Fisioterapia em Ginecologia e Obstetricia
Por: lepalma • 4/8/2015 • Trabalho acadêmico • 1.782 Palavras (8 Páginas) • 593 Visualizações
Fisioterapia em Ginecologia e Obstetrícia.
Introdução:
A fisioterapia em obstetrícia é uma especialidade de grande importância no atendimento de gestantes, já que este é um momento importante na vida da mulher. Nesta fase ela pode ser beneficiada com o atendimento durante a gestação, trabalho de parto e puerpério (pós-parto). Para tanto, tem como objetivo tratar algumas alterações comuns durante a gravidez ou prevenir qualquer disfunção inerente à esta condição, tranqüilizar a gestante durante o trabalho de parto, diminuir a dor e reduzir o tempo de duração do mesmo, acelerar o retorno as condições não gestacionais e a atividades diárias, além de reabilitar as complicações apresentadas no pós-parto. Este tratamento pode ser realizado em domicílio, reduz o transtorno de locomoção e proporciona maior comodidade a gestante.
O fisioterapeuta, além de atuar em obstetrícia, tem participação na área ginecológica, no preparo pré-operatório e recuperação no pós-operatório de cirurgias ginecológicas.
Conteúdo:
A Fisioterapia em ginecologia e obstetrícia, apesar de pouco conhecida, é uma especialidade de grande importância no atendimento de gestantes, pacientes com incontinência urinária, pacientes mastectomizados (retirada da mama), entre outros.
A gestação é um momento importante na vida da mulher, e nessa fase pode ser beneficiada com o atendimento pré e pós-parto, no sentido de tratar alguma alteração comum durante a gravidez ou prevenir qualquer disfunção inerente à sua condição.
Incontinência Urinária:
Um grande problema de saúde tratado em ginecologia e obstetrícia é a incontinência urinária. O foco do tratamento fisioterapêutico é o reforço dos músculos que compõem o assoalho pélvico através de exercícios e eletroestimulação, e a reeducação miccional,
A incontinência urinária consiste na perda involuntária de urina (ICS), sendo mais comum entre mulheres de idade mais avançada, o que não quer dizer que não possa ocorrer em homens e mulheres jovens. Essa condição provoca grande impacto na qualidade de vida desses pacientes, muitas vezes, os privando de sua vida social e de suas atividades do dia-a-dia.
Alguns dos tratamentos utilizados para o tratamento de incontinência urinária incluem a fisioterapia, tratamentos medicamentosos e cirurgias. Dentre estes, destaca-se a Fisioterapia, que é atualmente considerado o tratamento de 1° linha para essa condição, já que diminui as possíveis complicações associadas ás cirurgias e pode promover a cura.
A fisioterapia vai trabalhar a debilidade do assoalho pélvico através do fortalecimento desta musculatura a partir de exercícios (cinesioterapia) realizados ativamente pelo paciente e/ou associado com alguns recursos de acordo com a necessidade de cada um com o objetivo de reestabelecer o equilíbrio da pelve, manter o suporte dos órgãos pélvicos, principalmente bexiga, útero e reto, favorecer a pressão de fechamento da uretra, ativar a circulação local e contribuir na atividade sexual. Diante disso, é perceptível que a intervenção do fisioterapeuta especializado na área de urologia pode auxiliar no tratamento dos pacientes incontinentes, evitando que tratamentos mais radicais sejam realizados, além de melhorar significantemente a qualidade de vida dessas pessoas. Para tanto, o paciente tem a opção de ser atendido no conforto do seu lar.
Método: Fisioterapia na Gestação
A gestação é um momento em que ocorrem muitas mudanças, tanto no seu corpo quanto em sua vida social. No entanto, estas alterações devem ser diferenciadas de distúrbios que podem ser detectados e tratados durante a gestação. Diante disso, o tratamento fisioterapêutico irá ajudar a minimizar as consequências destes distúrbios. Para tanto a fisioterapia conta com os seguintes recursos: drenagem linfática manual, relaxamento, massagem, alongamento, fortalecimento, pompage, exercícios respiratórios, circulatórios, perineais e mobilização pélvica.
O tratamento pode ser realizado em sua própria casa, proporcionando uma melhor qualidade de vida durante a gestação, reduzindo ou minimizando as consequências no pós-parto.
Estudos relatam que a atividade física segura e com acompanhamento do profissional qualificado, garantem controle do peso corporal e melhora do condicionamento físico da gestante. No momento do trabalho de parto, a fisioterapia realiza-se um trabalho importante, a fim de torna-lo mais tranquilo, pois visa o alívio da dor, diminuição da fadiga e redução do tempo de trabalho de parto. Atua auxiliando na deambulação, alteração de decúbito, massagem e exercícios de mobilização pélvica. Segundo o estudo realizado pela fisioterapeuta Eliane Bio no Hospital Universitário da USP, o atendimento fisioterápico no trabalho de parto promoveu a redução do número de cesáreas, e os exercícios diminuíram a dor e a duração do trabalho de parto de 11 para 5 horas.
Fisioterapia no Trabalho de Parto.
O trabalho de parto é um momento de muitas dúvidas e medos nas gestantes, mesmo nas mulheres que não são mamães de primeira viagem. Muitos destes questionamentos vêm devido a falta de conhecimento sobre este período. Diante disso, a fisioterapia se torna uma aliada, pois além de levar informações, deixa o trabalho de parto mais tranqüilo, podendo até diminuir o tempo de duração do mesmo.
De quantas semanas nasce o bebê?
O trabalho de parto de um bebê a termo (normal) ocorre entre 37 e 42 semanas, que é o tempo necessário para o desenvolvimento do mesmo.
Como saber que está em trabalho de parto?
A partir de certo tempo de gravidez, geralmente no 2º trimestre, a gestante começa a sentir as contrações uterinas (“barriga dura”), porém sem dor, mas pode ser associada há algum desconforto. Estas são contrações indispensáveis para o crescimento do feto. Já no final da gestação, a “barriga dura” pode está associada a uma cólica (tipo menstrual) que vai até as costas. Este é um sinal de alerta para você observar se essas contrações estão acontecendo muitas ou poucas vezes. Portanto, quando apresentar de 2 a 3 “barrigas duras” a cada 10 minutos, é hora de ir para o hospital , você está em trabalho de parto.
Outro sinal de trabalho de parto é o rompimento da bolsa, que pode ser observado de duas maneiras: a saída do líquido amniótico em gotas que molham a calcinha ou escorrendo pela perna em grande quantidade. Se um desses casos acontecerem, está na hora de ir para a maternidade, você está em trabalho de parto. Cuidado para não confundir o líquido amniótico com urina, basta cheirar a calcinha, pois o cheiro e a coloração são diferentes.
O aviso que o trabalho de parto pode está bem próximo é a perda do tampão mucoso (semelhante a um pequeno sangramento), eliminado à medida que o colo se dilata. Este tampão mucoso pode sair até uma semana antes do trabalho de parto propriamente dito, porém você deve avisar o médico.
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