PVC - Pressão venosa central
Por: Livia Duarte • 31/10/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 598 Palavras (3 Páginas) • 1.092 Visualizações
Pressão venosa central (PVC)
Introdução
A pressão venosa central e a saturação venosa central de oxigênio são parâmetros de grande importância para a monitorização de pacientes críticos, portanto o conhecimento de suas particularidades é fundamental.
É a pressão do sangue medida no interior do átrio direito ou na veia cava superior por um cateter central ou de artéria pulmonar;
Trata-se da pré- carga do ventrículo direito, ou seja, corresponde à capacidade de enchimento do ventrículo direito ao final da diástole. É o parâmetro mais utilizado para indicar expansão volêmica;Essa aferição é a medida invasiva mais frequentemente realizada em pacientes hemodinamicamente instáveis com a finalidade de otimizar o débito cardíaco e a perfusão tecidual.
Benefícios em mensurar a PVC :
- Capacidade de monitorar o volume de sangue central intravascular para a avaliação da volemia e função cardíaca já que se relaciona com o retorno venoso;
- Medir a eficácia do uso intravenoso de fluido terapia;
- Avaliar a insuficiência cardíaca do lado direito.
Valores Normais
2-8 mmHg (uso de transdutor de pressão)
3-11 cmH2O (uso da régua com solução salina)
Indicadores para aumento de PVC : hipervolemia, expiração forçada, derrame pleural, insuficiência cardíaca, pneumotórax hipertensivo, falência ventricular direita ou sobrecarga de volume.
Valores baixos de PVC podem ser observados: hipovolemia, choque séptico e complacência venosa.
Mensuração da PVC
- É obtida através de um cateter locado na veia cava superior, o cateter central com uma ou duas vias;
- Para mensurar o mais indicado é o cateter de duas vias;
- A pressão é medida em centímetros de água e á mensuração da PVC é realizada através de uma coluna de água ligada a um transdutor de pressão ou manualmente a uma régua
Indicações
- Choque
- Lesão pulmonar ou SDRA
- Insuficiência renal aguda
- Sepse grave
- Paciente com alto risco cirúrgico
- Cirurgia de grande porte
Contraindicações
- Obstrução de veia cava superior
- Trombose venosa profunda em membros superior
- Infecção
- Queimadura
- Limitação anatômica no local de acesso
Vias de acesso
1) Jugular interna direita
2) Jugular interna esquerda
3) Subclávia esquerda
4) Subclávia direita
SvcO2 - Saturação venosa central de Oxigênio
- Expressa de forma indireta o consumo de O2 pelos tecidos;
- Em situações de hipoperfusão tecidual como a sepse, a SvcO2 pode estar alta, porém pode haver hipóxia.
- A medição contínua da SvcO2 não invalida o uso da gasometria
- Pode ser obtida pela veia cava superior, átrio esquerdo ou pela artéria pulmonar
- Situações que aumentam a SvcO2: alto débito cardíaco, aumento na Hb, redução no consumo periférico de O2 e aumento no oxigênio arterial.
- Situações que diminuem a SvcO2: Redução do conteúdo arterial de O2; Redução do débito cardíaco; Demanda > Oferta; Alteração na concentração de hemoglobina; Alterações na saturação arterial de Oxigênio.
- Manter uma SvcO2 maior que 70% e lactato maior que 2 em pacientes sépticos reduz consideravelmente a mortalidade, o mesmo se aplica a pacientes em pós operatório.
- Tomar cuidado em pacientes sépticos, pois a saturação pode estar normal, uma vez que as células estão em hipóxia e consomem pouco oxigênio.
- A saturação não deve ser usada de forma isolada, deve ser avaliada juntamente com o lactato, um lactato maior que 2 já está associado a um aumento da mortalidade, maior que 4 o paciente já se encontra em hipoperfusão tecidual significativa.
- O lactato demora 18 horas para normalizar, portanto não deve avaliar um resultado isolado e sim a queda no decorrer do tempo.
Conclusão
Com este trabalho, é possível perceber a importância de um conhecimento aprofundado sobre a monitorização hemodinâmica adequada para a melhor condução dos casos.
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