Dislipidemias
Por: Oli Schmidt Storch • 30/9/2015 • Trabalho acadêmico • 1.088 Palavras (5 Páginas) • 618 Visualizações
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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE FOZ DO IGUAÇU
DOENÇAS DO SISTEMA CIRCULATÓRIO – DISLIPIDEMIAS
NOMES: Oli, Rosirene, Tati e Vanessa
PROFESSOR: Cíntia
CURSO: Fisioterapia 5/6º período
Foz do Iguaçu, 2015
Dislipidemias
As dislipidemias se caracterizam por um desvio anormal no valor de uma ou mais frações do plasma sanguíneo. Estes desvios podem causar doença aterosclerótica, porém principalmente a doença arterial coronariana.
O interesse no metabolismo lipídico nasceu com a identificação de ateromas, porém somente o aperfeiçoamento das técnicas de estudos das lipoproteínas que permitiu uma identificação mais detalhada dos fatores e classificação desses lipídios.
Em 1949 Cohn com a técnica de ultracentrifugação conseguiu separar as lipoproteínas pela muito baixa densidade, VLDL (very low density lipoproteins), baixa densidade LDL (low density lipoproteins) e de alta densidade HDL (high density lipoproteins). No inicio dos anos 60 Friedrickson classificou as dislipidemias pelo fenótipo comparando o padrão eletroforético com os quadros clínicos. A descrição de um caso de abetalipoproteinemia e outro de hipoalfalipoproteinemia (doença de Tangier) mostrou a importância de mutações genéticas como causa de mas somente Brown e Goldstein identificaram os receptores específicos para as LDL com a aplicação da genética molecular no estudo das dislipidemias, inaugurando a época atual.
Lipídios
Os lipídios são compostos químicos cuja base estrutural são ácidos graxos, os quais embora possam apresentar-se livres, comumente encontram-se esterificados sob a forma de triglicerídeos, colesterol e fosfolipídios.
A molécula de triglicerídios é formada pela condensação de uma molécula de glicerol e três de ácido graxo. Representa uma importante fonte de energia de uso imediato ou armazenando-o como tecido adiposo para ser utilizado quando necessário.
O colesterol é um álcool monoídrico, monoinsaturado, que geralmente se encontra em forma de éster, em ligação com ácidos graxos, sendo elemento essencial para a biossíntese das membranas plasmáticas, dos ácidos biliares e dos hormônios esteróides.
Os fosfolipídios juntamente com o colesterol, tem importante papel na estruturação e estabilização das membranas plasmáticas e da camada surpeficial das lipoproteínas.
Lipoproteínas
Os triglicerídios e o colesterol, por serem altamente hidrofóbicos, são conduzidos pelas lipoproteínas, que são constituídas por uma camada externa, hidrofílica, formada por proteína, colesterol livre e fosfolipídios, envolvendo o núcleo contendo a carga de triglicerídio e colesterol esterificado em proporções variáveis.
Metabolismo Lipídico
Os lipídios provém da alimentação (exógeno), e da síntese orgânica (endógeno), principalmente pelo fígado. Dois tipos de lipoproteínas tem papel fundamental nessa oferta energética: Os quilomicrons, no ciclo exógeno, e as VLDL, no ciclo endógeno, ambos ricos em triglicerídeos e pobres em colesterol.
Os triglicerídeos representam um fonte de energia biológica extremamente concentrada, 1 mmol/L de triglicerídios fornece a mesma energia que 3 mmol/L de ácidos graxos livres, 12 mmol/L de corpor cetônicos ou 12 mmol/L de glicose.
O transporte de colesterol é feito principalmente pelas LDL que detêm cerca de 70% do colesterol circulante e em menor proporção, pelas HDL. Cerca de 60 ~ 80% do colesterol esterificado conduzido pelas lipoproteínas volta ao fígado.
Classificação Das Dislipidemias
A – Laboratorial.
B – Etiológica.
A – Classificação Laboratorial
- Hipercolesterolemia isolada: aumento do colesterol total e/ou LDL-C.
- Hipertrigliceridemia isolada: aumento isolado dos triglicerídios.
- Hiperlipidemia mista: aumento do colesterol total e dos triglicerídios.
- HDL-C baixo: isolado ou em associação com o aumento do LDL-C e/ou dos triglicerídios.
B – Classificação etiológica
Dislipidemias primárias: de origem genética, podem ser decorrentes de interações de múltiplos genes com fatores ambientais (alimentação, álcool ou sedentarismo). Evoluem geralmente com concentrações moderadamente elevadas de lipídios e com pouca ou nenhuma manifestação clínica aparente, como xantomas ou arco córneo(Quadro 35.3)
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Dislipidemias secundárias: são aquelas alterações das lipoproteínas plasmáticas produzidas por doenças, condições fisiológicas ou fatores externos capazes de modificar o metabolismo lipoprotéico. As causas mais freqüentes podem ser:
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- Doenças metabólicas, endócrinas, reumáticas e renais
Diabetes tipo II
Obesidade
Hipotireoidismo
Síndrome nefrótica
Insuficiência renal crônica
Hepatopatias colestáticas crônicas
Síndrome de cushing
Anorexia nervosa
Bulimia nervosa
Hiperuricemia e gota
Lúus eritematoso sistêmico
- Fármacos e substâncias tóxicas
Diuréticos
Beta-bloqueadores
Anticoncepcionais
Corticosteróides
Anabolizantes
Estógenos
Progestágenos
Isotretionina
Ciclosporinas
Inibidores de protease
Consumo elevado de álcool
Tabagismo
Classificação de Friedrickson
É baseada nos padrões de lipoproteínas associadas a concentrações elevadas de colesterol e/ou triglicerídios, não sendo considerado o HDL. Esta classificação estabelece o fenótipo das lipoproteínas plasmáticas. Esta classificação tem por base a separação eletroforética e/ou ultracentrifugação das frações lipoprotéicas, definidas em seis tipos:
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