EMULSÃO FORMULAÇÃO
Por: vanessamarzano • 23/5/2015 • Trabalho acadêmico • 2.548 Palavras (11 Páginas) • 554 Visualizações
1.0 INTRODUÇÃO.
Emulsões cosméticas são preparações farmacêuticas obtidas pela dispersão de duas fases imiscíveis, ou seja, são misturas relativamente estáveis de água e componen- tes oleosos com a presença de um emulsificante (SILVA & SOARES, 1996).
São muito utilizadas em cosméticos, para aplicação tópica, assim como em preparações farmacêuticas(PINHO & STORPIRTIS, 1998) podendo ser incorporadas em suas fases ativos hidrossolúveis e/ou lipossolúveis dependen- do de suas características e dos efeitos desejados(ALLEN JUNIOR, 2004).
Do ponto de vista cosmético a emulsão não deve ser irritante, não deve degradar e tem que ser compa- tível com princípios ativos e aditivos especiais (ALLEN JUNIOR, 2004).
A hidrofilia ou lipofilia da fase dispersante classifi- ca a emulsão em: água em óleo (A/O) que contém água como fase dispersa sob a forma de pequenas partículas na fase oleosa, e óleo em água (O/A) em que a emulsão é composta pela dispersão de material oleoso/graxo na fase aquosa.
Segundo a Farmacopéia Americana (USP, 1990) es- tabilidade é definida como a amplitude na qual um pro- duto mantém dentro de limites especificados, as mesmas propriedades e características que possuía quando de sua fabricação, durante o seu período de armazenamento e de uso. A instabilidade física das emulsões é causada pela separação das fases, promovendo mudança considerável na aparência, viscosidade, densidade, redispersabilidade e na “performance” do produto. Pode ainda ocorrer a insta- bilidade química com, alterações dos valores de pH, hidró- lise de tensoativos, umidade, contaminação microbiana, tamanho da partícula e processos fotoquímicos (ANVISA, 2004 e MORAIS, 2006).
Qualquer componente presente na fórmula, ativo ou não pode afetar a estabilidade de uma emulsão. Variáveis relacionadas à formulação, ao processo de fabricação, ao material de acondicionamento e às condições ambientais e de transporte também podem influenciar. Conforme a origem, essas alterações podem ser classificadas como extrínsecas (determinadas por fatores externos) ou in- trínsecas (quando determinadas por fatores inerentes à formulação)(ANVISA, 2004).
Uma emulsão está exposta a fatores externos como tempo (envelhecimento do produto), temperatura (altas e baixas acelerando reações físico-químicas), luz e oxi- gênio (reações de óxido-redução), umidade (alteração de volume, peso e aspecto) microrganismos (contami- nação) além do material de acondicionamento (emba- lagens plásticas ou de vidro, bambas transparentes). Os fatores internos ou intrínsecos estão relacionados com a incompatibilidade química (alteração de pH, reações de óxido-redução, reações de hidrólise, interação entre os componentes da formulação e estes ao material da emba- lagem)(ANVISA, 2004).
No preparo de emulsões, as bases auto-emulsionan- tes mais utilizadas são a aniônica, muito usada além de muito antiga, representada pela Cera Lanette (álcool ce- toestearílico e cetil estearil sulfato de sódio) e a não-iô- nica, também muito usada, conhecida como Cera Polawax (álcool cetoestearílico e monoestearato de sorbitano po- lioxietileno 20), sendo estas as bases preferidas pela boa estabilidade que apresentam (ZANIN, et al., 2001).
Na área cosmética não existe nenhum protocolo oficial padronizando os testes de estabilidade, pois es- tes devem ser adequados aos objetivos do formulador, da forma cosmética e dos constituintes da formulação.
FASE A: CONCENTRAÇÃO
Polawax: Cera auto emulsionante 80g
CETIOL: olesoso, éter emoliente com baixo poder de espalhamento 40g
Nipazol: Conservante 0.8g
BHT: Antioxidante 0.5g
FASE B:
Propilenoglicol: Umectante 12.0g
Nipagin: Conservante 0.6g
EDTA: Quelante 0.4g
Água destilada q.s.p: Veiculo 400g
FASE C:
Óleo de Silicone: Emoliente 8g
Germal: 115; Abiol: Conservante 0.8g
ADITIVAÇÃO
ACIDO LÁTICO: Esfoliante, clareador, hidratante. 5.4g
Óleo de amêndoas: Anti – inflamatório, hidratante 40 gotas.
Creme polamax q.s.p: Cera auto emulsificante 120g
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