A caracterização e seguimento ambulatorial pós achados na vida adulta
Por: noemiacst • 11/4/2021 • Trabalho acadêmico • 577 Palavras (3 Páginas) • 277 Visualizações
RELATO DE CASO CLINICO:
Paciente ROB, masculino, 29 anos, parda.Relata primeira internação em Unidade de Pronto Atendimento devido a quadro de dor abdominal em hipocôndrio a direita e dispneia paroxística noturna . Nega dor torácica. Exame físico :estase jugular a 45 graus, bulhas arrítmicas e sopro sistólico em borda esternal esquerda. Ao ECG:Ritmo de fibrilação atrial, sobrecarga atrial direita e alteração difusa da repolarização ventricular. Radiografias de tórax mostraram aumento importante de área cardíaca, abaulamento do arco médio e parênquima pulmonar com aumento da trama vascular peri-hilar e sinais de cefalização do fluxo. Transferido ao serviço terciário para extensão de propedêutica cardiológica.
Aos achados ecocardiográficos foram identificados Comunicação Inter atrial e trabéculas no Ventrículo Esquerdo (VE) e Ventrículo Direito(VD). O volume diastólico do VE e VD se encontra dentro do intervalo normal. Realizado ventriculografia e achados de trabeculações sugestivo de Miocárdio não compactado. Encaminhado a Ressonância Magnética Cardíaca e destacado afilamento da parede lateral do VE ao nível do terço médio/ápice com acentuação do trabeculado em topografia. De acordo com critérios clínicos e resultados dos exames complementares, diagnosticou-se miocárdio não compactado do VE. O tratamento recebido consistiu inicialmente em controle com medidas anticongestivas e na administração de IECA, Bloqueadores Beta Adrenérgicos, AAS , Digoxina e em uso de anticoagulação com Varfarina. Evoluiu em compensação do quadro de insuficiência cardiaca permanecendo estável, em condições de alta para acompanhamento ambulatorial. No ambulatório realizado acompanhamento e solicitado HOLTER 24hs, onde evidenciou ritmo de FA atrial dominante, com FC média 87bpm, FC mínima 20bpm (1:42hs) e FC máxima 182bpm (10:16hs), 19 pausas, tendo a pausa mais longa, duração de 4586msg (01:10hs), não apresentou ectopia ventricular e estava em uso dos medicamento prescritos a alta. Paciente estável e em classe funcional (CF) II da New York Heart Association (NYHA).
DISCUSSÕES : MNC associado ou não a outras lesões é fruto de estudos recentes porém seu diagnóstico está cada vez mais frequente. Se manifesta comumente no sexo masculino e se trata de um grupo de doenças que envolve o músculo cardíaco, causando disfunção mecânica, elétrica e cursando com hipertrofia ou dilatação ventricular e falência cardíaca. Muitos pacientes apresentam sintomas mínimos ou não têm sintomas, e a progressão da doença nesses pacientes não é bem clara, embora haja evidências de que o prognóstico a longo prazo não seja bom. Geralmente a doença tem início insidioso, com certa hipertrofia ventricular compensatória e dilatação VE assintomática.
Comumente, a intolerância aos exercícios físicos progride até ICC franca.Nos achados clínicos e ecocardiográficos no miocárdio não compactado isolado, a parede do ventrículo esquerdo se encontra espessada nos segmentos apical e inferior.
A Ecocardiografia é considerada método diagnóstico referência. O diagnóstico ecocardiográfico envolve a observação dos recessos intertrabeculares, visualizados neste exame como espaços no endocárdio e, ao Doppler, fluxo sanguíneo direcionado do espaço ventricular para esses recessos. A forma de apresentação
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