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Violência e identidade Transtorno de personalidade antisocial - psicopatia

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Por:   •  4/4/2014  •  Seminário  •  1.116 Palavras (5 Páginas)  •  540 Visualizações

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Violência e Personalidade

Transtorno de Personalidade Anti social – Psicopatia

Uma grande proporção, em torno de 25% dos prisioneiros, mostra muitas características do que a psiquiatria chama de Psicopatia. A DSM-IV (Manual de Diagnóstico e Estatística de Doenças Mentais), define esse quadro como Transtorno da Personalidade Anti-social. Também a Organização Mundial de Saúde (CID-10) classifica a Psicopatia sob a denominação de Transtorno da Personalidade Dissocial.

As características dos psicopatas engloba, principalmente, o desprezo pelas obrigações sociais e a falta de consideração com os sentimentos dos outros. Eles possuem um egocentrismo exageradamente patológico, emoções superficiais, teatrais e falsas, pobre ou nenhum controle da impulsividade, baixa tolerância para frustração, baixo limiar para descarga de agressão, irresponsabilidade, falta de empatia com outros seres humanos, ausência de sentimentos de remorso e de culpa em relação ao seu comportamento.

Essas pessoas geralmente são cínicas, incapazes de manter uma relação leal e duradoura, manipuladoras, e incapazes de amar. Eles mentem exageradamente sem constrangimento ou vergonha, subestimam a insensatez das mentiras, roubam, abusam, trapaceiam, manipulam dolosamente seus familiares e parentes, colocam em risco a vida de outras pessoas e, decididamente, nunca são capazes de se corrigirem. Esse conjunto de caracteres faz com que os psicopatas s sejam incapazes de aprender com a punição ou incapazes de modificar suas atitudes.

Quando os psicopatas descobrem que seu teatro já está descoberto, eles são capazes de darem a falsa impressão de arrependimento, falseiam que mudarão "daqui para a frente", mas nunca serão capazes de suprimir sua índole maldosa. Não obstante eles são artistas na capacidade de disfarçar de forma inteligente suas características de personalidade.

Na vida social, o psicopata costuma ter um charme convincente e simpático para as outras pessoas e, não raramente, ele tem uma inteligência normal ou acima da média. Devido ao fato de não demonstrarem sintomas de outras doença mental qualquer, na década de 60 o movimento norte-americano chamado Anti-psiquiatria recomendou que os psicopatas fossem excluídos das classificações psiquiátricas. Dizia-se, na época, que a alteração do psicopata era de natureza moral e ética e, para problemas éticos, as soluções tinham que ser éticas (cadeia), não médicas.

A teatralidade e manipulação social dos psicopatas é tão convincente que poucas pessoas, após algum contato duradouro com os psicopatas, são capazes de imaginar o seu lado negro, mau e perverso. Esses atributos os psicopatas são capazes de esconder durante toda vida. Vítimas fatais de psicopatas violentos percebem seu verdadeiro lado apenas alguns momentos antes de sua morte.

Como a psiquiatria não tem uma avaliação unicamente binária da situação, como a obstetrícia que considera as grávidas e não grávidas, a psicopatia tem vários graus, desde simplesmente os socialmente perniciosos, passando pelas personalidade odiosas, até criminosos brutais do tipo "Silêncio dos Inocentes". Muitas personalidades conhecidas no campo da política, da polícia, das finanças e das empresas podem portar o caráter psicopático. Felizmente, apenas uma parte dos psicopatas se transforma em criminosos violentos, estupradores e assassinos seriais. Parece haver um amplo consenso entre os psiquiatras que a psicopatia é intratável.

O diagnóstico da psicopatia pode ser feito ainda na infância ou adolescência. A psicopatia da infância e adolescência é classificado como Transtorno da Conduta.

O Transtorno de Conduta (que é o psicopata infantil) freqüentemente se inicia antes dos 13 anos e muitos pacientes começam o quadro permanecendo fora de casa até tarde da noite, apesar de proibições dos pais, fugindo de casa durante a noite ou outros tipos de desobediência às normas, sejam elas domésticas ou escolares. O DSM-IV é cauteloso quanto às fugas, não considerando para diagnóstico os episódios de fuga que ocorrem como conseqüência direta de abuso físico ou sexual contra o paciente.

Alguns autores preferem a denominação de Delinqüência para o Transtorno de Conduta, muito sugestiva, apesar de pouco honrosa. As condutas provenientes deste transtorno são normalmente mais graves que as travessuras comuns das crianças e adolescentes. Legalmente o termo "delinqüência" refere-se à transgressão das leis normativas de um determinado lugar por pessoa abaixo de determinada idade definida (16, 18 ou 21 anos). O mesmo ato praticado depois desta idade denomina-se crime. Percebe-se então, que o termo "delinqüência" pode não

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