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Acidente vascular cerebral

Por:   •  13/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.614 Palavras (15 Páginas)  •  364 Visualizações

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Acidente Vascular Cerebral Aplicado a Urgência

Macapá, junho de 2014

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Acidente Vascular Cerebral Aplicado a Urgência

                                                                                                   Trabalho realizado como exigência parcial para a conclusão do primeiro semestre do                                                               Curso de Farmácia, da Universidade Federal do Amapá,                                                                na disciplina de Procedimentos Básicos de Saúde, ministrada                                                        pelo Prof. Klingerry Penafort

Alunos: Letícia de Oliveira Machado

Matheus Mercês Ramos

Naima Pontes D'Haveloose

Nathália dos Santos Piedade

Thalyta Rocha Belfort Pereira

Macapá, junho de 2014

Sumário

Página

1. Introdução ...........................................................................................................................  4

2. Desenvolvimento: Acidente Vascular Cerebral            2.1. Conceito ............................................................................................................................. 5

2.2. Nomes Alternativos .........................................................................................................  5

2.3. Acidente Vascular Cerebral Isquêmico ......................................................................... 5

2.4. Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico .................................................................... 6          

3. Fatores de Risco .................................................................................................................. 6

4. Sintomas ............................................................................................................................... 6

5. Diagnóstico ........................................................................................................................... 7

6. Tratamento  ......................................................................................................................... 7

7. Prognóstico .......................................................................................................................... 8  

8. Aplicação à Urgência .......................................................................................................... 9

9. Considerações Finais ......................................................................................................... 12

10. Referências Bibliográficas .............................................................................................  13

1. Introdução

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode ser compreendido como uma dificuldade, em maior ou menor grau, de fornecimento de sangue e seus constituintes a uma determinada área do cérebro, determinando o sofrimento ou morte desta e consequentemente, perda ou diminuição das respectivas funções.

É considerado uma emergência, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo também a terceira maior causa de morte natural na população adulta no mundo (atrás do câncer e do infarto). Essa doença cerebrovascular atinge 16 milhões de pessoas ao redor do globo a cada ano, sendo que 6 milhões morrem.

No Brasil, Segundo o Ministério da Saúde (MS), somente em 2008, mais de 70 mil brasileiros morreram em decorrência do problema, aumentando este número no ano de 2010 para 99.159 brasileiros. Em 2012, foram realizadas 179.185 internações por AVC (isquêmico e hemorrágico), que custaram R$ 197,9 milhões para o Sistema Único de Saúde.

Estão dentro dos fatores de risco do AVC a idade, o sexo, o grupo étnico, predisposição genética, hipertensão arterial, patologias cardíacas, hemopatias, diabettes mellitus, dislipidemia, tabagismo, aumento da homocisteína plasmática, bebidas alcoólicas, sedentarismo, anticoncepcionais, drogas ilícitas, etc. Com esse número significativo de fatores, percebe-se a importância do estudo aprofundado sobre o AVC e da necessidade de se proceder corretamente na ocorrência de um.

O conhecimento dos sinais e sintomas de um Acidente Vascular Cerebral é muito importante para conseguir minimizar as sequelas com o tratamento precoce. Isso só é possível com uma educação correta dos profissionais de saúde e informando a população sobre esta doença silenciosa.

2. ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL                                          

2.1 Conceito

A expressão AVC refere-se a um complexo de sintomas de deficiência neurológica, que duram pelo menos vinte e quatro horas e resultam de lesões cerebrais provocadas por alterações da irrigação sanguínea (Mausner, 1999). De outra forma, podemos afirmar que o AVC é uma doença caracterizada pelo início agudo de um déficit neurológico que persiste por pelo menos 24 horas refletindo envolvimento focal do sistema nervoso central como resultado de um distúrbio na circulação sanguínea cerebral. Estas lesões cerebrais são provocadas por um enfarte, devido à isquemia ou hemorragia, de que resulta o comprometimento da função cerebral. Este acontecimento pode ocorrer de forma ictiforme (súbito), devido à presença de fatores de risco vascular ou por defeito neurológico focal (aneurisma) (Martins, 2002).

2.2 Nomes alternativos: Doença cerebrovascular; infarto cerebral; hemorragia cerebral; derrame isquêmico; acidente cerebrovascular; derrame hemorrágico.

Podemos dividir o acidente vascular cerebral em duas categorias: 

2.3 O acidente vascular isquêmico consiste na oclusão de um vaso sanguíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma região específica do cérebro, interferindo com as funções neurológicas dependentes daquela região afetada, produzindo uma sintomatologia ou déficits característicos. Em torno de 80% dos acidentes vasculares cerebrais são isquêmicos. Pode ocorrer de duas maneiras:

  • Um coágulo pode se formar em uma artéria que já está muito estreita. Isso se chama trombo. Se ele bloquear completamente a artéria, é chamado de AVC trombótico;
  • Um coágulo pode se desprender de outro lugar nos vasos sanguíneos do cérebro ou alguma outra parte do corpo e se deslocar até o cérebro para bloquear uma artéria menor. Isso se chama embolia. Ele causa um AVC embólico.

