Ventilação mecânica
Por: rafaelbaleeiro • 23/4/2016 • Artigo • 367 Palavras (2 Páginas) • 250 Visualizações
VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA
INDICAÇÕES
Para decidir se determinado paciente precisa ser intubado, o principal critério é o exame clínico. Os parâmetros a serem analisados são o nível de consciência, os sinais de esforço ventilatório, a freqüência respiratória e o estado hemodinâmico. Parâmetros gasométricos também podem indicar a intubação traqueal em alguns casos.
- Depressão do nível de consciência associado a instabilidade respiratória;
- Instabilidade respiratória associada a instabilidade hemodinâmica;
- Obstrução das vias aéreas superiores (estridor, sibilos inspiratórios);
- Grande volume de secreção não adequadamente depurado pelo paciente;
- Sinais de grave esforço respiratório (fadiga da musculatura respiratória);
- Ressuscitação cardiorespiratória prolongada;
- PaO2 <60mmHg ou SaO2 <90%, apesar do suplemento de oxigênio;
- PaCO2 > 55mmHg com pH < 7,25;
- Capacidade vital <15ml/kg em pacientes com doença neuromuscular.
Volume Corrente: 6-10ml/Kg
Pressão de platô: não deixar ultrapassar 35mmHg
Pressão de pico: não deixar ultrapassar 50mmHg
PEEP fisiológico: 5-8cmH2O
PEEP terapêutico: 10-25 cmH2O (lembrar que PEEPs altos reduzem o retorno venoso, aumentam o risco de barotrauma e aumentam a pressão intracraniana.
AUTO –PEEP: é decorrente de um curto intervalo de tempo para os alvéolos se esvaziarem durante a expiração, o que provoca aprisionamento de ar nas vias aéreas e pressão positiva no final da expiração. É UM FENÔMENO COMUM NAS DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS (asma e DPOC). É agravado por aumento da freqüência respiratória e redução proporcional do tempo expiratório (aumento da relação I:E). O auto-PEEP pode causar barotrauma, aumento do trabalho respiratório e instabilidade hemodinâmica, sem beneficiar a troca gasosa alveolar. Pode ser CORRIGIDO diminuindo-se a freqüência respiratória do aparelho ou aumentando o fluxo inspiratório (redução do tempo inspiratório), o que reduz a relação I:E.
OS DEZ PASSOS PARA A EXTUBAÇÃO
- A patologia que levou a VM foi revertida?
- A troca gasosa está adequada? (PO2 ≥ 60mmHg, com FiO2 ≤ 0,4 e PEEP ≤ 5-8 cmH2O)
- Há estabilidade hemodinâmica?
- Apresenta drive respiratório? (capacidade de iniciar o ciclo respiratório)
- Nível de consciência está adequado? (paciente tranqüilo, facilmente despertável)
- Possui tosse eficaz?
- Está sem acidose?
- Uma possível sobrecarga hídrica foi corrigida?
- Os eletrólitos séricos estão normais?
- Paciente sem previsão de intervenção cirúrgica?
Se o paciente preencheu os critérios acima, ele é um candidato à extubação.
O parâmetro que se mostrou mais confiável é o ÍNDICE DE TOBIN (freqüência respiratória / volume corrente):
FR/VC < 100irpm/L
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