A DIFICULDADE DE OBTENÇÃO DE CADÁVERES PARA OS CURSOS DE SAÚDE DENTRO DAS UNIVERSIDADES
Por: racha.zahwi • 16/3/2019 • Artigo • 2.638 Palavras (11 Páginas) • 404 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS - UDC
FACULDADE ÂNGULO-AMERICANO
CURSO DE FISIOTERAPIA
RACHA ZAHWI
ZAINAB ABBAS
A DIFICULDADE DE OBTENÇÃO DE CADÁVERES PARA OS CURSOS DE SAÚDE DENTRO DAS UNIVERSIDADES
FOZ DO IGUAÇU-PR
2018
RACHA ZAHWI
ZAINAB ABBAS
A DIFICULDADE DE OBTENÇÃO DE CADÁVERES PARA OS CURSOS DE SAÚDE DENTRO DAS UNIVERSIDADES
Projeto de pesquisa cientifica de curso apresentada ao curso de fisioterapia da Faculdade UDC-Ângulo, como requisito avaliativo para disciplina de metodologia científica.
Orientadora: Letícia Janaina PossaZembrzuski.
FOZ DO IGUAÇU-PR
2018
Resumo
A importância do uso de cadáveres no ensino superior para as áreas da saúde é indiscutível uma vez que os alunos conseguem ter uma melhor percepção de profundidade e espaço dentro do corpo humano. A obtenção desses cadáveres nem sempre foi tão burocrático, no entanto o desenvolvimento da bioética limitou o acesso compulsório de corpos devido à vulnerabilidade do assunto, melancolia gerada pela morte, cultura do povo, falta de conscientização populacional e questões religiosas. Tendo em vista a complexidade do assunto, fará uma analise com 215 cidadãos do município de Foz do Iguaçu em um curto período de nove dias com o objetivo de levantar e analisar a opinião publica. Os resultados obtidos pela pesquisa apoiarão a concepção de que há várias pessoas que são favoráveis ao uso de seus corpos no ensino, porém não conhecem bem a legislação a qual regulamenta a utilização de corpos de indigentes e de mortos não reclamados pelas respectivas famílias. Este trabalho demonstra a necessidade de programas de esclarecimento e de conscientização da população no que diz respeito à doação espontânea de corpos para o estudo e a pesquisa e também programas de reeducação ou modificação daqueles valores que não condizem com o efetivo exercício das profissões da área da saúde.
Palavras-chaves: cadáveres, áreas da saúde, doação.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 2
2. BREVE HISTÓRICO SOBRE ANATOMIA 3
3. PROCEDIMENTO DE OBTENÇÃO DE CADÁVER POR DOAÇÃO 3
4. PROCEDIMENTO DE OBTENÇÃO DE CADÁVERES NÃO RECLAMADOS 4
5. ANÁLISE DE DADOS 6
6. CONCLUSÃO 8
7. REFERENCIAS: 10
INTRODUÇÃO
A disciplina de anatomia humana é obrigatória em praticamente todos os cursos ligados as ciências biológicas. Além dos futuros médicos, os estudantes de fisioterapia, odontologia, farmácia, enfermagem, educação física e outros cursos que usam em suas aulas cadáveres humanos preservados inteiros para os estudos.
O estudo em cadáveres oferece um conhecimento extenso das estruturas anatômicas e fisiológicas do corpo humano que são essenciais para que o universitário aprenda sobre o funcionamento. Assim, ao compreendê-las o estudante poderá raciocinar quanto às doenças, suas causas e seus tratamentos.
É muito distinto observar um músculo no cadáver e num livro, pois no corpo é possível ver as propriedades de cor, profundidade, postura e disposição anatômica que são noções que fazem diferença para um futuro profissional de saúde, mas infelizmente há uma grande dificuldade de serem obtidos.
Infelizmente peça humana para estudo está cada vez mais rara de ser oferecida, o que prejudica a qualidade do ensino disponibilizado. Por este motivo, é fundamental aumentar o número de campanha voluntária de corpo para o estudo anatômico, para que por meio dos corpos doados, o Brasil possa continuar formando profissionais de alto grau de sabedoria da Anatomia Humana para sua atuação na sociedade.
O objetivo deste estudo foi levantar e identificar, através de um plano exploratório dentro da abordagem quantitativa, as razões que levariam alguns estudantes universitários a serem doadores ou não doadores a respeito da doação de seu próprio corpo para o estudo anatômico.
BREVE HISTÓRICO SOBRE ANATOMIA
Segundo Lyons e Petrucelli APUD Queiroz (2005) o início do uso de cadáveres para a pesquisa e o ensino científico data de 500 anos A.C. em países como Egito, Grécia e Roma, entretanto, é sabido que a ciência “Anatomia” começou nos primórdios da história humana onde o homem pré-histórico já observava à sua volta a existência de seres diferentes de seu corpo, os animais. Com isso, passou-se a gravar nas paredes das cavernas e fazer esculturas das formas que via, sendo a arte do Homo sapiens bastante elaborada, tanto em termos de realismo quanto de traços artísticos. Logo da simples observação, passou-se a prática da dissecação, o que levou a anatomia a se firmar como princípio fundamental da prática na “área da saúde”.
A preocupação era apresentar e discutir a importância do cadáver na construção do conhecimento do ensino, observando aspectos científico, religioso, cultural e legal que ditam regras as quais controlavam o progresso da ciência. Porém, o trabalho dos anatomistas era limitado pelas normas da Igreja, sendo hoje, este estudo ameaçado por problemas jurídicos, religiosos, morais e pela falta de conscientização da sociedade sobre a importância da doação de cadáveres para o estudo e a pesquisa. O que levou a sociedade a vários questionamentos nos campos: social, moral, jurídico, religioso e médico já que lidar diretamente com a morte nas aulas de anatomia causa dogmas e tabus.
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