PÓS E CONTRA DO USO DE HEMODIÁLISE EM CÃES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA E APLICAÇÃO DE CÉLULAS TRONCO COMO TRATAMENTO
Por: diogocarletti • 30/5/2015 • Trabalho acadêmico • 2.052 Palavras (9 Páginas) • 371 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
TALITA COSTA NUNES
PÓS E CONTRA DO USO DE HEMODIÁLISE EM CÃES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA E APLICAÇÃO DE CÉLULAS TRONCO COMO TRATAMENTO
SÃO PAULO
2015
TALITA COSTA NUNES
PÓS E CONTRA DO USO DE HEMODIÁLISE EM CÃES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA E APLICAÇÃO DE CÉLULAS TRONCO COMO TRATAMENTO
Monografia apresentado ao curso
de graduação em Medicina Veterinária da
Universidade Anhembi Morumbi,
como requisito parcial para obtenção
do grau de Médico Veterinário.
Orientadora: Profª. Drª. Aline Zoppa
SÃO PAULO
2015
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Sistema Urinário
O sistema urinário dos cães é composto por um par de rins, que produzem urina a partir do sangue, um par de ureteres, que conduzem a urina dos rins para a bexiga, a bexiga, onde ocorre o armazenamento da urina até que possa ser liberada, e a uretra, pela qual passa finalmente para o exterior. [4]
2.1. 1. Considerações anatomo-fisiológicas do rim canino
Os rins são glândulas de consistência firme, onde cujo aspecto varia consideravelmente entre os mamíferos. Têm como principal tarefa a manutenção do meio interno do corpo, em que as substâncias úteis são absorvidas e os resíduos são eliminados junto com o liquido do corpo. Além disso exerce a função endócrina, que consiste na produção e liberação de dois hormônios: a renina, que tem como papel na regulação da pressão sanguínea sistêmica, e a eritropoietina, que influencia a eritropoiese. [4]
Estão localizados comprimidos contra a parte superior do abdome, ficando um de cada lado na coluna vertebral, em posição retro peritoneal na região lombar. Possuem superfície lisa, coloração marrom-escura, podendo variar e ser perceptível na palpação abdominal. O rim direito fica cerca da metade do tamanho do rim esquerda sendo menos móvel, sobretudo pela não comodidade do mesmo, o rim esquerdo é mais móvel e mais propenso a pender no abdome. Em sua estrutura, cada rim apresenta uma membrana fibrosa que o recobre totalmente, denominada cápsula renal. Essa cápsula tem como propriedade restringir a capacidade de dilatação do mesmo, o que pode ser compreendido no momento em que for feita a retirada em casos de animais sadios e, em casos patológicos este se encontra firmemente aderido. [4]
O parênquima renal é visivelmente divido em região cortical que é a mais externa e região medular que é a mais interna. O cortical caracteriza-se com cor- castanho avermelhado, aspecto finamente granular repleta de pontos negros, se originando de forma dilatada com túbulo renal com um enovelado de capilares dentro. (figura 2). A medular diferencia-se, dividindo-se em duas partes, uma mais externa com sua coloração mais arroxeada, da qual as faixas (raios medulares) se estendem do córtex sendo a zona intermediaria e, a outra parte mais interna com coloração vermelho acinzentada a qual origina-se a crista renal. A união de cada pirâmide associada com o córtex constitui um lobo renal (figura 3) e, no caso das espécies caninas, durante o crescimento essas pirâmides se fundem gerando um aspecto unilobar ou uni piramidal, restringindo a cortical a área mais externa. [4]
O hilo renal, localizado no centro do bordo medial, é a região do rim por onde passa a artéria renal, a veia renal, vasos linfáticos, o plexo, o nervo e o ureter. Como a região cortical e medular do rim são bem dividias, as secções laterais da medular geram a crista renal, que no cão e no gato, se prolongam dorsal e ventralmente. [5]
A unidade funcional do rim conhecida como néfrons ou túbulo renal, são sustentados por um interstício de tecido conjuntivo que tem o seu inicio em uma expansão cega e invaginada por um grupo de capilares conhecido como glomérulo. O néfron possui um sistema canicular que é dividido em três segmentos. O primeiro segmento corresponde ao túbulo contorcido proximal que se encontra junto ao corpúsculo e continua com a alça do néfron, antes conhecida como alça de Henle. Essa alça, sendo assim, como o néfron se dividiu em três partes: a parte inicial que é mais dilatada, o túbulo reto proximal, seguida de uma porção mais estreita, túbulo delgado, gerando uma parte capilar dentro da medular. O segmento continua como o túbulo contorcido distal, prosseguindo em direção a cortical se colocando novamente em posição justaposta ao corpúsculo. [6] . A irrigação de cada rim é feita pela arteira renal oriunda da artéria aorta.
2.1. 2. Ureteres
O ureter é um ducto estreito que tem como função a condução da urina através de um fluxo continuo da pelve até a urina. Ele se origina na pelve renal, em que os ductos papilares se abrem, e terminam chegando na bexiga urinária na parede dorsal, próximo ao colo na região chamada trígono vesical. [5].
O mesmo se divide em duas porções, uma abdominal e outra pélvica. Ao alcançar a região pélvica, ele se inclina medialmente para prega genital no macho, por onde passa dorsalmente ao ducto deferente ou em casos de fêmeas o ligamento largo do útero. [6]
Em casos de saturação da bexiga urinária o fluxo da urina e impedido através do ureter, porque a musculatura do rim é mais resistente que a musculatura da bexiga, acabando assim por favorecer também que se mantenha um fluxo continuo de urina independente da saturação cística. [6]
2.1. 3. Bexiga Urinaria
A bexiga ou vesícula urinária tem como principal função o armazenamento de urina. Ela se difere em tamanhos, posição e forma de acordo com a sua saturação. Quando ela relativamente cheia é notável pela grande espessura de sua parede, tendo formato ovoide, e se localizando desde da parede pélvica até a parede abdominal ventral, quando contraída repousa nos osso pélvicos, e se assemelha a uma massa densa, de formato piriforme. Sua capacidade é de 150 a 180 ml. [5]
Ela tem sua fixação através de três pregas peritoneais, os ligamentos laterais, e os ligamentos médios. Cada ligamento lateral apresenta, em seu bordo livre, o vestígio da artéria umbilical no feto. Sua mucosa e pálida e delgada com epitélio em transição com uma submucosa elástica que quando vazia ela gera inúmeras pregas no órgão. Junto com a união das aberturas das entradas dos ureteres aliada ao esfíncter uretral forma um triângulo conhecido como o trígono vesical que é considerada como uma região sem pregas, por ter mucosas bem aderidas. [4]
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