboflebite, linfadenite e raramente sepsis.
Manifestações Clínicas
Os primeiros sinais do abcesso incluem dor, calor local, vermelhidão e inchaço. O abscesso de pós-injeção de glúteo tem uma localização típica e atinge um tamanho grande. É caracterizada por inchaço e vermelhidão da vasta área na nádega. Muitas vezes, há uma flutuação (com os dedos de uma mão, pressionando a área de inchaço e vermelhidão, enquanto se sente flutuações fluidas). O abscesso das nádegas consiste em duas fases sucessivas. A primeira fase é a fase de infiltração ou compactação, quando sentimos a compactação dos tecidos quando se sente. A segunda fase é a fase de formação do abscesso, quando a infiltração se sente macia, a flutuação aparece.
Prescrição médica
MEDICAÇÃO
DOSE/VIA
HORÁRIO
CEFTRIAXONA
1G/ EV
6/6 HRS
DIPIRONA SÓDICA
1G/EV
6/6HRS
TENOXICAM
20 MG/EV
12/12 HRS
CEFTRIAXONA
INDICAÇÃO: indicado para o tratamento de infecções causadas por microrganismos sensíveis à Ceftriaxona, como: Sepse; Meningite; Borreliose de Lyme disseminada (estágios iniciais e tardios da doença) (Doença de Lyme); Infecções intra-abdominais (peritonites, infecções do trato gastrintestinal e biliar); Infecções ósseas, articulares, tecidos moles, pele e feridas; Infecções em pacientes imunocomprometidos; Infecções renais e do trato urinário; Infecções do trato respiratório, particularmente pneumonia e infecções otorrinolaringológicas; Infecções genitais, inclusive gonorreia; Profilaxia perioperatória de infecções.
CONTRA-INDICAÇÃO: pacientes com conhecida hipersensibilidade à Ceftriaxona, a qualquer um dos excipientes da formulação ou a qualquer outro cefalosporínico. Pacientes com histórico de reações de hipersensibilidade à penicilina e outros agentes betalactâmicos podem apresentar maior risco de hipersensibilidade à Ceftriaxona
SINAIS ADVERSOS: As reações adversas mais frequentemente reportadas para Ceftriaxona são eosinofilia, leucopenia, trombocitopenia, diarreia, erupção cutânea e aumento das enzimas hepáticas. Os dados para determinar a frequência das reações adversas de Ceftriaxona foram obtidos de estudos clínicos. Reação comum (> 1/100 e < 1/10): eosinofilia, leucopenia, trombocitopenia, diarreia, fezes amolecidas, aumento das enzimas hepáticas e erupção cutânea. Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): infecção fúngica no trato genital, granulocitopenia, anemia, coagulopatia, cefaleia, tontura, náusea, vômito, prurido, flebite, dor no local da administração, febre e aumento da creatinina sérica. Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1.000): colite pseudomembranosa, broncoespasmo, urticária, hematúria, glicosúria, edema e calafrios.
DIPIRONA SÓDICA
INDICAÇÃO: Analgésico e antipirético.
CONTRA-INDICAÇÃO: A Dipirona monoidratada não deve ser administrada a pacientes com: Hipersensibilidade a Dipirona monoidratada ou a qualquer um dos componentes da formulação ou a outras pirazolonas (ex.: fenazona, propifenazona) ou a pirazolidinas (ex.: fenilbutazona, oxifembutazona) incluindo, por exemplo, caso anterior de agranulocitose em reação a um destes medicamentos. Em certas doenças metabólicas tais como: porfiria hepática aguda intermitente (risco de indução de crises de porfiria) e deficiência congênita da glicose-6-fosfato-desidrogenase (risco de hemólise). Função da medula óssea insuficiente (ex.: após tratamento citostático) ou doenças do sistema hematopoiético. Asma analgésica ou intolerância analgésica do tipo urticária-angioedema, ou seja, em pacientes com desenvolvimento anterior de broncoespasmo ou outras reações anafilactoides (ex.: urticária, rinite, angioedema) provocadas por salicilatos, paracetamol ou outros analgésicos não-narcóticos (ex.: diclofenaco, ibuprofeno, indometacina, naproxeno).
SINAIS ADVERSOS: Reações anafiláticas/anafilactoides Raramente a Dipirona monoidratada pode causar reações anafiláticas/anafilactoides que, em casos muito raros, podem se tornar graves e com risco de vida. Estas reações podem ocorrer mesmo após o produto ter sido utilizado previamente em muitas ocasiões sem complicações. Tais reações medicamentosas podem desenvolver-se imediatamente após a administração de Dipironamonoidratada ou horas mais tarde; contudo, a tendência normal é que estes eventos ocorram na primeira hora após a administração. Tipicamente, reações anafiláticas/anafilactoides leves manifestam-se na forma de sintomas cutâneos ou nas mucosas (tais como: prurido, ardor, rubor, urticária, inchaço), dispneia e, menos frequentemente, sintomas gastrintestinais. Estas reações leves podem progredir para formas graves com urticária generalizada, angioedema grave (até mesmo envolvendo a laringe), broncoespasmo grave, arritmias cardíacas, queda da pressão sanguínea (algumas vezes precedida por aumento da pressão sanguínea) e choque circulatório. Em pacientes com síndrome da asma analgésica, estas reações aparecem tipicamente na forma de ataques asmáticos.
