Revisão Sistemática: Qual A Correlação Entre A Lesão Renal Aguda E A Covid-19?
Por: rayanne2304 • 20/3/2023 • Monografia • 10.510 Palavras (43 Páginas) • 92 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA
RAYANNE OLIVEIRA RODRIGUES
REVISÃO SISTEMÁTICA: QUAL A CORRELAÇÃO ENTRE A LESÃO RENAL AGUDA E A COVID-19?
PETROLINA 2021
RAYANNE OLIVEIRA RODRIGUES
REVISÃO SISTEMÁTICA: QUAL A CORRELAÇÃO ENTRE A LESÃO RENAL AGUDA E A COVID-19?
Projeto submetido a Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF, Campus Petrolina- Centro, como requisito final para elaboração da Monografia de Conclusão de Curso de Bacharelado em Farmácia.
Orientador: Prof. Dr. Tiago Ferreira Silva Araújo
PETROLINA 2021
RESUMO
Em dezembro de 2019, um novo coronavírus foi nomeado pelo Comitê Internacional de Taxonomia do Vírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-COV-2) patógeno do Coronavírus 2019 (COVID-19). Embora a maioria das pessoas infectadas com COVID-19 não precise ser hospitalizada, alguns indivíduos são grupos de alto risco, como idosos ou pessoas com múltiplas doenças, podendo ser acometidos pela COVID-19 na forma mais grave. Embora a COVID-19 se manifeste principalmente como uma infecção pulmonar aguda, ela pode afetar vários órgãos, incluindo os rins. De acordo com estudos recentes que serão abordados durante o trabalho, a frequência de envolvimento renal em COVID-19 é muito alta, e o motivo do envolvimento renal em COVID-19 pode ser multifatorial, acompanhado de complicações cardiovasculares e fatores predisponentes, menciona-se também que a DM é uma doença na categoria de risco da COVID-19 e uma de suas principais complicações é a Lesão Renal Aguda (LRA), afetando aproximadamente 35% dos pacientes. Sabendo que a gravidade da doença causada pela COVID-19 é afetada por comorbidades e que se trata de uma doença nova com poucas informações, a realização do presente estudo é de fundamental importância para se compreender melhor sua epidemiologia e possíveis tratamentos. Esta revisão sistemática visa compreender os fatores agravantes que vinculam o novo coronavírus a lesão renal aguda e suas consequências.
Palavras-chave: COVID-19; SARS-COV-2; Lesão Renal Aguda.
ABSTRACT
In December 2019, a new coronavirus was named by the International Committee on Taxonomy of the Severe Acute Respiratory Syndrome Virus (SARS-COV-2) pathogen of Coronavirus 2019 (COVID-19). Although most people infected with COVID-19 do not need to be hospitalized, some individuals are high-risk groups, such as the elderly or people with multiple diseases, and may be affected by COVID-19 in its most severe form. Although SARS-COV-2 primarily manifests as an acute lung infection, it can affect many organs, including the kidneys. According to recent studies that will be addressed during the work, the frequency of renal involvement in COVID-19 is very high, and the cause may be multifactorial, accompanied by cardiovascular complications and predisposing factors. It is also mentioned that diabetes mellitus is a disease in the risk category of COVID-19 and one of its main complications is Acute Kidney Injury (AKI), affecting approximately 35% of patients. Knowing that the severity of the disease caused by COVID-19 is affected by comorbidities and that it is a new disease with little information, this study is of fundamental importance to better understand its epidemiology and possible treatments. This systematic review aims to analyze the correlation between Acute Kidney Injury and patients with COVID-19, discriminating the pathophysiological development, providing evidence on the possible mechanism, understanding the aggravating factors and evaluating the clinical outcome of patients.
Key-words: COVID-19; SARS-COV-2; Acute Kidney Injury.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO | 5 |
2 OBJETIVOS | 7 |
2.1 OBJETIVO GERAL | 7 |
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS | 7 |
3 REFERENCIAL TEÓRICO | 8 |
3.1 COVID-19 | 8 |
3.2 FISIOPATOLOGIA DA LESÃO RENAL AGUDA | 11 |
3.3 COVID-19 E LESÃO RENAL AGUDA | 14 |
4 METODOLOGIA | 17 |
5 ORÇAMENTO | 19 |
6 CRONOGRAMA | 20 |
REFERÊNCIAS | 21 |
- INTRODUÇÃO
Em dezembro de 2019 surgiu um novo Coronavírus (COVID-19) denominado pelo ICTV (Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus) de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-COV-2), com o primeiro caso em Wuhan, China (LIPSITCH et al., 2020). Esta nova cepa de coronavírus se espalhou globalmente e em março de 2020 a COVID-19 foi classificada como uma pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), representando uma crise de saúde pública mundial (FAUCI; LANE; REDFIELD, 2020; GOYAL et al., 2020).[pic 2]
Uma proporção considerável da população com COVID-19 não necessitará de hospitalização, pois a maioria dos pacientes apresentam um prognóstico favorável desenvolvendo a patologia de forma leve ou não complicada (YANG et al., 2020). No entanto, em alguns indivíduos de alto risco, como idosos ou pessoas afetadas por multi comorbidades, o vírus tem maior probabilidade de causar patologias intersticiais graves, pneumonia, síndrome do desconforto respiratório agudo (ARDS) e subsequente falha de múltiplos órgãos, que são responsáveis por altas taxas de mortalidade. A exemplo de comorbidades, a Diabetes Mellitus (DM) foi um fator de risco para aumento da mortalidade em pacientes com doenças graves na síndrome respiratória aguda (SARS) e da síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS). (BADAWI; RYOO, 2016; LAKE, 2020;LIU et al., 2020).
Embora a doença COVID-19 se manifeste principalmente como uma infecção pulmonar aguda, vários órgãos podem ser afetados, incluindo o rim (BATLLE et al., 2020; SISE et al., 2020). Dados preliminares sugerem que lesão renal aguda (LRA) e anormalidades renais, como proteinúria e hematúria podem ser comuns entre os pacientes com COVID-19, sendo considerado um marcador de gravidade e também um fator proeminente para um prognóstico negativo quanto a sobrevivência (CHAN et al., 2020; CHENG et al., 2020).
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