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TRANSTORNO DISSOCIATIVO DE IDENTIDADE

Por:   •  4/11/2016  •  Seminário  •  3.007 Palavras (13 Páginas)  •  628 Visualizações

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HISTORIA

     Durante o século XIX, a ideia da sociedade, médicos, cientistas e psiquiatras em relação ao TDI, eram as sequintes5.

  • Sociedade: Acreditava-se tratar de fenômenos de possessão
  • Benjamim Rush: Descreveu a fenomenologia – “A importância dos fenômenos da consciência, os quais devem ser estudados em si mesmos – tudo que podemos saber do mundo resume-se a esses fenômenos, a esses objetos ideais que existem na mente, cada um designado por uma palavra que representa a sua essência, sua ‘significação’”.
  • Jean-Marie Charcot e Pierre Janet: Descreveram a natureza e os sintomas relacionados ao transtorno.
  • Freud: Começou a atribuir mecanismos psicodinâmicos e sintomatologia do TDI.
  • Eugen Bleuler: Acreditava que o transtorno era consequências e resquícios da esquizofrenia.

Deste o século de XIX, médicos e psiquiatras já tentavam entender e descrever o que significa o TDI, como se manifesta, sintomas, e até hoje o tema é muito discutido na comunidade medica, por ainda possuir muitas divergências sobre o mesmo.

[pic 1]

Figura 2 - Sigmund Schlomo Freud, médico neurologista, criador da psicanálise.

TRANSTORNO DISSOCIATIVO DE IDENTIDADE

     O TDI, reflete um fracasso do indivíduo em integrar diferentes aspectos da sua identidade, memoria e consciência. Cada personalidade, será vivenciada como se possuísse uma história pessoal distinta, identidade própria, hábitos, nomes e crenças diferentes. Em um contexto geral, o indivíduo possui a sua identidade primaria, que se caracteriza por ser uma pessoa passiva, dependente, depressiva e que vive em permanente estado de culpa, mesmo sem motivo6,7.

     As identidades alternativas, também chamadas de “personalidade suplente”, “alters”, “parte subliminar”8,9, na maioria das vezes possuem nomes diferentes, que fazem oposição a identidade primaria, sendo hostis, frias, calculistas e autodestrutivas. Os “alters”, são vivenciados assumindo o controle em sequência, uma as custas das outras, podem negar que se conhecem, e até mesmo criar conflitos entre elas, a mudança da personalidade pode ocorrer em segundos ou horas.

     Acredita-se que cerca de 7% da população mundial experimentam um episódio de Distúrbio Dissociativo durante sua vida10,11,12.

     Algumas pessoas que possuem TDI, conseguem manter relações sociais, empregos com alto grau de responsabilidade, contribuindo ainda para empresa e sociedade, no caso das artes e serviços públicos.

ETIOLOGIA

     Apesar de ainda não se conhecer a real origem do Transtorno Dissociativo de Identidade, muitos estudos evidenciam que os principais fatores que desencadeam esse transtorno são:

  • Estresse intenso;
  • Perda de memória;
  • Situações de abuso;
  • Fatores ambientais
  • Fatores genéticos (tendência a desenvolver TDI)
  • Falta de proteção frente a situações limites, também na infância.13

[pic 2]

                        “Estudos norte-americanos mostraram que 97 a 98% dos adultos com Transtorno dissociativo de identidade relataram abuso durante a infância e que tal abuso pode ser documentado em 85% dos adultos e 95% das crianças e adolescentes com outras formas de transtornos dissociativos. Embora estes dados estabeleçam o abuso infantil como grande causa entre pacientes norte-americanos (em algumas culturas, as consequências de uma guerra ou um desastre podem ter um maior papel), eles não significam que todos os pacientes sofreram abuso ou que todos os abusos relatados realmente ocorreram. Alguns aspectos de abusos relatados provaram ser inexatos. Da mesma forma, alguns pacientes não sofreram abuso, mas sofreram perdas recentes — como a morte de um parente —, sérias doenças ou eventos notadamente estressantes. Por exemplo, um paciente que passou por muitos internamentos hospitalares e cirurgias na infância pode ter sido severamente oprimido, mas não sofrido nenhum abuso — embora os pais, no intuito de ajudar, possam ter agido opressivamente como forma de proteção 11,12,13,14”

[pic 3]

        Fonte:  http://www.merck.com/mrkshared/mmanual/section15/chapter188/188d.jsp

[pic 4]

Figura 3 - O início do TDI eventualmente ocorre após eventos traumáticos sendo associados a transtornos de ansiedade e de humor15.

MANIFESTAÇÕES CLINICAS

     O TDI apresenta uma variedade de sintomas típicos de outros transtornos psíquicos como: transtorno de ansiedade, mudanças súbitas de humor. Os sintomas característicos desse transtorno incluem16,17:

  • Depressão;
  • Uso sontinuo da palavra ‘nós”;
  • Lapsos e distorção na percepção do tempo;
  • Amnesia dissociativa;
  • Disfunção sexual;
  • Transtorno alimentares;
  • Súbita transição de personalidade;
  • Amizade ou inimizades entre as personalidades;
  • Personalidades com nomes próprios;
  • Ouvir vozes originadas dentro da cabeça;
  • Alteração de comportamento;

[pic 5]

        

Figura 4 - Imagem ilustrativa de transição de personalidades

[pic 6]

Figura  5 - Cerca de 13% das pessoas possui alto nível de dissociações como não se reconhecer em uma situação, esquecer eventos desagradáveis ou se recusando a perceber certos eventos aversivos que as influenciam18.

PREVALÊNCIA E CURSO

    Pode desenvolver em crianças de até 3 anos, com prevalência no sexo masculino20,21. Um aumento na incidência de casos relatados com TDI, nos EUA nas ultimas décadas, tem sido objeto de arias interpretações diferentes. Alguns acreditam, uma maior consciência em relação ao diagnostico entre os profissionais de saúde mental, resulta na identificação de casos que não foram anteriormente diagnosticado22.

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