Implementação de Registro Eletrônico de Saúde no Central City Medical Group

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2011

Implementação de Registro Eletrônico de Saúde no Central City Medical Group

Na reunião do conselho do Central City Medical Group (CCMG) de junho de 2007, Deb Moore, Diretora  Executiva,  alertou  o  conselho  para  mudanças  importantes  no  CCMG,  o  resultado  de tensões montadas  causadas  pela  implementação  de  um  registro eletrônico de  saúde  (EHR)  nos nove meses anteriores. Ela anunciou uma mudança na liderança médica e declarou que a moral médica estava caindo em espiral. Apesar de  o ambiente  de pagamento externo ter sido o maior desafio nos últimos anos, o desafio atual e combinado foi a crescente lacuna entre o volume de trabalho de pacientes e a capacidade do médico, já que os médicos permaneceram bem abaixo dos níveis  históricos  de  produtividade  enquanto  aprendiam  a  usar  seu  novo  EHR.  O  volume  de trabalho foi tão impressionante que um dos médicos mais produtivos, que também era Diretora Médica, renunciou ao seu cargo e pediu uma licença de três meses. Outros médicos mais velhos ameaçaram  se  aposentar  nos  meses  seguintes.  Ao  mesmo  tempo,  o  CCMG  enfrentou  uma escassez extrema de médicos de assistência básica para recrutamento. Uma das maiores questões que a Sra. Moore colocou perante o conselho era se o CCMG deveria ou não parar de aceitar novos pacientes até que pudesse retornar à total produtividade.

Central City Medical Group

A filosofia do CCMG era que cuidados básicos eram o elemento chave de um sistema de entrega de saúde efetivo. A evidência empírica sugeria que os cuidados básicos melhoraram a saúde da população e o desempenho geral do sistema de saúde aumentando o acesso aos cuidados, melhorando a qualidade, reduzindo erros médicos, e baixando as diferenças raciais e sócio- econômicas dos cuidados. Os cuidados básicos eram particularmente importantes para pessoas com doenças crônicas por causa de suas necessidades de cuidados complexos e permanentes.

No entanto, os cuidados básicos estavam desaparecendo do interior da cidade.1 Estudantes de medicina não estavam escolhendo estudos de pós-graduação em pediatria, medicina interna, ou medicina familiar por causa de grandes dívidas estudantis, a diferença de salário entre o atendimento básico e o especializado, e questões sobre volume pesado de trabalho. Mesmo quando havia suprimento, a coordenação de cuidados estava faltando porque o sistema de pagamento não reembolsava esforços para colaborar com outros fornecedores de serviço de saúde e social. Pessoas com doenças crônicas buscavam especialistas baseados em hospitais para seus cuidados, mas isto resultou em atendimento fragmentado bem como custos e utilização aumentados.

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1 Starfield, B., Shi, L. & Macinko, J. (2005). Contribuição de cuidados básicos para sistemas de saúde e saúde. Milbank Quarterly, 83, 457– 502.

© 2011 por President and Fellows of Harvard College. Este caso foi preparado por Shehnaz Alidina, Lili Beit, e Michael Brown, Harvard T.H.         Chan School of Public Health, como base para discussão em aula ao invés de ilustrar condução eficiente ou ineficiente de uma situação de administrativa. Este publicação não pode ser digitalizada, fotocopiada ou reproduzida, publicada ou transmitida, sem a permissão da

Harvard T.H. Chan School of Public Health.

O   CCMG   foi   estabelecido   em   1980   como   empreendimento   colaborativo   entre   médicos   de cuidados  básicos,  enfermeiros,  o  Eastern  Medical  Center  (EMC),  quatro  centros  locais,  e  os governos   municipal   e   estadual    como   uma   organização   inovadora   de   cuidados   básicos especializada  em  fornecer  cuidado  a  idosos  debilitados.  William  MacMillan,  um  dos  médicos fundadores, explicou,

Tínhamos uma visão de fornecimento de um cuidado solidário e contínuo para toda a vida para idosos debilitados, particularmente aqueles nas margens no sistema de saúde. Se o cuidado para este grupo for eficaz, deve ter elementos de personalização e continuidade. Com equipes multidisciplinares organizadas, os pacientes podem ser cuidados para uma maneira individualizada na configuração apropriada pela transferência de responsabilidades diretas de um membro da equipe para o outro. O movimento de casa para a casa de repouso e de volta, ou do cuidado ambulatorial para cuidado doméstico ou casa de repouso, se torna uma questão interna, com o hospital geralmente alheio ao processo e acostumado apenas com problemas para os quais é absolutamente essencial.

Aclamado  como  "uma  jóia  dentre  as  organizações  médicas  e  centros  médicos",  o  Central  City Medical Group foi construído em quatro pilares. O primeiro pilar foi o fornecimento de cuidados básicos  individualizados  para  pacientes.  Isto  incluía  tomar  tempo  suficiente  durante  a  consulta para entender a doença do paciente e sua habilidade de gerenciar seu próprio cuidado antes de vir com  um  plano  de  tratamento  personalizado.  A  equipe  de  cuidado  apoiava  o  paciente  entre  as consultas  com  a  gestão  de  medicamentos,  encaminhamento  para  especialistas,  coordenação  de cuidado  ativa,  e  estando  disponível  24  horas  por dia,  sete  dias  por  semana.  O  compromisso  de fornecedores do CCMG para seus pacientes rendeu a eles o apelido de "guerrilha do Central City".