AVCs isquêmicos podem resultar de artérias obstruídas, uma condição chamada arteriosclerose. Isso pode afetar as artérias dentro do cérebro ou as artérias no pescoço que levam sangue ao cérebro. Gordura, colesterol ou outras substâncias se acumulam nas paredes das artérias, formando uma substância pegajosa chamada placa. Ao longo do tempo, a placa aumenta gradualmente. Ela frequentemente dificulta que o sangue flua adequadamente, o que pode levar o sangue a coagular.

Determinadas drogas e condições médicas podem fazer com que o sangue tenha mais tendência a coagular e aumentar o risco de um AVC isquêmico. Uma causa comum de AVC isquêmico em pessoas com menos de 40 anos é a dissecção da carótida ou um rasgo na parte interna da artéria carótida. O rasgo deixa o sangue fluir entre as camadas da artéria. Isso causa um estreitamento da artéria carótida, que não ocorre devido à formação da placa. Alguns AVCs isquêmicos começam sem qualquer hemorragia, então ocorre uma hemorragia na área afetada.

2.4 No acidente vascular hemorrágico consiste em uma hemorragia (sangramento) local, provocado pelo rompimento de uma artéria ou vaso sanguíneo, em virtude de outros fatores complicadores, tais como: aumento da pressão intracraniana, edema (inchaço) cerebral, entre outros, levando a sinais nem sempre focais. Em torno de 20% dos acidentes vasculares cerebrais são hemorrágicos.

A hemorragia pode acontecer no interior do tecido cerebral (AVC hemorrágico intraparenquimatoso), que é o mais comum e responsável por 15% de todos os casos de AVC. O sangramento também pode ocorrer perto da superfície cerebral, entre o cérebro e a meninge, conhecido como AVC hemorrágico subaracnóideo. O AVC hemorrágico não é tão comum quanto o isquêmico, no entanto, o AVC hemorrágico pode causar a morte mais frequentemente do que acidentes vasculares cerebrais isquêmicos.

3. Fatores de Risco

A pressão arterial alta é o principal fator de risco para AVCs. Também há outros, como: 

  • Fibrilação atrial;
  • Diabetes mellitus;
  • Histórico familiar de AVC;
  • Doença cardíaca;
  • Colesterol alto;
  • Obesidade e sedentarismo;
  • Raça;
  • Idade avançada;
  • Determinados medicamentos aumentam a probabilidade de ocorrência de coágulos de sangue, e, portanto, as chances de um AVC.
  • Pílulas anticoncepcionais podem aumentar as chances de ocorrência de coágulos de sangue, especialmente em mulheres que fumam e têm mais de 35 anos.
  • Homens têm mais AVC do que mulheres. No entanto, as mulheres têm um risco maior de AVC durante a gestação e nas semanas imediatamente após a gestação.

O risco de hemorragia no cérebro pode ser intensificado, o qual aumenta a probabilidade de ocorrência de um AVC devido a:

  • Uso de álcool;
  • Distúrbios hemorrágicos;
  • Uso de entorpecentes;
  • Lesões na cabeça.

4. Sintomas

Os sintomas de AVC dependem da gravidade e de qual parte do cérebro que é lesada. Em alguns casos, uma pessoa pode nem mesmo estar ciente de que teve um derrame. Eles geralmente se desenvolvem repentinamente e sem aviso, ou podem ocorrer ocasionalmente por um ou dois dias. Comumente são mais graves quando o AVC ocorre pela primeira vez, mas podem ficar piores aos poucos. Os sintomas mais comuns são:

  • Dor de cabeça, especialmente se o AVC for causado por hemorragia no cérebro. A dor de cabeça começa repentinamente e pode ser forte, ocorre quando a pessoa está deitada (acordando-a do sono) e piora quando há mudança de posição, estiramento ou tosse;
  • Mudança na agilidade (inclusive sonolência, inconsciência e coma), na audição e no paladar;
  • Lentidão;
  • Confusão ou perda de memória;
  • Dificuldade para deglutir, escrever ou ler;
  • Tontura ou sensação anormal de movimento (vertigem);
  • Falta de controle sobre a bexiga ou intestinos;
  • Perda de equilíbrio e de coordenação;
  • Fraqueza nos músculos da face, do braço ou da perna (geralmente apenas em um lado);
  • Dormência ou formigamento em um lado do corpo;
  • Alterações de personalidade, humor ou emocionais;
  • Problemas com a visão, inclusive visão reduzida, visão dupla ou perda total da visão;
  • Alterações na sensação do toque e na capacidade de sentir dor, pressão, temperaturas diferentes ou outros estímulos;
  • Dificuldade para falar ou compreender outros que estão falando;
  • Dificuldade para caminhar.

5. Diagnóstico

...

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