RELAÇÃO MÉDICO PACIENTE - EMPATIA E BASES ÉTICAS
Por: Anabel33 • 6/4/2017 • Seminário • 1.128 Palavras (5 Páginas) • 564 Visualizações
- ABEDORIAS PARA SER UM BOM MÉDICO
- Esteja em êxtase pelo dom de ter em troca a confiança, a intimidade e o segredo do outro Entreviste a todos com toda profundidade e atrevimento. Ache aquilo em você que faz o paciente ter prazer e abertura para contar sua história Você deve ver toda essa cumplicidade do paciente como estímulo, assim como ele vê em você, um amigo.
- Nunca se aborreça com o milagre da vida. Viva em admiração; Não nas suas notas, que não dizem nada sobre o tipo de médico que você será.
- Sobre os débitos do FIES ou de outras fontes de financiamento, quando você terminar, você terá condições de pagar seus empréstimos assim que possível. Se você for fazer residência, pague o suficiente enquanto seus ganhos ainda não são suficientes. Não deixe a dívida (perspectiva para pagamento de fies ao final do curso é de mais de 100 mil reais) te prender a uma prática repugnante. Criatividade e procura pelo melhor espaço são grandes aliados. Não se prenda a dívida. O apoio da comunidade e de familiares pode ser o caminho aqui.
- Convide-os para um café. Estabeleça um diálogo constante. Pergunte se pode assisti-lo em sua prática. Atinja a mesma intimidade com cuidadores, enfermeiras e outros profissionais, assim como você o faz com seus colegas e pacientes.
- Faça parte do seu Centro Acadêmico, vá a congressos aos congressos que mais o interessar, leia as publicações do Conselho de Medicina de seu estado. Vá a reuniões e congressos de especialidade mais próximas ( para acadêmicos recomendamos os de saúde coletiva, os congressos da DENEM e os de educação médica como o COBEM), especialmente nos grandes, e fale com todos! Há riqueza em todos os lugares. Muitos podem estar pensando o mesmo que você. Nunca, porém, deixe-se levar pelo pensamento de massa. Desenvolver-se politicamente é achar uma linha de raciocínio própria e única (se possível). Isso amplia o diálogo e abre soluções.
- Você pode escolher a maneira que quer desenvolver suas atividades como médico. O único fator limitante aqui são seus medos e sua imaginação.
- Ser empático e fornecer o conhecimento tem que ser o seu dom como médico. Entender o paciente e se fazer entender pelos seus pacientes são sua obrigação.
- Você não é um médico. Você é uma pessoa que estudou medicina. Você pode ter outros interesses que só vão acrescentar. Nutra todos os seus Hobbies. Procure uma maneira de integrá-los a medicina. Entrelace esses interesses na relação com seus pacientes. Esteja aberto a aprender coisas sobre eles. Você poderá amar seu consultório se agir dessa forma.
Empatia como base da educação médica
O estudo com o título de “Empatia, relação médico-paciente e formação em medicina: um olhar qualitativo“, publicado em 2010 na Revista da Associação Brasileira de Educação Médica, traz algumas definições e ponderações sobre a empatia e fatores relevantes ao desenvolvimento desse conhecimento:
- A familiaridade, a confiança e a colaboração do paciente têm importância fundamental para a efetividade dos processos diagnósticos e terapêuticos, indispensáveis ao resultado da arte médica.
- Um estudo publicado no Academic Medicine em 2009 indica que a empatia, de fato, diminui durante o terceiro ano de medicina ( quando começa o acesso do acadêmico ao hospital).
- Nesse estudo 456 estudantes foram acompanhados e responderam a escala de Jefferson, que avalia a Empatia médica, em diferentes épocas de sua formação médica. Durante os dois primeiros anos os scores se mantiveram homogênios, porém a partir do terceiro ano um declínio significativo foi observado. Esse declínio persistiu até a formatura. Não houve diferenças de Gênero ou de especialidades de escolha. Que paradoxo não? Depois de 2 anos em aulas essencialmente teóricas como a anatomia, fisiologia e a farmacologia, a empatia diminuiu após o início do contato com o paciente pela primeira vez.
Temos que achar uma maneira de cultivar a empatia na educação médica. Na faculdade de medicina deveria haver um ensino para que o médico realmente se importe com o doente. Na escola, professores e demais médicos do hospital devem implantar a boa relação médico paciente como base do currículo. Há a necessidade de preparar o estudante para um mundo cheio de desafios e mudanças constantes. Os pacientes enfrentam inúmeros estresses como perda do emprego, falência financeira,, adição para drogas e álcool e crise familiar. Esses pacientes apostam sua confiança em seus médicos. Nós, como médicos, devemos fornecer algo além do diagnóstico correto. Devemos fornecer humanidade também
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