Aspectos Bioenergéticos, ajustes fisiológicos, fadiga e índices de desempenho
Por: Lucas César • 14/5/2018 • Resenha • 693 Palavras (3 Páginas) • 973 Visualizações
Faculdade Santo Antônio
Componente Curricular: Fisiologia do Exercício
Curso: Bacharelado em Fisioterapia (3º e 4º semestre)
Docente: Silvio Cruz
Discentes : Adria T. dos S. Souza e Lavínia da Silva Azevêdo Reis
CAPUTO, Fabrizio; OLIVEIRA, Mariana Fernandes Mendes; GRECO, Camila Coleho; DENADAI, Benedito Sergio; Exercício aeróbio: Aspectos bioenergéticos, ajustes fisiológicos, fadiga e índices de desempenho. São Paulo. Rev. Bras. Cineantropom Desempenho Hum. 2009. 11(1):94-102.
Nos esportes, atletas e técnicos que desejam maximizar o rendimento necessitam de um bom conhecimento dos processos fisiológicos. Os vários números que determinam o rendimento aeróbico tem sido organizados em modelos que integram fatores como consumo Maximo de oxigênio (VO2max) , resposta do lactato sanguíneo ao exercício muscular e a eficiência muscular, onde estes são considerados como variáveis importantes do desempenho aeróbico. Durante o exercício, a demanda energética do músculo esquelético aumenta consumindo uma quantidade maior de trifosfato de adenosina (ATP).
Contudo, os estoques de ATP são bem limitados, significando que a produção de ATP deve ocorrer na mesma velocidade na qual ele é utilizado, para que o exercício possa continuar por tempo prolongado.
Existem três processos distintos e integrados que operam para satisfazer a demanda energética do músculo. O sistema anaeróbio que pode ser dividido em alático e lático. O sistema alático compreende a quebra da creatina fosfato (CP) e as moléculas de ATP presentes dentro do músculo. O sistema lático refere-se à combustão parcial da glicose ou glicogênio. E o sistema aeróbio que se refere à combustão completa dos carboidratos (glicose e glicogênio), gorduras e em alguns casos proteínas na presença do oxigênio (O2).
Todos os sistemas são “acionados” no início do exercício, mas como eles têm grandes diferenças na quantidade total de energia disponível (capacidade) e na velocidade de produção energética (potência), fica óbvio que a relativa contribuição dos sistemas energéticos para um dado esforço, vai depender da sua intensidade e duração.
De todos os possíveis aspectos relacionados com a fadiga, o acúmulo de lactato e íons H+ provenientes do metabolismo anaeróbio, são os mais difundidos, pela literatura entre outros, como principais causadores da fadiga muscular. Porém, estudos têm demonstrado que o acúmulo destes metabólitos pode aumentar a força de contração, diminuindo a inibição no processo de excitação-contração causado, provavelmente, pelo acúmulo de K+ extracelular, isto é, quando o ácido lático foi infundido na fibra fatigada contribuiu para que esta voltasse a responder aos estímulos elétricos. Portanto, seria prematuro eliminar o acúmulo de íons H+ como uma potencial causa da fadiga em algumas circunstâncias.
Parte da energia necessária para o movimento é produzida através da degradação da glicose e os produtos gerados, piruvato ou lactato, são os principais substratos utilizados posteriormente no processo de oxidação completa da glicose. Ainda dentro da fibra muscular, o lactato pode ser reconvertido a piruvato para ser oxidado na mitocôndria.
O consumo máximo de oxigênio tem sido um índice muito utilizado nas últimas décadas para avaliação do nível de aptidão aeróbia, de atletas ou sedentários, por estar relacionado com capacidades metabólicas e cardiovasculares. É um índice que, em parte, parece explicar o melhor desempenho apresentado por atletas de resistência, demonstrado por valores de VO2max até duas vezes maiores do que em indivíduos sedentários.
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