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A Homeopatia Pediátrica

Por:   •  3/11/2018  •  Projeto de pesquisa  •  1.294 Palavras (6 Páginas)  •  254 Visualizações

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A sociedade hoje está em busca cada vez por inovações que possam suprir suas necessidades terapêuticas. A homeopatia vem se apresentando como uma terapêutica não convencional, fundamentada na relação entre o Homem e a natureza e o poder autocurativo do Homem, como nos refere Hipócrates e Paracelso. A homeopatia vem ganhando força desde o século XVIII até os dias atuais, com base na experiência clínica. (TEIXEIRA, 2008)

De acordo com Pinto (2013), esta terapêutica trabalha em busca do equilíbrio do corpo e da mente, através de uma “força vital” que regula as capacidades orgânicas de auto cura.

A homeopatia atua como medicina preventiva e curativa, que trata o paciente como um todo, analisando de forma aprofundada caso a caso, para se prescrever de forma personalizada, assim o paciente tem um tratamento individualizado, que é uma das características do tratamento homeopático. (PINTO, 2013)

O princípio da cura por similitude é a base do tratamento homeopático, através da administração de doses infinitesimais de substâncias. A eficácia e efetividade são confirmadas pelo longo tempo que esta prática é difundida e pela experiência clínica popular (TEIXEIRA, 2008). Frequentemente, os pais buscam a homeopatia por estarem preocupados com os efeitos colaterais dos medicamentos convencionais, em casos de infecções do trato respiratório superior, cólicas infantis, distúrbios do sono e infecções recorrentes. (BEER, et al, 2015)

A busca por tratamentos alternativos e da homeopatia por adultos está em grande expansão, mas na pediatria essas práticas, não são tão comuns. (HUGHES, 2007). Apesar do reconhecimento por parte dos pediatras e do interesse de muitos pacientes, não existem estudos suficientes que sustentem essa prática. Para tal, procedeu-se à recolha de informação bibliográfica especializada sobre esta temática. (TEIXEIRA, 2008)

Em uma época onde o conhecimento do corpo humano era algo escasso, as teorias médicas contemporâneas se fundavam no princípio da Lei dos Contrários, em que uma determinada doença com determinado sintoma deveria ser tratada por uma substância que produzisse no doente um efeito oposto ou contrário aos próprios sintomas (LOCKIE, 2006). Neste contexto, Hipócrates, médico grego do século V a.C., apresentou uma nova teoria que o doente era visto de forma completa para a conclusão do diagnóstico, levando em consideração e experiência fenomenológica do paciente com tudo aquilo que o cerca, e em como isso pode afetar a sua saúde e o seu tratamento. Baseado nessa teoria, surgiu a Lei dos Semelhantes, que consiste em uma substância que é responsável por causar em uma pessoa sadia, sintomas semelhantes ao de uma doença, deveria ser usada para tratar doenças que causam sintomas similares em indivíduos doentes. Por exemplo, a utilização de cebola (Allium cepa) no tratamento de resfriados com tosse e coriza.

Desta forma, a homeopatia se enquadra com a definição de saúde determinada pela OMS, que é não somente a ausência de doença, mas a situação de perfeito bem estar físico, mental e social do indivíduo no meio em que ele vive.

As preparações homeopáticas são conhecidas por não apresentarem efeitos indesejados, entretanto, um medicamento só agirá de forma positiva e benéfica ao paciente, se o profissional que o prescreveu soube seguir e interpretar a sintomatologia e os sintomas revelados pelo paciente.

Embora a eficácia do tratamento homeopático seja criticada pelo método convencional, é verdade que hoje existem diversos estudos comprobatórios que, de acordo com a experiência populacional, o tratamento apresenta resultados benéficos ao paciente. Conforme a tese de mestrado de Pinto (2013, p. 30):

[...] numa meta-análise efectuada em 1991 por três professores de medicina Holandeses (Kleijnen et al., 1991), nenhum deles homeopata, revelaram que, de 107 estudos revistos, 81 demonstraram eficácia na medicina homeopata, 24 mostraram a sua ineficácia, e 2 foram inconclusivos. Estes professores referiram ainda que, o que os surpreendeu, foi a quantidade de resultado positivos em estudos, particularmente: 13 de 19 estudos, demonstraram sucesso no tratamento de infecções respiratórias; 6 de 7 estudos, demonstraram resultados positivos no tratamento de outras infecções; 5 de 7 estudos, demonstraram melhorias em doenças no sistema digestivo; 5 de 5 estudos, demonstraram sucesso no tratamento da febre do feno; 5 de 7 estudos, demonstraram recuperação mais célere de pós-cirúrgico abdominal; 4 de 6 estudos, promoveram um efeito calmante no tratamento de doenças reumatológicas; 18 de 20 estudos, demonstraram benefícios no controlo de dor ou traumas; 8 de 10 estudos, demonstraram resultados positivos no alívio de problemas mentais ou psicológicos; 13 de 15 estudos, demonstraram benefícios em variados diagnósticos.

Embora a prescrição homeopática em adultos e a busca por terapias alternativas e complementares vem crescendo, no caso da pediatria não é tão comum. Embora exista conhecimento por parte dos pediatras de que os pais demonstram interesse no tratamento alternativo, ainda é baixa o investimento de profissionais na área. Essa falta de qualificação influencia diretamente na qualidade dos atendimentos e consequentemente no resultado do tratamento.

Por exemplo, num estudo no Reino Unido, de Shakeel et al. (2007), chegaram à conclusão que em 327 inquiridos, 29% referiu sempre

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