VIVÊNCIAS E DESAFIOS DO ESTÁGIO EM ONCOLOGIA DURANTE INTERCÂMBIO EDUCACIONAL INTERNACIONAL
Por: Emanuelle Rocha • 24/11/2017 • Abstract • 395 Palavras (2 Páginas) • 442 Visualizações
Os desafios de ser estagiário em oncologia durante intercâmbio educacional internacional
INTRODUÇÃO: O trabalho apresenta um relato de experiência de duas alunas bolsistas do programa Ciência Sem Fronteiras durante o estágio em oncologia que foi realizado no Hospital Clínico Universitário de Valladolid na Espanha durante os meses de outubro e novembro de 2014. Tem como objetivo discorrer sobre os principais desafios encontrados durante essa vivência. RELATO DE CASO: A unidade de oncologia tinha capacidade máxima de 35 leitos, a equipe de enfermagem era composta por 4 enfermeiros, sendo um destes o enfermeiro gerente, 3 auxiliares de enfermagem e ainda 3 estagiários. A população atendida era composta majoritariamente por idosos, ex fumantes e que já estiveram internados ali outras vezes. O primeiro desafio foi assimilar as diferenças entre os sistemas de saúde brasileiro e espanhol, e os diferentes modelos assistenciais adotados. O fato de não haver a figura do profissional técnico de enfermagem na equipe espanhola causou certo estranhamento. Ali são atribuídas ao enfermeiro as funções que no Brasil corresponderiam as do técnico de enfermagem, além da sistematização da assistência. Enquanto que aos auxiliares são reservadas as atividades de higiene e limpeza. As alunas foram muito bem acolhidas, o que fez com que as barreiras linguísticas não funcionassem como entrave, embora já possuíssem certa fluência houve grande disponibilidade dos enfermeiros e dos próprios pacientes em compreender e fazer-se compreender. Pelo fato da oncologia ser uma especialidade que se relaciona com altos índices de sofrimento mental para os profissionais tentava-se manter o ambiente de trabalho o mais leve possível, frequentemente utilizava-se o recurso da musicoterapia para tentar diminuir os níveis de estresse. Em vários estudos se observa que os acadêmicos de enfermagem apresentam grandes dificuldades em lidar com o processo de morte de seus potenciais clientes mesmo sabendo que isso fará parte de sua vida diária. Sem dúvidas a maior dificuldade encontrada esteve relacionada à assistência de enfermagem aos pacientes terminais, foi necessário certo amadurecimento para aceitar a morte como algo natural e entender que mesmo na condição de profissionais alguns fatos transcendem a nossa capacidade de intervenção. Tal entendimento possibilitou a realização da assistência de enfermagem aos familiares no processo de luto. Assim como reconhecer, respeitar e apoiar as necessidades espirituais desses familiares. CONCLUSÃO: Em síntese, a experiência possibilitou um significativo crescimento pessoal e profissional, além do desenvolvimento de habilidades necessárias para a assistência de enfermagem.
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