RESENHA SOBRE OS ARTIGOS DE DOR ABDOMINAL
Por: Dani Silva • 14/5/2021 • Resenha • 1.225 Palavras (5 Páginas) • 192 Visualizações
RESENHA SOBRE OS ARTIGOS DE DOR ABDOMINAL:
Discentes: Luiza Paranhos e Danielle de Castro
No artigo ‘’ Dor visceral abdominal: aspectos clínicos’’, os autores chamam atenção para o problema acerca da questão da dor abdominal, sendo este local, o mais frequente para a ocorrência de síndromes dolorosas agudas ou crônicas e para a ocorrência de dores referidas, sendo de extrema importância o conhecimento acerca das causas destas para que um diagnóstico diferenciado correto possa vir a ser dado, amenizando e melhorando a situação do quadro clinico apresentado pelo paciente. O autor destaca principalmente os motivos os quais ocasionam essa dor e de onde são desencadeadas estas em cada divisão do abdômen, uma vez que sendo o abdômen dividido em quadrantes e regiões, a dor referida em cada uma dessas áreas, quando bem analisada e diagnosticada pode representar um problema diferente, assim como um órgão diferente pode estar sendo afetado. Sendo assim, o objetivo principal do estudo foi analisar os aspectos anatômicos, clínicos e terapêuticos da dor visceral abdominal.
O artigo se demonstra mais descritivo que expositivo e usa da descrição anatômica e fisiológica das regiões abdominais para elucidar a dor referida. Isso se torna nítido quando o autor enumera os aspectos anatômicos e as características clínicas da dor visceral de acordo com as áreas afetadas pela dor relatada pelo paciente como, por exemplo, a dor referida na região epigástrica ocorre por lesões no estômago, vesícula biliar, duodeno, pâncreas, fígado, entre outros motivos, assim como a dor referida nas demais divisões abdominais ocorrem por também outros fatores, no artigo citados, os quais demonstram que para que haja um diagnóstico correto do motivo da dor abdominal, é necessário o conhecimento amplo sobre as áreas do abdômen e o que causa dor em cada região do mesmo, uma vez que sem esse conhecimento, o diagnóstico vem a se tornar apenas especulativo sem eficácia, e o tratamento acaba sendo apenas e amplo espectro, melhorando apenas os sintomas clínicos agudos, porém, a doença irá apenas ser remediada e não solucionada, e posteriormente isso pode causar danos a qualidade de vida do paciente, fazendo com que o mesmo retorne ao médico relatando as mesmas queixas de dor inicialmente relatadas.
Para corroborar este posicionamento, em suas páginas, os autores lançam mão da ampla caracterização das patologias em cada área descrita para que seja de conhecimento do médico as causas da dor referida, como a exemplificação da dor abdominal de origem miofascial, principalmente dos músculos reto e oblíquo do abdômen, resulta em dor na musculatura da parede abdominal podendo mimetizar doenças viscerais. Sendo assim, o cuidado e a atenção devem ser redobrados na anamnese e no exame físico do paciente, para que a queixa inicial de dor nos músculos abdominais não encubra aos olhos do médico a causa visceral real que pode existir. Sendo assim, o artigo discorre sobre os motivos os quais levam a essa dor referida, como o estresse, atividades físicas inapropriadas, traumatismos ou estresses musculares, dentre outros, e demonstra que isso pode esconder, por exemplo, um quadro agudo de apendicite ou colicistite.
Infere-se também, pelo artigo, que uma anamnese bem feita, um exame físico detalhado, e a atenção ao que é dito pelo paciente, como a caracterização da dor quanto à localização, instalação, irradiação, intensidade, ritmo, periodicidade, duração, interferência nas atividades incluindo o sono, ingestão de bebida alcoólica, condimentos, alimentos gordurosos, jejum, defecação e uso de fármacos. Assim como a avaliação sobre quando melhora a dor e quando volta, também a relação desta dor associada ao período menstrual. Também se faz necessário avaliar os fatores desencadeantes relacionados à piora da dor e os fatores de melhora, como a tosse, o espirro, a eliminação de flatos ou fezes, a micção, movimentos e esforços físicos. Verificar também o uso de fármacos, como os inibidores de angiotensina, betabloqueadores, antibióticos, quimioterápicos, inibidores de bomba de prótons e anti-inflamatórios, é de extrema importância. Juntamente a esta analise, inquirir sobre perda de peso, febre, anemia, adinamia, síncopes, adenomegalias, massas abdominais, náuseas, vômitos, diarreia, obstipação, distensão abdominal, entre outros, é de grande valia para o diagnóstico. Conjunto a isto os exames laboratoriais e de imagem.
Por fim o autor conclui que os pacientes com dor abdominal crônica usualmente são subtratados, pois são subdiagnosticados. É o tratamento contribuem para o alívio do processo doloroso o controle dos sintomas e restauração dos físicos, emocionais e social dos pacientes. O tratamento com a associação das medidas farmacológicas aos procedimentos de medicina física e reabilitação e do acompanhamento psicológico diminui o sofrimento e as incapacidades e melhora a qualidade de vida.
Já no artigo “VARIAÇÕES ANATÔMICAS DO TRONCO CELÍACO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA’’, o autor elucida sobre a importância da verificação correta das estruturas anatômicas do tronco celíaco e suas implicações clinicas e cirúrgicas associadas. Sabe-se que o tronco cefálico surge da parte abdominal da artéria aorta e é possível verificar a existência de três ramos terminais: a artéria gástrica esquerda - que percorre a curvatura menor do estômago, - a artéria esplênica - que segue de modo tortuoso pela margem superior posterior do pâncreas até o baço -, e a artéria hepática comum, que se divide em gastroduodenal para a vascularização do pâncreas e duodeno, e artéria hepática própria, que irá suprir o fígado. Este é o padrão normal apresentado por 89% dos indivíduos, entretanto, 11% uma bifurcação ocorre em 11% da população, e em 2% há uma rara ausência dessa trifurcação. Sendo assim, de acordo com o artigo, é necessário o amplo conhecimento desta anatomia para os cirurgiões durante transplante hepático, cirurgia laparoscópica, intervenções radiológicas bem como lesões penetrantes no abdômen, junto a isto, o conhecimento das variações TC pode ser útil no planejamento e na realização de intervenções radiológicas.
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