TERAPIAS COMPLEMENTARES PARA O ALÍVIO DA DOR: SAÚDE MENTAL, MUSCULOTERAPIA, PREPARAÇÃO
Por: cahoeckel • 6/10/2015 • Trabalho acadêmico • 2.268 Palavras (10 Páginas) • 612 Visualizações
SEG - SISTEMA DE ENSINO GAÚCHO
TÉCNICO EM ENFERMAGEM - TURMA TE5P
TERAPIAS COMPLEMENTARES PARA O ALÍVIO DA DOR:
SAÚDE MENTAL, MUSCULOTERAPIA, PREPARAÇÃO
PARA O PARTO E OBSTETRÍCIA
CLÁUDIA PEREZ HOFFMANN
Prof. Tatiane
SANTA ROSA
2015
INTRODUÇÃO
A enfermagem é considerada uma ciência humanitária por muitos estudiosos, pois se preocupa com o estudo da natureza e do rumo do desenvolvimento humano, o que lhe confere um caráter holístico. Reveste-se de importância porque favorece uma assistência de enfermagem humanizada, contribuindo para o relacionamento terapêutico entre a equipe de enfermagem e a comunidade necessitada. E, no campo holístico da prática da enfermagem, figuram em destaque as terapias complementares/alternativas.
Sob a denominação de terapias complementares ou alternativas entendem-se as técnicas que visam a assistência de saúde ao indivíduo, seja na prevenção, seja no tratamento, considerando-o como um todo - corpo/mente/espírito - e não como um conjunto de órgãos ou partes isoladas. Mostra-se diferente da assistência alopática ou medicina ocidental, cujo objetivo é a cura da doença pela intervenção direta no órgão ou parte doente.
As terapias complementares podem ser divididas em vários grupos, como por exemplo, terapias físicas (acupuntura, moxabustão, shiatsu e outras massagens, do-in, argiloterapia, cristais), hidroterapia (tratamentos à base de água: banhos, vaporização e sauna), fitoterapia (ervas medicinais, florais), nutrição (terapêuticas nutricionais alternativas, como a ortomolecular), ondas, radiações e vibrações (radiestesia, radiônica), terapias mentais e espirituais (meditação, relaxamento psicomuscular, cromoterapia, toque terapêutico, visualização, reiki), terapia de exercícios individuais (biodança, vitalização), etc.
Ciente da importância da visão holística para o alívio da dor das pessoas propôs-se a elaboração deste trabalho, que consiste em discorrer sobre as principais terapias complementares utilizadas em casos de sofrimento mental, dores musculares, preparação para o parto e, de modo mais amplo, a obstetrícia como um todo.
TERAPIAS COMPLEMENTARES PARA O ALÍVIO DA DOR:
SAÚDE MENTAL, MUSCULOTERAPIA, PREPARAÇÃO
PARA O PARTO E OBSTETRÍCIA
Em relação à saúde mental uma terapia complementar muito utilizada é a logoterapia, que significa psicoterapia por meio do sentido da vida, ou a partir do espiritual. Baseia-se na compreensão do homem como ser incondicionado, livre para decidir e se responsabilizar por suas escolhas apesar de diversos fatores que as influenciariam.
Quanto à logoterapia é importante frisar que um dos mais importantes meios que o profissional da área de saúde tem para desempenhar sua assistência é o relacionamento terapêutico enfermeiro/técnico de enfermagem – paciente. Segundo a logoterapia este relacionamento tem por objetivo ajudar o indivíduo a enfrentar e superar suas dificuldades, saindo de seu sofrimento psíquico. Outra estratégia que o enfermeiro ou técnico de enfermagem pode adotar para desempenhar sua função terapêutica é por meio da abordagem grupal nas suas diversas modalidades, onde assume o papel de coordenador, facilitador, moderador e instigador dos processos grupais.
Lembra-se ainda que é de fundamental importância que os referidos profissionais percebam que sua ação não deve limitar-se na relação com o paciente e sim extrapolar: necessita compreender as multifacetas do sofrimento psíquico, o que exige intervenções nos âmbitos social, cultural, político e econômico. Portanto, além do hospital, sua atuação ocorre na família, na comunidade e nas instituições em geral.
Por sua vez, em se tratando de dores físicas, como as originadas por problemas musculares, uma das terapias complementares com crescente utilização juntamente com a musculoterapia é a musicoterapia. Entende-se a musicoterapia como a ciência aplicada por uma pessoa qualificada que usa a música de forma prescrita e clínica, como uma intervenção terapêutica para estimular mudanças positivas em quatro áreas das funções humanas: cognitiva, física, psicológica e social.
No decorrer dos séculos a música foi e tem sido motivo de discussões entre artistas, terapeutas e outros estudiosos do gênero. Sua influência na vida social, intelectual, afetiva, na promoção e recuperação da saúde do ser humano tem sido objeto de estudo de muitos teóricos que acreditam na influência da música como terapia complementar, preventiva e recuperadora.
Entende-se que a música é uma rica linguagem de comunicação universal, possibilitando ao ser humano a demonstração de sentimentos, facilitando o controle e manejo da dor, no auxilio à percepção e ao ritmo motor, sendo utilizada em casos de traumas ósseos e de tecidos, como os músculos, deficiência física, acidente vascular cerebral, traumatismo craniano, paralisia cerebral, parkinson, alzheimer, doenças terminais ou simplesmente na ausência de enfermidades para contemplação da vida.
Aponta-se a capacidade da música de chamar a atenção para longe de pensamentos negativos, pois sua audição libera substâncias químicas poderosas que regulam o humor, reduzindo a agressividade e a depressão e melhorando o sono.
E, do ponto de vista físico, a música produz alterações fisiológicas, tais como a velocidade da respiração, na reação galvânica da pele, na pressão arterial, no metabolismo corporal, na energia muscular, diminuindo a fadiga física e o estresse, induzindo a visualização e facilitando o fluxo energia corporal. Assim, a música, enquanto cuidado, conforta e ajuda no manejo da dor, da ansiedade e do estresse, proporciona conforto, aconchego, prazer e segurança que traz equilíbrio para a saúde do cliente.
As terapias complementares para o alívio da dor também estão presentes na preparação para o parto, aspecto no qual se destaca a terapia da preparação psicológica.
Sendo a maternidade um processo complexo e de alto significado para a futura mãe, com relevância para o período que antecede o parto e o próprio parto em si, revela-se de extrema importância conhecer a percepção da parturiente sobre a assistência de enfermagem recebida no que se refere aos cuidados para o alívio da dor, ou seja, perceber a importância que essa assistência tem para quem a recebe. Neste sentido as medidas não farmacológicas de alívio da dor encontram-se mais sob a alçada e ação direta da equipe de enfermagem, o que impõe a estes profissionais uma grande responsabilidade.
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