A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Por: manusu • 17/4/2015 • Trabalho acadêmico • 1.515 Palavras (7 Páginas) • 411 Visualizações
Influenza
Descrição: A Influenza ou gripe é uma infecção viral aguda do trato respiratório, com distribuição global e elevada transmissibilidade. Apresenta-se com início abrupto com febre, mialgia e tosse seca. Sua importância é de caráter epidêmico e alta morbidade, com elevadas taxas de hospitalização em idosos ou pacientes portadores de doenças crônicas. Tem sido destacado seu potencial pandêmico. Isso configura duas situações epidemiológicas distintas, classificadas: Influenza Sazonal e Influenza Pandêmica
Agente Etiológico: Vírus Influenza, que são vírus RNA de hélice única, da família Orthomyxoviridae, subdivididos em três tipos de antigenicamente distintos: A, B e C.
O tipo A é mais suscetível a variações antigênicas, contribuindo para a existência de diversos subtipos e sendo responsável pela ocorrência da maioria das epidemias de gripe; Os vírus Influenza B sofrem menos variações antigênicas e, por isso, estão associados com epidemias mais localizadas;
A Influenza C são antigenicamente estáveis, provocam doença subclínica e não ocasionam epidemias, motivo pelo qual merecem menos destaque em saúde pública.
Sinonímia: Gripe
Reservatório: Os vírus do tipo B ocorrem exclusivamente em humanos; os do tipo C, em humanos e suínos; os do tipo A, em humanos, suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves;
Modo de transmissão: O modo mais comum é a transmissão direta(pessoa a pessoa), por meio de gotículas expedidas pelo indivíduo infectado ao falar, tossir e respirar;
O modo indireto também ocorre por meio do contato com as secreções do doente (mão, por exemplo); apesar da transmissão inter-humana ser a mais comum, já foi documentada a transmissão direta do vírus de aves e suínos para o homem.
Período de incubação: Em geral, de 1 a 4 dias;
Período de transmissibilidade: Um indivíduo infectado pode transmitir o vírus no período compreendido entre 2 dias antes do início dos sintomas até 5 dias após os mesmos.
Diagnóstico Laboratorial
O espécime preferencial para o diagnóstico laboratorial são as secreções da nasofaringe (SNF) obtidas por meio de aspirado de nasofaringe com auxílio de um coletor descartável ou por meio de swab combinado (oral + nasal). Estas amostras devem ser coletadas até o quinto dia (preferencialmente até o terceiro) do início dos sintomas e transportadas em gelo reciclável (não congelar) até o laboratório, para o devido processamento.
A detecção do vírus influenza é realizada pelas técnicas de imunofluorescência (IF), de isolamento do agente em cultivos celulares/ovos embrionados (considerado método padrão) e de detecção por reação em cadeia da polimerase (PCR). Adicionalmente, o diagnóstico pode ser estabelecido através do exame de inibição de hemaglutinação (HI). Para isso, coletar amostras pareadas de sangue durante a fase aguda e convalescente (15 dias de intervalo entre as duas colheitas).
A IF é realizada nos laboratórios estaduais onde a vigilância da influenza está implantada, utilizando-se um painel de soros que detecta, além da influenza, outros vírus respiratórios de interesse (vírus respiratório sincicial, parainfluenza e adenovírus). A cultura e a PCR são realizadas nos três laboratórios de referência (Instituto Evandro Chagas/SVS/MS, Fiocruz/MS e Instituto Adolfo Lutz/SES/SP), que também procedem à caracterização antigênica e genômica dos vírus da influenza isolados.
Uma caracterização complementar para influenza é realizada em um dos laboratórios de referência internacional da OMS. Para o vírus da influenza A, a tipagem completa é essencial para que o mesmo seja introduzido na composição anual da vacina do hemisfério sul. Para efeito da vigilância epidemiológica, esse diagnóstico é realizado apenas em alguns pacientes atendidos em unidades sentinelas.
Diagnóstico D[pic 1]iferencial-É importante destacar que as características clínicas da gripe não são específicas e podem ser similares àquelas causadas por outros vírus respiratórios que também ocorrem sob a forma de surtos e eventualmente circulam ao mesmo tempo, tais como rinovírus, vírus para influenza, vírus sincicial respiratório, coronavírus ou adenovírus. Apesar de os sintomas sistêmicos serem mais intensos na influenza que nas demais infecções que cursam com quadro clínico semelhante (daí a denominação de síndrome gripal para as infecções causadas por estes agentes), o diagnóstico definitivo dessas infecções apenas pela clínica torna-se difícil.
Chama-se a atenção para o diagnóstico diferencial de casos de influenza grave (pneumonia primária) com possíveis casos de síndrome respiratória aguda grave (Sars).
Tratamento
- [pic 2] Durante os quadros agudos, recomenda - se repouso e hidratação adequada.
- Medicações antitérmicas podem ser utilizadas.
- Evitar uso de ácido acetil salicílido nas crianças.
- No caso de complicações pulmonares graves, podem ser necessárias medidas de suporte intensivo.
- Atualmente, há duas classes de drogas utilizadas no tratamento específico da influenza.
- Amantadina e a Rimantadina, são drogas similares, licenciadas há alguns anos. Apresentam entre 70% a 90% de eficária na prevenção da doença pelo o vírus da Influenza A.
- Também podem reduzir a intensidade e duração do quadro, se administradas terapeuticamente.
- Oseltamivir e o Zanamivir fazem parte de uma nova classe de drogas que inivbem a neuraminidade dos vírus da Influenza A e B.
- -Essas drogas, se administram até 2 dias após o início dos sintomas, pode reduzir o tempo da doença, bem como suas complicações.
Aspectos epidemiológicos;
Atualmente, com os modernos meios de transporte, a propagação do vírus Influenza tornou-se muito rápida, podendo circular, ao mesmo tempo, em várias partes do mundo, causando epidemias quase simultâneas. Em comunidades fechadas o número sobe para 40 a 70%. Tanto a morbidade quanto a mortalidade devidas à Influenza e suas complicações podem variar ano a ano, dependendo de fatores como as cepas circulantes e o grau de imunidade da população geral e da população mais suscetível, entre outros motivos.
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