Sistema circulatorio

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho irá abordar a promoção da saúde para a prevenção de doenças no sistema circulatório ou cardiovascular.

O sistema circulatório ou cardiovascular é um circuito fechado de vasos, cujo centro, o coração, órgão muscular, oco, contrátil, expele em ondas rítmicas o sangue através de artérias e o recebe de volta pelas veias.

A função básica do sistema circulatório, é levar material nutritivo e oxigênio às células, bem como transportar os produtos residuais do metabolismo celular CO2.  Sendo um sistema tubular hermeticamente fechado, as trocas entre o sangue e os tecidos vão ocorrer em extensas redes de vasos de calibre reduzido e de paredes muito finas (os capilares).

Assim o sangue circulante transporta material nutritivo que foi absorvido pela digestão dos alimentos, às células de todas as partes do organismo. Da mesma forma, o O2 que é incorporado ao sangue, quando este circula pelos pulmões, será levado a todas as células. O sangue circulante transporta também os produtos residuais do metabolismo celular, desde os locais onde foram produzidos até os órgãos encarregados de os eliminar. O sangue possui ainda células especializadas na defesa orgânica contra substancias estranhas e microrganismos (SPECE P. ALEXANDRE,1991).

O sistema circulatório é um sistema fechado, constituído de vasos onde circula sangue e linfa. Para que o sangue possa circular através dos vasos, há um órgão central – o coração, que funciona como uma bomba contrátil-propulsora. As trocas entre o sangue e os tecidos vão ocorrer em extensas redes de vasos de calibre reduzido e de paredes muito finas – os capilares, por meio de permeabilidade seletiva, que se processa através de fenômenos físico-químicos complexos, material nutritivo e O2 passam dos capilares para os tecidos e produtos residuais do metabolismo inclusive CO2, passam dos tecidos para o interior dos capilares.

No desenvolvimento embrionário, o futuro coração é um simples tubo pulsátil que recebe o sangue das veias por sua extremidade posterior e o bombeia para o sistema arterial através de sua extremidade anterior. Deste início simples o coração deve não somente responder às necessidades de desenvolvimento do embrião, mas também ser capaz de funcionar sob as mais variadas condições que se seguem imediatamente após o nascimento. Para realizar tais funções o coração tubular se desenvolve em um órgão de quatro camadas providas de válvulas e separadas na linha mediana. Essas alterações ocorrem sem interrupção na distribuição do sangue para o embrião.

Ao redor da 5º semana de vida intra-uterina, tornam-se evidentes as mudanças e o rápido crescimento do coração, que evolui para uma estrutura em forma de S com o desenvolvimento continuo, o vaso anterior, que leva sangue para fora do coração se divide em 2: o futuro trono pulmonar, que irriga os pulmões, e a aorta que fornece sangue aos vasos que suprem o restante das estruturas do corpo.

Por volta da 7º semana de vida intra-uterina o coração é divido nas quatro câmaras que permaneceram até o adulto, dois átrios e dois ventrículos. Através de uma série de mudanças incluindo o desenvolvimento de novos segmentos em algumas veias e a degeneração de porções de outras veias, os vasos que penetram pela região posterior (venosa) do coração desenvolvem-se em veia cava superior e veia cava inferior, que trazem todo o sangue venoso do corpo para o coração. Nenhuma mudança considerável ocorre no órgão até o nascimento (DANGELO; FATTINI,2005).

O coração adulto é aproximadamente do tamanho de um punho fechado. Ele se situa no interior do tórax no espaço denominado mediastino, entre os dois pulmões. Dois terços do coração estão localizados à esquerda da linha mediana do esterno, e um terço está localizado à direita. A porção superior e plana do coração, a base, está localizada no nível da segunda costela. A outra extremidade do coração, afilada, é o ápice, situado inferiormente e localizado no nível da quinta costela.

O coração está contido no interior de saco fibroso denominado pericárdio. Além de sustentar o coração, o pericárdio o fixa as estruturas ao redor, como o diafragma. Saber localizar o coração é imprescindível para sabermos avaliar os diferentes sons cardíacos (bolhas e sopros), posicionar precisamente eletrodos para leituras eletrocardiográficas e realizar medidas de ressuscitação cardiopulmonar que podem salvar vidas.

O coração é composto de três camadas de tecido: endocárdio, miocárdio e epicárdico.

O endocárdio e a camada mais interna do coração. É uma fina camada de tecido composto por epitélio pavimentoso simples sobre uma camada de tecido conjuntivo. A superfície lisa e brilhante permite que o sangue corra facilmente sobre ela. O endocárdio também reveste as valvas e é continuo com o revestimento dos vasos sanguíneos que entram e saem do coração.

O miocárdio é a camada média e a mais espessa do coração. É composto de musculo estriado cardíaco. É esse tipo de musculo que permite que o coração se contraia e, portanto, impulsione sangue, ou o force para o interior dos vasos sanguíneos. O miocárdio é constituído de camadas de feixes de fibras musculares torcidas em forma de anel. O arranjo do musculo é reforçado por tecido conjuntivo denso fibroso, as vezes chamado de esquelético fibroso do coração. Esse arranjo em forma de anel do tecido do miocárdio permite que o coração bombeie sangue de maneira eficaz.

O epicárdio é a cama externa do coração é uma delgada lamina de tecido seroso, ele é continuo a partir da base do coração, com o revestimento interno do pericárdio denominado camada parietal do pericárdio seroso. O pericárdio é a estrutura frouxa que protege e suporta o coração, a camada externa do pericárdio fixa o coração a estruturas circunjacentes como o diafragma e o esterno (GRAY; DONALT; ROMAN,2008).

Entre o epicárdio e o pericárdio há um espaço denominado espaço pericárdio, ou cavidade pericárdica. As laminas serosas do pericárdio secretam uma pequena quantidade de um liquido seroso e escorregadio dentro do espaço pericárdico. Esse liquido pericárdico lubrifica as superfícies das laminas e permite que elas escorreguem uma sobre a outra com pouco atrito. Às vezes as laminas pericárdicas ficam inflamadas e secretam fluidos seroso em excesso para dentro do espaço pericárdico. Esse excesso de fluido dentro do espaço pericárdico comprime externamente o coração, dificultando o relaxamento e o consequente preenchimento com sangue. Com consequência, o coração é incapaz de bombear uma quantidade suficiente de sangue para o corpo. Essa situação potencialmente letal é chamada de tamponamento cardíaco. Os sintomas do tamponamento cardíaco podem ser aliviados inserindo-se uma longa agulha no espaço pericárdico e aspirando-se o fluido seroso através da agulha.