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Tétano: Sinais sintomas mecanismos de contaminação

Por:   •  3/5/2018  •  Relatório de pesquisa  •  1.397 Palavras (6 Páginas)  •  425 Visualizações

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Tétano

Sinais e sintomas da doença e mecanismo de transmissão

Doença infecciosa, não-contagiosa, o tétano é causado pela ação de poderosa exotoxina produzida pelo Clostridium tetani, que provoca um estado de hiperexcitabilidade do sistema nervoso central. Apresenta duas formas de ocorrência: neonatal e acidental. O bacilo tetânico também conhecido como tetanospasmina se desenvolve anaerobicamente, ou seja, na ausência de oxigênio, encontrada no solo sob forma de esporos, no interior de um ferimento aguda tal como ferida por perfuração ou por laceração e até mesmo o coto umbilical, por exemplo. O tétano localizado apresenta-se como uma afecção atenuada com manifestações restritas dos músculos próximos ao ferimento podendo progredir para forma generalizada ao passo que o tétano mais grave causa contraturas musculares dolorosas que surgem primeiro nos músculos da face, do pescoço e depois nos músculos do tronco, podendo se estender por todo o corpo, produzindo espasmos e convulsões que podem levar à morte por asfixia. É uma doença imunoprevenível podendo acometer indivíduos de qualquer idade e não é transmissível de uma pessoa para outra. Há um maior numero de ocorrência em lugares onde a cobertura vacinal da população é baixa e o acesso à assistência médica é limitado.

Ações da vigilância epidemiológica

No passado, o tétano era muito prevalente no mundo, porém, atualmente, é pouco incidente nos países desenvolvidos. Nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento a doença ainda constitui-se um problema de saúde pública. No Estado de São Paulo, com a urbanização crescente e a extensão dos serviços de saúde e educacional a grupos da população até então pouco assistidos, possibilitou-se a progressiva redução da incidência da doença a partir da década de 60.

O calendário vacinal, em 1968, recomendava a vacinação de rotina contra o tétano apenas para crianças menores e para gestantes residentes em zona rural

Na década de 70, a normalização do calendário vacinal estendeu a profilaxia contra o tétano aos escolares, adultos e todas as gestantes.

Em 1978, o tétano acidental passou a ser doença de notificação compulsória em São Paulo, possibilitando o acompanhamento do perfil epidemiológico da doença no Estado.

Na década de 80, ocorreu ampliação das coberturas vacinais em crianças, escolares e gestantes, observando-se também o deslocamento da doença para faixas etárias mais avançadas

Uma ocorrência maior dos casos tem sido observada em adultos jovens, em pessoas com 60 anos e mais, e o sexo predominante é o masculino. Ainda continuam ocorrendo casos e óbitos em pessoas não vacinadas ou com vacinação incompleta apesar do esforço da vigilância sanitária para combater o tétano ao vacinar o maior numero de pessoas.

A ampliação da cobertura vacinal em gestante, juntamente com a melhoria na qualidade do atendimento ao pré-natal e o incremento do número de nascimentos hospitalares, permitiu a redução expressiva dos casos de TNN, fazendo com que o Estado de São Paulo atingisse, já na década de 80, a meta de 1 caso/1.000 nascidos vivos, meta recomendada pela OMS para a eliminação do TNN. O último caso de TNN registrado em São Paulo foi em 1999

As intensificações da vacinação contra o tétano de trabalhadores rurais, trabalhadores da construção civil e da indústria, juntamente com as campanhas junto a mulheres em idade fértil, foram desencadeadas a partir da década de 90.

Em 1999, o Ministério da Saúde, com o objetivo de fortalecer a estratégia de controle dessa doença, incluiu a vacina dupla adulto na população acima de 60 anos, nas campanhas de vacinação contra influenza, com impacto na redução da incidência da doença nessa faixa etária nos anos seguintes

Nos últimos 20 anos, observamos diminuição na incidência do tétano acidental no Estado de São Paulo, porém sem redução na letalidade da doença

A redução dos coeficientes no período de 1984 a 2003 foi de 90%, sendo mais acentuada nos últimos dez anos. Em 2003, a incidência atingiu índice semelhante ao dos países desenvolvidos.

Esquema atual do ministério da saúde para tratamento e prevenções do tétano

Na profilaxia do tétano pós-ferimento, também está indicada a limpeza do ferimento com água corrente e sabão e, se necessário, fazer o desbridamento o mais rápido e profundo possível.

* Para crianças com menos de 7 anos de idade, utiliza-se a vacina tríplice bacteriana (DTP), DT ou DTP acelular; para aquelas com 7 anos ou mais, a vacina administrada deve ser a dupla bacteriana tipo adulto (dT) ou, na falta desta, a toxóide tetânica (TT ou AT).

O uso de vacina e/ou soro contra o tétano na ocasião de acidentes com ferimentos deve ser orientado com base na história pregressa de vacinação antitetânica relatada pelo paciente ou seu responsável e pelo tipo de ferimento ocorrido

História de vacinação 
contra o tétano

Ferimento limpo ou superficial  
(também os originados por acidente elapídico, não peçonhento ou causado por artrópodes)

Outros tipos de ferimentos  
(também os originados por orifício botrópico, laquésico e/ou crotálico)

vacina *

soro ou imunoglobulina ** 

vacina *

soro ou imunoglobulina ** 

Incerta ou menos de 3 doses 

Sim 

Não 

Sim 

Sim 

3 doses ou mais, última dose há menos de 5 anos 

Não 

Não 

Não 

Não 

3 doses ou mais, última dose entre 5 e 10 anos 

Não 

Não 

Sim 

Não 

3 doses ou mais, última dose há mais de 10 anos 

Sim 

Não 

Sim 

Não 

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