SISTEMATIZAÇÃO DA ENFERMAGEM
Por: morenajaq • 23/9/2015 • Resenha • 522 Palavras (3 Páginas) • 1.416 Visualizações
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE)
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma metodologia cientifica que vem sendo cada vez mais implementada na pratica assistencial, conferindo maior segurança aos pacientes, melhora da qualidade da assistência e maior autonomia aos profissionais de enfermagem. O crescente aumento e a velocidade das trocas de informações, a evolução tecnológica, as constantes demandas das instituições de saúde para maximizar recursos, diminuir custos e aumentar a qualidade da assistência têm exigido a enfermagem o aprimoramento de suas atividades (LUCENA; BARROS, 2006). Para isso, torna-se cada vez mais necessária a sistematização da assistência de enfermagem.
A SAE é uma metodologia cientifica de que o profissional enfermeiro dispõe para aplicar seus conhecimentos técnicos - cientifico e humanos na assistência aos pacientes (BITTAR; PEREIRA; LEMOS 2006; SPERANDIO; EVORA, 2005; ALRI; CARVALHO, 2002). Pode oferecer respaldo cientifico segurança e direcionamento para as atividades realizadas, contribuindo para maior credibilidade, competência e visibilidade da enfermagem e, em conseqüência, para maior autonomia e satisfação profissional (CARRARO; KLETEMBERG; GONÇALVES, 2003; LIMA; BUCHER; LIMA, 2004). Deste modo, a implementação da SAE é fundamental por contribuir para a melhora na qualidade da assistência de enfermagem (MARQUE; CARVALHO, 2005). O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), por meio da Resolução 358/2009, tem preconizado que a assistência de enfermagem deve ser sistematizada implantando-se o processo de enfermagem (PE) (COFEN, 2009).
Santos e Nóbrega (2004) relatam que os enfermeiros desejam aplicar a SAE na pratica de medo que produza resultados que possam ser mesurados, permitindo ampliação os conhecimentos e melhora da qualidade da assistência e do registro das informações de enfermagem. Além disso, a sistematização das ações pode favorecer u maior contato entre os enfermeiros e pacientes, promovendo a criação de vínculos e a melhora do atendimento. Sendo assim os enfermeiros precisam, cada vez mais, de conhecimentos acerca das teorias de enfermagem, do PE, de semiologia, de fisiologia, de patologia, alem das habilidades necessárias para gerenciarem as unidades efetivamente.
As tentativas de organizar o conhecimento na enfermagem datam da década de 1950, quando houve um considerável avanço na construção e na organização dos modelos teóricos da enfermagem (NÓBREGA; SILVA, 2008). No entanto, foi a partir dos estudos de Horta (1979) no final da década de 1960 que a atenção dos enfermeiros brasileiros começou a ser direcionada para a SAE (CRUZ, 2008). Com os trabalhos de Horta, enfatizou-se o planejamento da assistência, na tentativa de tornar autônoma a profissão e caracterizá-la como ciência, por meio da implementação da SAE (GONÇALVES, 2004).
Cabe ressaltar que no final da década de 1980, quando o Decreto-lei94406/87 (BRASIL, 1986), que regulamenta o exercício profissional da enfermagem no País, definiu como atividade privativa do enfermeiro. A SAE confere maior segurança aos pacientes, uma vez que, para ser implementada, requer que o enfermeiro realize o julgamento clinico. Este é uma ferramenta que favorece a melhora da pratica assistencial com base no conhecimento, no pensamento e na tomada de decisão clinica com o suporte de evidencias cientificas, obtidas a partir da avaliação dos dados subjetivos e objetivos do individuo/da família/ da comunidade (ROZA, 2005).
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