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A Obesidade Infantil

Por:   •  2/4/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.123 Palavras (13 Páginas)  •  506 Visualizações

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OBESIDADE INFANTIL

SUMÁRIO

1.0 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 04

2.0 DESENVOLVIMENTO ........................................................................... 05

  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 12

1 INTRODUÇÃO

A Estratégia Saúde da Família (ESF) visa à reorganização da atenção básica no País, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde, e é tida pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade (PORTAL DA SAÚDE).

O campo de prática Bela Vista está localizado em Sete Lagoas, Minas Gerais, e abrange os bairros Bela Vista I, Bela Vista II, Bela Vista III e Nossa Senhora de Lurdes, totalizando, aproximadamente, seis mil usuários.

Foi instalado em 2010 e desde sua origem é possível notar uma hegemonia por parte da população tratando-se de doenças. Dentre os grupos vulneráveis destacam-se indivíduos hipertensos e diabéticos. Estudos realizados, entre eles o Survey of Health, Ageing and Retirement in Europe (SHARE) e o Swedish Obese Study (SOS) apontam uma forte associação entre obesidade e a prevalência dessas doenças, necessitanto, pois, de um cuidado maior por parte da população (ABESO).

No campo de prática Bela Vista, além dos grupos vulneráveis já citados, foi possível verificar um grande número de crianças obesas e, sabendo que adolescentes com excesso de peso tem 80% de chance de se tornarem adultos obesos (ABESO), isso torna-se uma preocupação para a população.

Sendo a Obesidade Infantil uma condição multifatorial, em que o cuidado efetivo deve ser interdisciplinar, os alunos dos cursos de Enfermagem, Educação Física e Nutrição elaborarão propostas para viabilizar a prevenção e o tratamento dessa patologia.

2 DESENVOLVIMENTO

A obesidade é o excesso de gordura corporal e é considerada como um grave problema de saúde pública em diversos países, prevalecendo com aumento nos últimos anos em crianças e adolescentes. As consequências se estendem muitas vezes quando se tornam adultos. (PARRA & MOTA, 2012)

A obesidade se tornou preocupante em escala mundial na década de 1990 e, até os dias atuais, foi aumentando gradativamente em praticamente todos os países. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade vem atingindo pessoas de ambos os sexos e classes socioeconômicas. (VEDANA,2008)

A prevalência da obesidade na população brasileira vem aumentando aproximadamente em 40% devido à melhoria das condições de vida, em especial pela redução do gasto diário de energia proporcionado muitas vezes pelos avanços tecnológicos. (ARAÚJO, 2010)

Pesquisas apontam que em determinadas localidades os índices inspiram preocupação. Na Bahia há 9,3% de crianças com sobrepeso e 4,4% com obesidade, em São Paulo há 2,5% de obesidade em crianças menores de 10 anos entre as classes econômicas menos favorecidas e em 10,6% nas mais favorecidas. Na cidade de Recife o sobrepeso e a obesidade atingem cerca de 30% das crianças e adolescentes (MISHIMA & BARBIERI, 2009).

A avaliação do estado nutricional na infância representa uma importante informação sobre o status de saúde de uma população, até mesmo para uma possível intervenção nos hábitos alimentares. Fica claro que as crianças que apresentam alterações relacionadas à desnutrição ou ao excesso de peso, apresentam maior probabilidade de apresentar certos problemas de saúde. (SALOMONS, RECH, LOCH, 2007)

Dessa forma, a extensão populacional da obesidade causa impacto na infância e na adolescência, o aumento nos índices de sobrepeso e obesidade entre crianças e adolescentes internacionalmente durante as últimas décadas indicam que a obesidade infantil é uma epidemia global começando a substituir a desnutrição e as doenças infecciosas. Crianças obesas tendem a se tornar adultos obesos e, além disso, indivíduos que possuem excesso de peso e gordura corporal possuem maior propensão a desenvolver doenças degenerativas (SOTELO et al., 2004).

Alguns estudos indicam que obesidade infantil pode ser desencadeada por fatores como o desmame precoce, pela introdução inadequada de alimentos industrializados muito cedo, distúrbios de comportamento alimentar e da relação familiar, especialmente nos períodos de aceleração do crescimento (GIULIANO & CARNEIRO 2003).

A obesidade não é um problema meramente estético. Crianças obesas tendem a desenvolver vários problemas de saúde, como diabetes devido à ingestão excessiva de açúcar e carboidratos. Doenças cardíacas, má formação do esqueleto, desgaste das articulações pelo excesso de peso e até doenças infecciosas causadas por fungos em locais de difícil higiene. (MARA & LUIZ, 2002).

O Aumento das porções dos alimentos servidas em restaurantes, bares e lanchonetes tem contribuindo para os fatores relacionados à epidemia da obesidade (Oliveira & Fisberg 2003). Propagandas com desenhos animados, embalagens com brincadeiras e brindes, chamam muito atenção da criança, que, muitas vezes, consomem esses produtos apenas pela sua propaganda.

A obesidade infantil é hoje encarada como uma síndrome complexa, multifatorial, com presença de alterações físicas, psíquicas e sociais. Sabe-se que atualmente vem sendo muito difícil controlar os hábitos alimentares das crianças, pois elas sofrem grandes influências dos hábitos errôneos dos pais e o consumo de alimentos industrializados.

A maioria das crianças que apresentam obesidade passa horas em frente à televisão ou no computador, não realizando suas refeições em horários adequados e consumindo alimentos inadequados com alto índice calórico e pouco nutritivo. E junto à obesidade infantil, vem como consequência a presença de várias doenças crônicas associadas, que anteriormente eram presentes apenas na vida adulta.

Para mudarmos esse cenário, são necessárias alterações no estilo de vida. E essas mudanças podem ser iniciadas ainda com a amamentação, que além de trazer benefícios à saúde da criança, pode prevenir contra a obesidade infantil. A atividade física também se torna benéfica para a saúde infantil. Além disso, a escolha de alimentos saudáveis e nutritivos são indispensáveis para o tratamento dessa patologia que está acometendo as crianças. 

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