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TRABALHO DE FARMÁCIA CLÍNICA

Por:   •  25/11/2019  •  Monografia  •  2.717 Palavras (11 Páginas)  •  343 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO BRAZ CUBAS[pic 1]

Curso de Farmácia

Lucas Alberto Masiero

Luiz Henrique Araújo

Roberto Mikio Kozaki

Taires Alves de Godoy

TRABALHO DE FARMÁCIA CLÍNICA

Caso Clínico

Mogi das Cruzes

2019        

CENTRO UNIVERSITÁRIO BRAZ CUBAS[pic 2]

Curso de Farmácia

Lucas Alberto Masiero Severino

Luiz Henrique

Roberto Mikio Kozaki

Taires Alves de Godoy

TRABALHO DE FARMÁCIA CLÍNICA

Caso Clínico

[pic 3]

Mogi das Cruzes

2019

Sumário[pic 4]

CASO CLÍNICO        4

TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR        6

HALDOL (decanoato de aloperidol)        9

DEPAKENE (valproato sódico ou ácido)        10

CINETOL (cloridrato de biperideno)        11

CLONAZEPAM        12


CASO CLÍNICO

O transtorno afetivo bipolar (TAB) é uma doença que é recorrente, crônica e grave, onde ocorre a alternância do estado de humor. O presente relato de caso tem por objetivo exercitar a atividade clínica do farmacêutico no âmbito da atenção farmacêutica, com uma análise crítica da condição clínica do paciente, avaliando interações medicamentosas, posologia, prescrição, opções terapêuticas, e se necessário alguma intervenção terapêutica, aplicando a metodologia Dader ferramenta utilizada para suporte para atenção farmacêutica. Para realização do trabalho foi feito entrevista clínica com a paciente.

M.A.D, 58 anos, sexo feminino, onde os relatos são contados por anamnese. De acordo com as informações da paciente, em 1984 foi notado a primeira crise em Cuiabá em período de férias, os sintomas perceptíveis foi agitação seguida de administração de sedativo, logo após de volta a sua residência ela já apresentava transtorno bipolar com os seguintes sintomas ora ou outra a paciente apresentava agitação e em questão de dias apresentava choro intenso. Conforme os anos foram se passando a paciente M.A.D teve vários episódios de agitação, chegou a ficar fora de casa por várias vezes, um dos episódios onde sacou todo o dinheiro e ficou umas semana fora sem avisar seus parentes, com estado claro de hipermania, porém na maioria das vezes apresenta estado depressivo, tentativas de se matar foram inúmeras porém apenas ameaças, um dos episódios que se sucedeu assim que foi diagnosticada com transtorno bipolar (TB) foi a tentativa de se jogar do terraço  Durante todo o seu período de crises e internações desde os 24 anos a paciente tem utilizado vários medicamentos, entre eles os principais são Haldol e Akineton porém em alguns períodos a paciente chegou a tomar 14 comprimidos ao dia e outros períodos suspendia a medicação por conta própria, nunca seguindo um tratamento farmacoterapêutico à risca e também não tinha quem cuidava ou se preocupava.  Após três meses de estabilização, foi referenciada ao CAPS, onde segue em tratamento.

Durante a adolescência teve um bom rendimento escolar e um bom convívio social. Começou a trabalhar aos 15 anos registrada como agente administrativa, mantinha uma boa relação com os colegas de trabalho, apesar de ter poucos amigos. Por duas vezes teve gravidez não planejada, não recebendo amparo dos parceiros. Atualmente, segue em tratamento multidisciplinar no CAPS -SP Alumiar Suzano, participando de seu Programa Terapêutico Singular (PTS) e em uso de psicofármacos (Haldol injetável 3 ampólas, Cinetol 2mg/ 2 comp pela manhã, Depakene (Ácido Valproico 250 mg  6 comp), manhã tarde e noite, clonazepam 2mg duas vezes ao dia, com estabilização dos episódios de humor, porém mantém sintomas residuais (angustia constante, labilidade emocional), e prejuízo nas atividades diárias como confusão mental, nas relações interpessoais. Ainda assim, é capaz de manter algumas atividades da vida diária tais como: autocuidado, alimentação, interação social em seu território, regularidade em cumprir o PTS diário. Por outro lado, apresenta dificuldade em organizar horários e manter compromissos.


TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR

O transtorno bipolar, conhecido popularmente também como doença maníaco-depressiva, é um transtorno mental que causa mudanças incomuns de humor, energia, níveis de atividade e habilidade de realizar tarefas comuns do dia-a-dia. Quando se trata de sintomas, eles se diferem dos “altos e baixos” que, normalmente, enfrentamos de tempos em tempos, prejudicando relacionamento interpessoal, desempenho no trabalho e na escola, etc.

Esse transtorno é dividido em duas fases, que se alternam conforme a pessoa vai apresentando os sinais e sintomas da doença, e trata-se das fases: Maníaca e depressiva.

Na fase maníaca, a pessoa apresenta sinais e sintomas como: Compulsão alimentar, gastos excessivos, hiperatividade e diminuição da capacidade de discernimento diminuída.

Na fase depressiva, os sinais e sintomas apresentados pelo indivíduo são: Desânimo diário ou tristeza, perda de peso e de apetite, fadiga ou falta de energia, baixa auto estima e pensamentos sobre morte e suicídio.

O TAB (transtorno afetivo bipolar), quando se trata da terceira idade, vem se tornando um problema sério quando nos referimos a saúde pública, representando um desafio enorme para o tratamento clínico. O TAB normalmente acomete indivíduos jovens, porém, também pode acontecer com os idosos.

Os idosos, quando portadores do TAB, tem necessidades diferentes de tratamento quando se comparado aos indivíduos jovens, pois são decorrentes de alguns fatores bem típicos da terceira idade, como por exemplo: Comorbidades físicas, isolamento social, perdas cognitivas, polifarmácia, variações relacionadas a idade na resposta a terapia medicamentosa, entre outros fatores.

O TAB é uma doença crônica e de difícil adesão ao tratamento, ainda mais por parte de idosos, o que leva a família a precisar de alguém de confiança para cuidar e dar os medicamentos corretamente ao indivíduo. A adesão ao tratamento medicamentosos se torna fundamental para o sucesso do mesmo, porém, existe um número grande de barreiras a serem transpostas pela pessoa com TAB diante da necessidade de uso contínuo de medicamentos, resultando, em alguns casos, na não adesão aos mesmos.

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