O Hipotireoidismo Congênito
Por: Ozias Junior • 9/3/2017 • Resenha • 618 Palavras (3 Páginas) • 447 Visualizações
Hipotireoidismo congênito
Por definição o hipotireoidismo congênito é um distúrbio do metabolismo sistêmico em que a glândula tireoide é incapaz de produzir os hormônios tireoidianos.
Estes hormônios tireoidianos são responsáveis pelo:
“(...), processo de vascularização do sistema nervoso central, mielinização, arborização dendrítica, formação de sinapses, migração neuronal, diferenciação celular e expressão celular”.
A ausência deste hormônio dentro do organismo do recém-nascido diminui o seu metabolismo, comprometendo assim o seu desenvolvimento físico e mental.
Dentro do contexto da saúde o hipotireoidismo congênito é uma das doenças mais frequentes e previníveis e doença mental.
O hipotireoidismo pode acontecer em decorrência da deficiência de iodo na alimentação, ausência da glândula tireoide ou quando a sua presença é ectópica como, por exemplo, na base da língua ou também uma patologia herdada geneticamente em que a biossíntese do hormônio tireoidiano é caracterizada.
A partir da quarta semana de vida do recém-nascido já é possível detectar a ausência dos hormônios tireoidianos, esta detecção precoce favorece o diagnostico precoce a fim de prevenir possíveis e futuras doenças neurológicas.
O primeiro teste capaz de detectar esta patologia é o teste do pezinho que é realizado através da punção no calcanhar do recém-nascido.
Os exames de ultrassonografia, ressonância magnética e cintilografia de tireoide podem ajudar no estabelecimento do diagnostico e da etiologia da patologia.
Se porventura for detectado a possibilidade do desenvolvimento do hipotireoidismo congênito será realizado a dosagem dos hormônios TSH e T4 através da coleta de uma amostra de sangue venoso o mais rápido possível.
Após a detecção da patologia inicia-se o tratamento que devera perdurar por toda a vida do individuo. O tratamento consiste na reposição dos hormônios deficitários. Inicialmente é utilizada uma alta dose do hormônio T4 que seja capaz de evitar os danos cerebrais que poderá comprometer os danos neurológicos causados pela deficiência do mesmo.
É importante ressaltar que os exames precoces são capazes de prevenir os danos neurológicos causados pelo hipotireoidismo congênito. Se não detectados precocemente os danos podem ser irreversíveis.
Cerca de 20% dos casos de hipotireoidismo congênito são assintomáticos ao nascimento e devido a este fator é imprescindível a realização do teste do pezinho, o ideal é que este teste seja realizado após as primeiras 48 horas de vida.
Os principais sintomas da manifestação do hipotireoidismo congênito são:
(...), “hipotonia muscular, dificuldades respiratórias, cianose, icterícia prolongada, constipação, bradicardia, anemia, sonolência excessiva, choro rouco, hérnia umbilical, alargamento de fontanelas, mixedema, sopro cardíaco, bócio, icterícia prolongada, edemas, distensão abdominal, macroglossia, pele carotinêmica, dificuldade na alimentação com deficiente crescimento de peso e estatura, atraso na dentição, retardo na maturação óssea, pele seca e sem elasticidade, atraso de desenvolvimento neuromotor e retardo mental”.
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