Tratamento com célulcas-tronco
Por: yoshiolk • 22/11/2015 • Dissertação • 1.074 Palavras (5 Páginas) • 294 Visualizações
Tratamento com Células-tronco
Cegueira, câncer, esclerose múltipla, mal de alzheimer, fraturas com danos irreversíveis; diversas doenças que há pouco tempo ainda não possuíam cura conhecida, agora podem estar com os dias contados! Com o avanço no estudo do campo das células-tronco, diversas doenças podem estar a ponto de poderem ser curadas. O maior campo de pesquisa é em relação as doenças degenerativas, doenças que alteram o funcionamento de células, tecidos, ou órgãos, de modo que tais componentes provoquem a degeneração do organismo. Os tratamentos consistem em repor as células, tecidos, ou órgãos que foram afetados, com células-tronco que irão se desenvolver no devido sistema e mantê-los saudáveis outra vez.
Tratamento de degeneração muscular
Doenças como a distrofia muscular causam a destruição das células musculares, afetando os músculos e causando fraqueza muscular; essa doença é causada por um defeito genético, e se uma célula possui um defeito genético, não adianta tentar regenerar a célula defeituosa, pois ela continuará com a falha genética, por isso, é necessário ter um fonte externa de células para poderem ser usadas no tratamento.
E é então que entra o trabalho das células-tronco! A célula-tronco requerida é coletada (como vimos na matéria anterior, não pode ser qualquer célula-tronco), estudos apontaram que a célula mais propícia para a formação de tecido muscular, é a célula do tecido adiposo (células gorduras!).
As células de gordura são aplicadas na corrente sanguínea, para que ela vá diretamente ao músculo defeituoso e comece a fazer seu serviço. Tais células devem desenvolver-se em células musculares, recompondo as células musculares doentes que estão se degenerando e reformando o músculo com células saudáveis.
Cegueira
Enquanto diversas doenças ainda estão sendo estudadas para que as células-tronco possam representar um método de tratamento definitivo, existem casos que já foram tratados com sucesso usando as células-tronco. Uma paciente com doença autoimune ocular conseguiu recuperar 50% da visão (que já estava em um nível extremamente baixo).
A doença fazia com que o sistema imunológico da paciente reagisse contra células-tronco responsáveis pela manutenção natural da transparência de sua córnea, conforme as células que davam transparência a córnea são destruídas, novas células que não são transparentes formam uma barreira na frente da córnea e a pessoa perde a visão.
O tratamento consistiu na obtenção de células-tronco parecidas com as células-tronco de córnea (da própria paciente) para reposição das células que foram destruídas. Em estudo, um grupo de pesquisadores liderado pela biomédica Bábyla Geraldes Monteiro, no Instituto Butantã, em São Paulo (SP), descobriu que a polpa do dente de leite possui uma grande quantidade de células-tronco que podem ser usadas no tratamento de cegueira causada por lesão na córnea.
Estudos continuam sendo feitos sobre as células do dente de leite, pois, aparentemente, ela tem alta elasticidade e pode ser possível que ela se diferencie em vários tipos de células, além das células de córnea.
Diabetes Tipo 1
Apesar de todos os grandes avanços alcançados nos estudos sobre as células-tronco, um deles definitivamente chamou a atenção do mundo inteiro; para o Brasil! Julio Voltarelli, um renomado professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, descobriu um tratamento com células tronco que fez o pâncreas de um paciente com Diabetes Tipo 1 voltar a produzir insulina.
A Diabetes Tipo 1 é uma doença autoimune, ela faz com que o sistema imunológico do indivíduo identifique as células do pâncreas que produzem insulina como um organismo invasor e começa a destruí-las. A destruição dessas células faz com que o pâncreas perca a capacidade de produzir insulina, resultando em uma sobrecarga de glicose no sangue.
Até algum tempo atrás, o único modo de combate à doença era aplicar doses diárias de insulina diretamente na corrente sanguínea, sendo que há risco de vida se a dose não for diária. Uma descoberta do professor Voltarelli criou uma alternativa as doses diárias de insulina.
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