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UTILIZAÇÃO DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NERVOSA TRANSCUTÂNEA (TENS) NO TRATAMENTO DA DISMENORRÉIA PRIMÀRIA (DP)

Por:   •  23/10/2018  •  Projeto de pesquisa  •  1.989 Palavras (8 Páginas)  •  449 Visualizações

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UTILIZAÇÃO DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NERVOSA TRANSCUTÂNEA (TENS) NO TRATAMENTO DA DISMENORRÉIA PRIMÀRIA (DP)

Dismenorréia, também conhecida como algomenorreia, menalgia ou odinomenorreia, é uma condição caracterizada pela cólica menstrual acentuada. O termo dismenorréia é de origem grega e significa fluxo menstrual difícil ou doloroso, pode ser classificada como primária ou secundária (BALDAN et al., 2013).

A dismenorréia primária (DP) é a dor associada ao ciclo menstrual na ausência de lesões nos órgãos pélvicos, já a secundária apresenta alterações pélvicas que está associada a algum distúrbio no sistema reprodutor, como por exemplo, a endometriose (TORRILHAS, 2017).

Um dos principais sintomas da dismenorréia primária caracteriza-se por dor, sob forma de cólica, habitualmente no baixo ventre que pode irradiar-se para a região lombar e para as coxas, ocorrendo durante a menstruação ou algumas horas antes desta, podendo ser acompanhada ou não de sintomas como náuseas, vômitos, fadiga, nervosismo, cefaléia, vertigem, lombalgia, diarréia e até desmaios (CARVALHO, 2010).

A DP é uma resposta do organismo à menstruação, que ocorre quando o corpo feminino se prepara para gerar um bebê e há um aumento de progesterona (hormônio sexual que atua no ciclo ovulatório e na gestação), que torna o endométrio mais espesso (parede que reveste a parte interna do útero que propicia o desenvolvimento do feto). Quando a fecundação não acontece, o endométrio uterino se desintegra para que ocorra a menstruação, ele libera grandes quantidades de prostaglandinas que provocam contrações da musculatura uterina. Essas contrações são intensas e levam à compressão do plexo vascular e nervoso do útero, é esse processo que causa a dor abdominal e pélvica, caracterizando a cólica menstrual. Quanto menor for o útero, maior a produção e concentração de prostaglandinas, conseqüentemente, mais intensa a dor (FERREIRA et. al., 2010).

Esta pesquisa pretende mostrar a eficácia da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS), onde buscaremos a resposta para o seguinte questionamento: qual a importância do TENS no tratamento das cólicas menstruais?

2 OBJETIVOS

2.1 GERAL

Investigar a importância da Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) no tratamento das cólicas menstruais.

2.2 ESPECÌFICO

• Identificar os possíveis impactos da TENS no tratamento da dismenorréia primária

• Descrever o mecanismo de ação do TENS na região uterina que leva a redução no quadro da cólica.

• Investigar se o TENS serve para prevenir a cólica ou a outros sintomas da desmenórreia.

3 JUSTIFICATIVA

As cólicas menstruais ou Dismenorréia constitui uma das queixas ginecológicas mais comuns entre as mulheres.

De acordo com um levantamento realizado em todas as regiões do país no ano de 2014, pelo Instituto Brasileiro de Opinião Publica e Estatística (IBOPE), 66% da população feminina sofrem com cólicas a cada menstruação. Outros dados, da Pesquisa Dismenorréia e Absenteísmo no Brasil (Disab), apontam que 70% das mulheres que sofrem deste mal têm sua produtividade prejudicada no trabalho por causa das dores, como também sofrem interferências nos hábitos e rotinas mensalmente.

Diante desses dados, visto que grande parte da população feminina sofre com os sintomas desencadeados pela dismenorréia, consideramos de grande importância a realização deste estudo para informar os benefícios do recurso escolhido.

Entre os inúmeros recursos fisioterapêuticos que podem ser utilizados para diminuir a severidade dos sintomas da dismenorréia, destacamos a estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS), por vim demonstrando resposta favorável em alguns estudos já realizados, representando uma alternativa para mulheres que querem minimizar o consumo de medicação (MONTEIRO, 2008).

4 REFERENCIAL TEÓRICO

A seguir, são apresentados conceitos, visões e abordagens de autores quanto aos temas: fisiologia do ciclo menstrual, mecanismo da dor e TENS.

4.1 FISIOLOGIA DO CICLO MENSTRUAL

Em conformidade com Amaro (2016), o ciclo menstrual, regulado pelo sistema endócrino, é fundamental para a reprodução. Estímulos ambientais como nutrição, estresse, emoção, luz, odor e som são transformados pelo hipotálamo em neuropeptídios, induzindo a glândula pituitária a secretar gonadotrofinas, que estimulam os ovários. Os ovários secretam estradiol e progesterona, onde estimulam o endométrio a se preparar para uma gravidez, e mantém a estimulação do hipotálamo e da glândula pituitária. O primeiro dia da menstruarão é o primeiro dia do ciclo, com duração em média de 28 dias podendo variar de 21 a 45 dias.

O ciclo menstrual ocorre aproximadamente há quatro semanas e caracteriza -se pela alternância de uma fase que gera a ovulação, chamada de fase folicular que também é marcado pela presença de Hormônio Folículo-Estimulante (FSH), Hormônio Luteinizante (LH) e estrógeno que leva o aumento do folículo ovariano. E a fase lútea, que é uma fase preparatória para a fixação do ovo fecundado, também é caracterizado pela presença somada de estrógeno e progesterona, quando há redução desses dois hormônios acontece à regressão do corpo lúteo quando não ocorre a fertilização, causando a degeneração do endométrio, ou seja, acontece o sangramento (FERREIRA et. al., 2010).

Monteiro (2008) descreve que o ciclo menstrual é dividido em três fases, consiste na fase menstrual que ocorre devido à alteração do corpo lúteo, já que a fertilização do óvulo não aconteceu, o endométrio se desintegra e se desprende seguido de sangramento de muitos vasos sanguíneos, e isso acontece devido a abaixamento do nível dos hormônios ovarianos, especificamente a progesterona, variando de 3 a 6 dias.

Na fase proliferativa que acontece após a menstruação, ocorre o aumento do folículo de Graaf no ovário estimulado pelo Hormônio Folículo Estimulante (FSH), ele

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