Resumo: Laicas e religiosas - Enfermeiras da Escola de Enfermagem Carlos Chagas
Por: Rhafa Rocha • 4/6/2017 • Trabalho acadêmico • 800 Palavras (4 Páginas) • 440 Visualizações
Resumo:
Laicas e religiosas: Enfermeiras da Escola de Enfermagem Carlos Chagas
A direção da Escola de Enfermagem Carlos Chagas sempre ficou a cargo de enfermeiras. Entre 1933 a 1949, tal responsabilidade ficou a cargo de profissionais leigas, apesar da forte influência religiosa na orientação e formação das alunas. Em julho de 1949, a direção da Escola foi assumida por religiosas, e foi só no início do ano de 1967 é que a direção voltou para as mãos e responsabilidade de uma leiga. Portanto, ao realizar a análise da trajetória da EECC, pode-se observar 3 períodos com características marcantes, que tornam possível a descrição e distinção de cada um deles.
Direção de leigas
Diretoras: Laís Netto dos Reys (07/1933 a 11/1938); Clitemnestra Pessanha (12/1938 a 06/1939); Waleska Paixão (06/1939 a 05/1948) e Rosa de Lima Moreira (05/1948 a 06/1949).
No fim desse período, logo após o pedido de exoneração do cargo por D. Waleska Paixão, a EECC passou por períodos de dificuldades, principalmente na definição da nova diretoria: além das grandes responsabilidades, a baixa remuneração não tornava o cargo atrativo, o que só dificultou encontrar uma substituta para D. Waleska. Tantas foram as dificuldades de se encontrar uma nova diretora, que ao final culminou na principal, mas não única, mudança na instituição: a da direção laica para a direção religiosa.
Das mudanças observadas, algumas até mesmo anteriores a saída de D. Waleska, vale destacar as das instalações e do quadro de pessoal. Até 1940, a Escola de Enfermagem esteve funcionando no Hospital São Vicente de Paulo (salas de aula e demonstrações técnicas e a secretaria) e as aulas que exigiam laboratório eram ministradas na Faculdade de Medicina, entretanto em 1940 a escola saiu do Hospital e foi transferida para o andar superior de um sobrado alugado.
Com tal mudança, as salas passaram a ser menores e escuras, além de estarem em número reduzido (eram necessárias pelo menos 5 boas salas de aula e mais uma espaçosa para a sala de demonstração, mas só tinham disponíveis 3 salas – duas de aula e outra de demonstração), faltavam também mais leitos na sala de demonstração (disponíveis apenas 2, quando eram necessários pelo menos 4) e um pequeno laboratório com os materiais necessários, e até o segundo semestre de 1941 isso não foi um grande problema para a escola apesar das dificuldades, porém no início de 1942, as matriculas começaram a ultrapassar a quantidade de alunas que as salas comportavam – confortavelmente 16 alunas, todavia naquele ano as matriculas superaram o número de 41 inscrições. Com essa drástica alteração nos números de matriculadas, a situação que já era difícil se tornou inda mais complicada de ser administrada.
Em 1947, mais uma vez parte das instalações de EECC foram transferidas para outro endereço (secretaria e parte das aulas), mas tais mudanças não findaram os problemas enfrentados pela instituição: nos quinze anos que se passaram desde a sua fundação, pouco havia sido feito pelo poder público para permitir o bom funcionamento da Escola, principalmente no que diz respeito a uma boa infraestrutura para torna-la apta a desempenhar bem sua missão de formar enfermeiras bem qualificadas.
Após dois anos da última mudança de endereço, mais problemas. Após a reclamação do Diretor do Hospital municipal sobre a quantidade de alunas que se alimentavam no local, em 1949, a aulas que eram ministradas nesse hospital passaram a ser no prédio, que fora alugado em 1947, entretanto as alunas foram prejudicadas pela redução da carga horaria de trabalho, para que pudessem comparecer as aulas ministradas no prédio da Escola. Nesse mesmo ano, a EECC perdeu também os vestiários que possuía no mesmo Hospital municipal, o que a obrigou a transferir toda a mobília para a única e última sala disponível no prédio da Escola de Enfermagem: uma ex-sala de aula.
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