O DOENÇA RESPIRATÓRIA - ASMA
Por: Paulo Ribeiro • 19/6/2020 • Trabalho acadêmico • 900 Palavras (4 Páginas) • 325 Visualizações
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FISIOTERAPIA
Fisioterapia Respiratória
Asma brônquica
Definição:
A asma é uma doença respiratória inflamatória crônica das vias aéreas.
Os brônquios sofrem um processo inflamatório, que causa hiperprodução de muco e broncoconstrição (estreitamento); dificultando a entrada e saída de ar nos pulmões.
O estreitamento das vias aéreas geralmente é reversível, através de medicações, mas pode também tornar-se irreversível, em pacientes com asma crônica grave.
A asma brônquica pode se iniciar em qualquer momento da vida, mas na maioria das vezes começa na infância. Podendo ser genético ou ambiental.
Fisiopatologia da Asma Brônquica
Classificação
A asma diferencia-se segundo a causa em:
Asma atópica, extrínseca ou alérgica: secundária a ácaros, pólenes, pêlos de animais, fungos, alimentos. É a mais frequente.
Asma intrínseca: de causa não conhecida.
Asma profissional: farinhas, produtos industriais, tintas de cabeleireiro, encarregados agrícolas, aves de capoeira, outros.
Asma por medicamentos: aspirina, anti-inflamatórios, etc.
Asma induzida pelo exercício.
Quadro clínico
Diagnóstico clínico do paciente com asma envolve a identificação dos seguintes sintomas:
dispnéia
tosse crônica
sibilos
aperto no peito ou desconforto torácico, particularmente à noite ou nas primeiras horas da manhã;
Em crise grave: hipoxemia, taquicardia, sudorese, extreminades frias e cianóticas, pulso paradoxal.
Diagnóstico clínico
Fatores de risco
A exposição a alérgenos, particularmente nos primeiros anos de vida, pode determinar inflamação crônica alérgica nas vias aéreas de indivíduos geneticamente suscetíveis.
infecções virais na infância
ausência de amamentação com leite materno
exposição ambiental domiciliar à fumaça do cigarro de pais fumantes
poluição atmosférica
dietas com baixos teores de antioxidantes (vitaminas C, E) ou ácidos graxos poliinsaturados (ácido linolêico, ou ácidos graxos omega-3).
Obesidade
Tratamento
A principal meta do tratamento da asma é a obtenção e manutenção do controle da doença. No seu senso mais comum, o controle poderia indicar prevenção total da doença ou mesmo a sua cura, mas no caso da asma, onde nenhuma destas opções é realista, se refere ao controle das manifestações clínicas e funcionais.
O tratamento da pessoa asmática compreende dois momentos diferentes:
1-o tratamento das crises : uso de um agente de alívio imediato (bronquiodilatador)
2- tratamento da doença: uso de medicamento controlado de uso contínuo, que diminuem a frequência de broncoconstrição.
Intervenção da fisioterapia na Asma brônquica
– Tratamento fisioterápico:
O tratamento fisioterápico consistirá na fase em que o paciente se encontrará, ou seja, em crise ou no período intercrítico. No período intercrítico, a cinesioterapia respiratória precedida de nebulização ( hidratar as vias aéreas) tem como meta melhorar de forma gradual a capacidade ventilatória do indivíduo, corrigir defeitos de postura e de reeducação muscular respiratória. Evitar encurtamentos dos músculos torácicos assim como as deformidades, através de padrões posturais, alongamentos é de fundamental importância.
A assistência dada ao paciente em crise consistirá em suporte farmacológico e, se possível, suporte ventilatório não invasivo (VNI). O uso da VNI vem por minimizar o esforço respiratório determinado e assim, evitar a entubação orotraqueal e conseqüente ventilação mecânica. A adoção do modo Bilevel ( dois níveis de pressão : Ipap e Epap) na VNI é o mais recomendado, através de mácaras nasais ou faciais.
Contudo , sinais de gravidade ao exame físico tais como taquipnéia (FR>35), taquicardia (FC>120), uso de musculatura acessória, presença de pulso paradoxal maior que 12mmHg, ortopnéia, sudorese quando associados à presença de hipercapnia, hipoxemia ou acidose lática orientam para a necessidade de entubação endotraqueal. Cianose, alteração do nível de consciência e hipotensão são sinais tardios de insuficiência respiratória e não devem ser aguardados para que seja instituída ventilação mecânica. Pacientes cujo peak flow é menor que 30% do previsto ou VEF1 é menor que 1 litro têm maior risco de insuficiência respiratória. A presença de hipercapnia isoladamente. Então, o paciente será encaminhado ao centro de tratamento intensivo para devida assistência respiratória, dosagens de gases arteriais, monitorização hemodinâmica.
A ventilação mecânica instituída deverá atender as necessidades de repouso para a musculatura respiratória e promover uma oxigenação adequada e principalmente à redução da hiperinsuflação dinâmica. Então, os modos volume controlado ou pressão controlada podem ser adotados desde que atendam a um volume minuto baixo e tempo expiratório prolongado. A presença de broncoespasmo e/ou muco devem ser combatidos para não haver formação de uma pressão positiva ao final da expiração (autoPEEP) e assim, hiperdistensão alveolar.
Para atingir uma oxigenação adequada sem aumentar a hiperinsuflação dinâmica, deve-se utilizar um volume corrente de 5 a 8 mL/Kg e uma freqüência respiratória de 10-14 por minuto, a fração inspirada de O2 (FIO2) inicial de 100% e um fluxo inspiratório 80-100L/min. Posteriormente, ajustes destes parâmetros devem ser feitos para obter uma SpO2 > 92% e manter a pressão de plateau menor ou igual a 30. A pressão de plateau deve ser utilizada como medida do grau de hiperinsuflação, uma vez que reflete de modo mais fidedigno a pressão alveolar do que a simples medida do auto PEEP. A pressão de pico usualmente mantida abaixo de 40. A diferença Ppico – Pplateau, por sua vez, pode nos ser útil na monitorização do grau de limitação ao fluxo aéreo.
Em asmáticos, o PEEP inicial deve ser igual a zero (ZEEP), uma vez que em pacientes asmáticos a adição de PEEP extrínseco parece elevar discretamente a PaO2 às custas de aumento da hiperinsuflação.
Referência:
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma. J Bras Pneumol, 2006. Disponível em:
http://dicos.usp.br/rmrp/article/view/7657/9195
https://interfisio.com.br/asma-bronquica/
http://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v32s7/02.pdf
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