CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Por: Daniele Barros • 12/12/2018 • Resenha • 1.269 Palavras (6 Páginas) • 217 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO[pic 1][pic 2]
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
[Título]
RECIFE, 2018
GUILHERME FAUSTINO
[Nomes]
[Título]
Trabalho apresentado ao curso de bacharelado em Educação Física como parte da exigência da disciplina de Crescimento e Desenvolvimento Humano, ministrada pela professora Ana Elisabeth Souza da Rocha Carvalho como requisito para obtenção de nota na disciplina.
RECIFE, 2018
Introdução
Impacto do exercício e esporte no crescimento, puberdade e desenvolvimento humano.
Pesquisadores da UFBA - Universidade Federal da Bahia, examinaram 48 artigos de forma crítica, afim de realizarem um estudo de revisão sobre o impacto do exercício físico e o treinamento desportivo no crescimento de crianças e adolescentes. Como resultado, notou-se que a atividade física moderada não surtiu efeito no que diz respeito a crescimento longitudinal, e que este fator depende tão somente da predisposição genética e variáveis exógenas como nutrição e meio ambiente.
Entretanto, o exercício físico acarreta diversos efeitos fisiológicos estimuladores do crescimento, como influência no melhor funcionamento do sistema endócrino, muscular, controle da adiposidade, aumento da eficiência do funcionamento cardiorrespiratório e cardiovascular, contribuindo assim para o aumento do nível de saúde do praticante.
Atividade Física e o Desenvolvimento da Densidade Mineral Óssea
A densidade mineral óssea ou DMO, refere-se ao nível de calcificação e mineralização que o tecido ósseo apresenta, esse se dá por fatores endógenos e fatores exógenos, resultando no aumento da seção transversa do osso, visto que quanto maior a DMO, maior a circunferência do osso e consequentemente maior sua resistência a fraturas e durabilidade. Na vida humana cerca de 90% da DMO é atingida na segunda década de vida.
O fatores endógenos que controlam a DMO são :
1 – Genética
2 – Etnia
3 – Puberdade : Este que por sua vez controla a DMO pelo aumento, durante a maturação, de hormônios anabólicos e esteróides sexuais.
Fatores exógenos que controlam a DMO são:
1 – Exercício Físico : A contração muscular ativa os mecanismos de funcionamentos dos osteoblastos, a medida que maior for a intensidade da contração, maior a atividade osteoblástica, e maior a resposta em DMO.
2 – Nutrição: a Biodisponibilidade de Cálcio promovida pela dieta é de extrema importância para o cenário anabólico do tecido ósseo.
O Exercício Moderado e a DMO
Independentemente da idade e sexo o exercício físico, principalmente de alto impacto, promove o aumento da Densidade Mineral Óssea. Entretanto, existem períodos em que a maturação do tecido ósseo está ocorrendo no seu pico, neste período ocorrerá uma maior eficiência no crescimento do tecido ósseo em resposta do exercício de alto impacto. Trabalhando-se exercícios onde a carga de impacto é maior, como: corrida, treinamento com pesos e futebol, maior será a resposta em crescimento transversal do tecido ósseo.
Overtrainning e a DMO em meninas no período puberal
A atividade física feita de forma extenuante e com tempo de recuperação insuficiente acompanhada da restrição alimentar, pode comprometer o crescimento do tecido ósseo.
Isso ocorre porque o excesso da carga do exercício e o balanço energético negativo, ativam proteínas pró inflamatórias que inibem a produção e secreção do ciclo hormonal feminino, inibindo a produção de seus hormônios sexuais e promovendo um quadro catabólico, além de em resposta ao overtrainning e restrição alimentar, a concentração de tecido adiposo está abaixo da porcentagem mínima para ocorrência normal do ciclo menstrual e produção de seus hormônios esteroides importantes para o cliclo.
A explicação para esses achados se dá pelo cenário estressante que a atividade física vigorosa juntamente com a restrição causa na secreção hormonal, apresentados na tabela a seguir:[pic 3]
Overtrainning e a DMO em meninos no período puberal
Ainda não existem dados que indiquem que os meninos sofram algum prejuízo nos eixos hormonais e na DMO em resposta do exercício extenuante.
Efeito da Atividade Física ou Modalidade Esportiva no Crescimento Estatural
Muito se discute popularmente sobre o efeito da modalidade esportiva na promoção do crescimento estatural do praticante, mas não existe embasamento científico que defenda tal causa, tendo em vista que a escolha da modalidade se dá tão somente por um viés de mais eficiência devido ao tamanho já predisposto, e não o contrário.
Entretanto, o exercício moderado junto com a dieta que favoreça o aporte necessário diário de cálcio promove o aumento da DMO. Porém, treinamentos extenuantes, como visto em ginastas de elite que treinam 22 hrs/semana além de restrição alimentar causam a inibição do eixo GH-IGF-1, resultando em diminuição da DMO e da estatura, mas não em resposta da modalidade, mas sim em resposta da inibição do eixo GH-IGF-1 e o cenário catabólico protéico e de cálcio, por conta da altíssima intensidade e frequência do treinamento aliada a restrição alimentar. Esses achados são comprovados por Silva et al.
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