COMO É REALIZADO O ENSAIO DE INVESTIGAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE LINFÓCITOS NA ÁREA AFETADA E RESSALTAR QUAL A IMPORTÂNCIA DESTA INVESTIGAÇÃO
Por: Duda Linck • 6/6/2017 • Trabalho acadêmico • 589 Palavras (3 Páginas) • 236 Visualizações
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Estudo publicado na Revista científica Science Translational Medicin.
Jason H. Bielas, geneticista de câncer e pesquisador principal do estudo.
Pesquisadores do Centro de Pesquisa do Câncer Fred Hutchinson, localizado nos Estados Unidos elaboraram um ensaio de investigação de concentração de linfócitos presentes em tumores de ovários. É possível que esse ensaio seja capaz de prever a sobrevivência de uma paciente diagnóstica com câncer de ovário.
Através de uma tecnologia denominada QuantiLfy, fornece uma maneira padronizada de contar as células imunes presentes em um tumor, usando uma abordagem digital. Consiste em um teste de DNA sensível que mede a quantidade e as características dos linfócitos T infiltrantes de tumor em uma biópsia de tumor. A proposta consiste em contar então, as células do sistema imune, que diante da presença de tumor, migram para o interior dele.
A contagem pode ser feita de forma confiável e rápida para mulheres com a doença em estágio inicial ou avançado. Os rastreamentos desses linfócitos são feitos por meio da obtenção de informação genética de proteínas que ficam na superfície deles. A QuantiLfy digitaliza a sequência única de DNA de células T para determinar quantas e quais tipos estão presentes. O DNA é extraído de uma amostra de tecido, e em seguida, o DNA dos linfócitos T infiltrantes de tumor são identificados e quantificados.
Foi realizada uma pesquisa com pacientes de câncer de ovário e foi concluído que os números mais elevados de linfócitos T infiltrados estão correlacionados com melhor sobrevida dos pacientes. Mulheres com mais linfócitos na região afetada apresentaram uma taxa de sobrevida maior do que aquelas com menos unidades imunológicas. O percentual de linfócitos T de infiltrados foi aproximada três vezes maior para as pacientes com taxa de sobrevivência de mais de cinco anos em comparação aquelas com uma taxa menor que dois anos, por exemplo.
Dessa forma, a técnica de amplificação do DNA teria o potencial de predizer a resposta ao tratamento, a recorrência do câncer e a sobrevida de maneira mais eficaz que os métodos atuais.
“Nossos experimentos demonstram uma associação entre altas contagens de TIL e melhora da sobrevida em mulheres com câncer de ovário, e são consistentes com as observações anteriores de que a resposta imune contra o câncer de ovário é um fator prognóstico significativo e independente”, confirma o autor principal do trabalho, Jason Bielas.
Este é o primeiro teste que pode precisamente contar o número de células imunes presentes em uma amostra de tumor. Ao contrário dos testes atualmente disponíveis, que dependem da coloração do tecido tumoral e estão sujeitos a interpretação, o novo teste fornece uma leitura sensível, numérica e precisa.
Esse estudo foi realizado em 2013 e ainda estava em pesquisa (não havia sido liberado para utilização clínica), não foram encontrados estudos mais recentes sobre o assunto.
O câncer de ovário afeta a maioria das mulheres que o possuem de forma letal e a sobrevida global é inferior a 40% em cinco anos. Isto ocorre principalmente porque a maioria das pacientes apresenta estágios avançados no momento do diagnóstico. Nesses casos as opções terapêuticas são apenas parcialmente efetivas. Logo, é essencial a busca de métodos e estratégias para se detectar tumores em estágios inicias para garantir que mulheres possam apresentar uma melhor taxa de sobrevida.
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