3 TENOXIICAM
INDICAÇÃO: O Tenoxicam é indicado para o tratamento dos sintomas de doenças dolorosas inflamatórias e degenerativas como artrite reumatóide, osteoartrite, osteoartrose, espondilite anquilosante, tendinite, bursite, gota e distensões ligamentares e entorses em adultos.
CONTRA-INDICAÇÃO: Este remédio é contraindicado em pessoas com menos de 18 anos, com doenças graves do trato gastrintestinal superior, incluindo gastrite, úlcera duodenal e gástrica, pessoas com história de alergia a anti-inflamatórios não esteroides com sintomas de asma, rinite e urticária ou com alergia ao Tenoxicam ou a algum dos componentes da fórmula.
SINAIS ADVERSOS: Alguns dos efeitos colaterais de Tenoxicam podem incluir dor de estômago, má digestão, dor de cabeça, náuseas, azia, sintomas de pele, como urticária, coceira, manchas avermelhadas na pele, vertigem e tontura.
PROCESSO DE ENFERMAGEM
3.1 Identificação do Paciente
M.L.S., sexo feminino, nascida em 02/09/2970, 48 anos, cor parda, profissão autônoma, natural de Manaus, residente em casa própria da família no bairro Jorge Teixeira 1 etapa, moram cinco pessoas na casa sendo a paciente, seu esposo e mais dois filhos.
Queixa principal
Abcesso região glútea
História atual
No dia 07 de setembro do presente ano, paciente deu entrada ao SPA do coroado com queixa principal de dor e queimação na região glútea direita. Relata que a dor surgiu após uma técnica de enfermagem aplicar uma medicação declofenaco de sódio para dor em região afetada, uns quatros dias após a aplicação começou a sentir dor, calor local, vermelhidão e inchaço. Vindo a classifica a dor, quanto à intensidade, como nota 9. A dor é constante e aumenta sempre que se movimenta, dificultando a deambulação.
História pregressa
Paciente relata não ser portadora de hipertensão arterial, diabetes, não houve quadros de acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio, teve sua menarca aos 16 anos, seu primeiro filho nasceu de parto normal, porem o segundo filho foi Cesário por conta de excesso de peso que ganhou ao longo da gravidez.
História Fisiológica
Segundo paciente hoje em dia não fuma e nem faz uso de bebidas alcoólicas, mas quando jovem fazia uso de bebidas alcoólicas desde sua adolescência, afirma realizar todas as refeições do dia, tem habito de toma três vezes banho por dia, não costuma realizar exames de rotina e que só realiza quando solicitado, prática atividade física porem não rotineiramente.
História Social
Em relação à nutrição, ingere diariamente água, sucos, leite, café, arroz e carne. Nega dificuldades de urinar e evacuar diariamente. A urina possui coloração claro. Relata evacuar uma vez ao dia, geralmente pela manhã. Em relação ao sono e repouso, dorme, em média, 7 horas por noite. Sente-se descansada quando acorda. Relata que não gosta de sair muito de casa, por conta o trabalho, prefere ficar em casa com a família.
História Familiar
Não apresenta histórico de diabetes e cardiopatias em sua família, pais se encontram falecidos.
Exame físico
Paciente encontra-se lucida, orientada em tempo e espaço no leito, em ar ambiente, consciente, comunicativa, normocorado, febril, taquipnéico, dor e limitação a movimento do quadril a direita, mantida em dieta livre por via oral, hidratada, deambulando com dificuldade devido a drenagem do abcesso.
Cabeça e Pescoço: acuidade visual preservada, com pupilas isocoricas e fotorreagente, com ligeira dificuldade de enxergar para perto faz uso de óculo pois possui 1,75º grau de miopia. Acuidade auditiva também preservada. Nariz sem inflamação, deformidades, coriza. Boca, lábios e dentes com achados adequados sem alterações, com arcada dentaria completa e com presença de carie. Pescoço sem lesões ou deformidades, com movimentações normais pele integra.
Sistema Cardiovascular: Tórax de forma simétrico, sem alterações anatômicas e com boa expansibilidade, ausculta cardíaca fisiológica, batimentos normo-fonéticos sem sopro BNF2T S/S.
Sistema pulmonar: múrmuros vesiculares presentes, sem ruídos adventícios
Sistema Digestivo: Abdome plano, flácido, sem massas e indolor à palpação.
Membros superiores: Membros superiores D, com acesso venoso periférico e E, com pele integra e unhas sem sujidades.
Membros inferiores: MIE com pele integra, sem presença de edema, hiperemia, parestesia, dor. MIE. Com abcesso em região glútea, relatando dor, inchaço e dificuldade para deambular.
3.2 Diagnósticos de Enfermagem
ACHADO
Abcesso na região glútea
DIAGNÓSTICO
Integridade da pele prejudicada relacionado ao abcesso infeccionado.
PLANEJAMENTO
Paciente desenvolverá plenitude de tegumento estabelecido em até quatro dias.
IMPLEMENTAÇÃO
1. Estimular a mudança de posição;
2.Manter a pele limpa e seca;
3. realizar curativos nas técnicas assépticas todos os dias.
AVALIAÇÃO
Paciente apresentou integridade da pele reestabelecida dentro do plano de enfermagem.
ACHADO
Relato de dor
DIAGNÓSTICO
Dor aguda relacionada à agente lesivo biológico (infecção) caracterizado por expressão facial de dor e gestos de proteção.
PLANEJAMENTO
Paciente apresentara redução do nível de dor em até 2 horas.