A Dieta Low Carb
Por: ldschinato • 20/9/2018 • Trabalho acadêmico • 852 Palavras (4 Páginas) • 340 Visualizações
Universidade de Caxias do Sul
Área do Conhecimento de Ciências da Vida
Curso de Farmácia
Disciplina: Nutrição Humana
Professora Elizete Maria Pesamosca Facco
Acadêmica: Letícia Duarte Schinato
Dieta Low Carb
Dieta com baixa ingesta de carboidrato que se fundamenta na redução ou de uma forma em que os carboidratos não predominem na alimentação, fazendo com que aumente o consumo ou até mesmo substitua esse macronutriente por proteínas e gorduras.
A média de consumo do macronutriente seria entre 50 e 150g por dia ou abaixo de 40% de energia do mesmo, sendo assim, havendo a restrição de carboidrato, haverá início de Cetose e oxidação lipídica, causando um efeito de saciedade e um aumento do gasto energético, que são fatores que devem promover um balanço energético negativo e consequente perda de peso.
Com o consumo de proteína, vai haver uma elevação do gasto energético, preservando a massa magra do corpo e o aumento da saciedade, promovendo menor estimulo à secreção de inuslina, aumentando a oxidação de gorduras que são usadas como fonte energética e conservando a massa magra corporal.
Com a redução da insulina liberada resultantes dos efeitos metabólicos, haverá um aumento da circulação de ácidos graxos livres no tecido adiposo, que serão utilizados na oxidação e produção de corpos cetonicos no fígado, para posteriormente serem usados pelos tecidos como fonte energética por pouco tempo, com isso o organismo maximiza a oxidação de gordura, aumentando o gasto energético e causando a perda de peso.
A literatura cientifica vem trazendo resultados sobre a influencia do teor de nutrientes na perda de peso corporal, um dos benefícios citados além da perda de peso, a dieta é indicada para doenças como diabetes devido a melhora do controle glicêmico e para obesidade, assim também podendo diminuir o uso de medicamentos, além de ser indicada também para epilepsia.
A dieta contribui para melhora do perfil lipídico, aumento significativo do HDL, diminuição dos triglicerídeos e controle glicêmico, além de melhoria de alguns parâmetros de risco cardiovascular.
Na dieta Low Carb, a restrição extrema de hidratos de carbonos, recorre-se para as resevas de glicogênio para a disponibilização de glicose, mas a partir do momento em que estas reservas se esgotam, em mais ou menos 48 horas, deixa-se de existir energia para o Sistema Nervoso Central, que não pode utilizar gordura como fonte de energia, pois os ácidos graxos não atravessam a barreira hematoencefálica, e garantir também a produção de oxaloacetato, necessário para ocorrer a oxidação da gordura no ciclo de Krebs
Como existem prós, a dieta também proporciona alguns malefícios citados na literatura, com a redução da ingesta de carboidrato, a pratica de atividade física pode ser afetada por reduzir os estoques de glicogênio muscular e aumentar a fadiga durante a pratica de exercícios, além disso, relatou-se a dores de cabeça, diarreia, sentimento de fraqueza e câimbras musculares. Outro fator prejudicial é pela ingesta de gorduras totais, que consequentemente aumentam os níveis de LDL.
Os alimentos mais utilizados na dieta são ovos, carnes como de vaca, frango, porco, bacon, peixes, frutos do mar, salmão, crustáceos, brócolis, folhas verdes em geral, pepino, pimentões, abacate, óleo de coco, nozes e demais sementes e castanhas, café e chás.
Entrevistas realizadas com pacientes que fizeram a dieta relataram que ao evitar comer alguns alimentos o corpo se habitua e desacostuma ao consumo de carboidratos, e no momento que fazem a ingesta após longo prazo de restrição, relatam que o corpo não reage bem, causando até mesmo taquicardia.
Os mesmos entrevistados relatam também que a proliferação de informações disponíveis refletem muito a adesão da dieta e até mesmo a uma adaptação por eles mesmos, informações vindas de representantes da indústria alimentícia, profissionais de saúde, que não so enfocam na saúde do paciente, mas também na perda de peso.
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