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A DEPRESSÃO E SUA RELAÇÃO COM O HIPOTIREOIDISMO

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Por:   •  21/10/2014  •  894 Palavras (4 Páginas)  •  431 Visualizações

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A DEPRESSÃO E SUA RELAÇÃO COM O HIPOTIREOIDISMO

A principal função da tireoide é a de produzir dois hormônios, o T3 (triodotironina) e o T4 (tetraiodotironina), que têm a função de estimular o metabolismo. Eles são fundamentais para o funcionamento das células, o crescimento, o desenvolvimento do sistema nervoso central (desde a fase fetal até a adolescência), a fertilidade, o raciocínio, a memória, a fome, o aprendizado e, inclusive, para a manutenção do humor. Quando a tireoide não é capaz de fabricar quantidades suficientes dos hormônios tireóideos para suprir as necessidades do organismo - condição chamada de hipotireoidismo -, todo o metabolismo fica mais lento, incluindo o do sistema nervoso. Isso pode contribuir para o aparecimento de depressão, assim como agravá-la ou até mesmo dificultar o tratamento de pessoas que já possuem a doença.

A depressão é um distúrbio do humor que acomete em torno de 8 a 12% das pessoas e é predominante no sexo feminino. As pessoas deprimidas apresentam vários sintomas, como pessimismo, perda do interesse pelas atividades diárias, baixa autoestima, indecisão, cansaço, diminuição da memória, dificuldade em concentrar-se, diminuição da libido (desejo sexual), redução ou aumento de apetite e de peso, insônia ou sonolência, entre outros. A associação entre esses sintomas é, também, muito frequente.

O hipotireoidismo é um estado clínico resultante de quantidade insuficiente de hormônios circulantes da tireoide para suprir uma função orgânica e a homeostase e o hipertireoidismo é o aumento dos níveis estes mesmos hormônios.

Na literatura, não existe nível de TSH definido para o diagnóstico de hipotireoidismo subclínico. Pode representar uma falência inicial da glândula tireoide. Normalmente é assintomático, e diagnosticado por meio da determinação do TSH.

A prevalência de hipotireoidismo subclínico varia com o estudo e com a população analisada, apresentando frequência aumentada em mulheres, em idosos e naqueles com ingestão de iodo muito elevada, mas a causa mais comum deste é a tireoidite autoimune (doença de Hashimoto). A presença de auto anticorpos prediz a falência tireoidiana, embora a sua influência seja menor do que a da concentração de TSH circulante.

Em relação ao hipotireoidismo secundário resultante de disfunção hipotálamo hipófise, a concentração de TSH pode estar reduzida, normal, ou mesmo levemente elevada. Portanto, TSH inapropriadamente baixo em resposta aos níveis séricos reduzidos de T4 livre deve sugerir hipotireoidismo central. A análise da concentração dos outros hormônios hipofisários (prolactina, hormônio de crescimento, cortisol e gonadotropinas) e estudo de imagem com ressonância magnética são necessários para o correto diagnóstico.

SINTOMAS PSIQUIÁTRICOS

Falta de energia, anorexia, apatia, disfunção cognitiva/pseudodemência, constipação, disforia, alterações da memória, sonolência e ganho de peso podem estar presentes tanto no hipotireoidismo como na depressão.

Para que estes quadros sejam compreendidos, existe a hipótese de que o hipotireoidismo se associa com uma redução na atividade da serotonina (outro neurotransmissor importante na regulação do humor)

Com a reposição de medicamentosa de tiroxina observam-se melhora dos sintomas depressivos e melhora da atividade serotonérgica em todos eles. Esses achados sugerem que a neurotransmissão serotonérgica é afetada pelo hipotireoidismo e pode ser revertida com reposição de T4.

O quadro depressivo ao qual se associam lentidão da fala, diminuição do rendimento intelectual, fadiga, diminuição do apetite e apatia, raciocínio lento, dificuldade para engravidar e queda de cabelo.

Quando o hipotireoidismo é grave são vistos ansiedade severa e agitação, manifestado por alucinações, comportamento

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