Peculiaridade da unidade Neonatal

Atividade Unidade 2- Peculiaridade da unidade Neonatal

Disciplina 6: Prevenção de Infecção em Serviços e Populações Especiais

Unidade 2: Prevenção e Controle de IRA’s em Unidades Neonatais: Centro de Terapia Intensiva e Berçário

Atividades Unidade 2

1. Esta atividade propõe que você liste as peculiaridades de uma unidade neonatal e as consequências em suas ações de prevenção de infecção relacionada à assistência.

Peculiaridade da unidade Neonatal

Lavação das Mãos:

É fundamental a adesão da prática de higienização das mãos, uma vez que as mãos dos profissionais são um veículo de transmissão dos microorganismos, e se não higienizadas de maneira correta e rotineira estão diretamente ligadas com o aumento das taxas de infecção.

Paramentação:

Para evitar a transmissão cruzada de microorganismos através do contato com as superfícies (ex; roupa do profissional) é necessário que o profissional paramente nas seguintes situações:

a) Uso de avental de mangas compridas se houver necessidade de manuseio do RN fora do berço ou incubadora;

b) E que o avental deva ser exclusivo para cada paciente e ser trocado a cada 8-12 horas.

Visitantes

A entrada de irmãos menores na unidade neonatal deve ser limitada devido ao risco de transmissão de doenças infecciosas próprias da infância (como varicela, coqueluche e vírus respiratório sincicial). No berçário de baixo risco ou 2

no alojamento conjunto onde seja possível planejar uma área para visitas, há menor risco de exposição dos demais RN.

Os parentes, consultores, os técnicos de laboratório e radiologia e demais pessoas que tiverem acesso à unidade devem seguir rigorosamente as técnicas de assepsia de mãos, e utilizar o avental se forem manusear o RN.

Há necessidade de especial atenção para infecções de vias aéreas de trabalhadores e visitantes. A infecção por influenza no período neonatal e em especial em prematuro pode ser de alta morbi mortalidade.

É recomendado a vacinação dos trabalhadores destas unidades para influenza para prevenir a transmissão aos pacientes.

Roupas:

As roupas de cama e as usadas pelo RN não são fontes importantes de infecção. Se a lavanderia hospitalar oferece qualidade técnica, com ciclos de água quente (800C) ou o uso de cloração, a lavação de rotina elimina virtualmente os microorganismos dos tecidos. Nas unidades neonatais de prematuros há necessidade de esterilização.

Ambiente e Equipamentos:

Segue as mesmas técnicas aplicáveis a outras áreas assistenciais do hospital.

Não usar compostos fenólicos pelo risco de hiperbilirrubinemia no recém-nascido.

Cuidados com a Pele, Olho e Coto Umbilical:

1. Pele:

Todos os cuidados devem ser tomados para se evitar danos à pele do RN.

A limpeza da pele no pós-parto deve ser feita quando o RN já estiver estável, e ser realizada com algodão estéril e água morna mais sabão especial para uso em RN (formulação não abrasiva). Por haver contato com sangue e mecônio o profissional deve usar luvas.

Durante a permanência na unidade, a limpeza do RN pode se restringir às áreas com sujidades.

Banho em todo o corpo ou o uso de anti-sépticos só são indicados em períodos de epidemia. Hexaclorofeno não deve ser usado pelo risco de neurotoxicidade. Clorohexidina é mais segura, apesar de menos eficaz que hexaclorofeno contra S.aureus. Não ocorre absorção detectável da solução a 4% no RN a termo, e absorção mínima no prematuro, sem toxicidade significativa.

Compostos iodados também são contra indicados pelo risco de indução de hipotireoidismo devido à absorção do iodo.

Álcool isopropílico pode causar queimadura química no prematuro.

2. Olhos:

Os olhos devem ser limpos com algodão estéril para remover secreções. Profilaxia da oftalmia neonatal deve ser feita utilizando um dos produtos seguintes:

a) Nitrato de prata 1%

b) Colírio de eritromicina

c) PVP-I colírio a 2,5%

Atualmente o PVP-I vem sendo utilizado com frequência maior por se mostrar menos irritante para a mucosa conjuntival e pela sua maior ação contra gonococo, clamídia e demais cocos gram-positivos e bacilos gram-negativos. O iodo não é absorvido pela conjuntiva.

Deve-se ter cuidado em não contaminar os olhos com gotículas dispersadas de sonda, de aspiração de tubo e nasofaringe.

3. Coto Umbilical:

O cordão umbilical deve ser ligado e cortado de forma asséptica. Os cuidados com o coto são bastante discutidos, mas nenhum procedimento é superior ao outro:

a) Aplicação de corante triplo, ou creme de sulfadiazina de prata, ou ungüento de bacitracina - teoricamente diminuiriam a colonização bacteriana,

b) Clorohexidina- indicada em epidemia por MRSA,

c) Secar o coto e aplicar álcool.

Os resultados dos diversos métodos são inconclusivos não sendo possível indicar o mais efetivo.

Dietas:

1. Leite materno:

Quando o RN não pode sugar, a mãe pode retirar