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A TEORIA DO PORTÃO PARA O CONTROLE DA DOR

Por:   •  29/11/2018  •  Projeto de pesquisa  •  503 Palavras (3 Páginas)  •  1.421 Visualizações

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A TEORIA DO PORTÃO PARA O CONTROLE DA DOR

Nossa percepção da dor está sujeita à modulação em vários níveis do sistema nervoso. Ela pode ser exacerbada por experiências passadas ou suprimida em situações de emergência, nas quais a sobrevivência depende de se ignorar a lesão. Nessas condições de emergência, vias descendentes que trafegam pelo tálamo inibem neurônios nociceptores na medula espinal. A estimulação destas vias inibidoras é uma das técnicas mais modernas que vêm sendo utilizadas para controlar a dor crônica.

A dor também pode ser suprimida no corno dorsal da medula espinal, antes que os estímulos cheguem aos tratos espinais ascendentes. Os interneurônios inibidores tonicamente ativos da medula espinal geralmente inibem as vias ascendentes da dor. As fibras C nociceptivas fazem sinapses nesses interneurônios inibidores. Quando ativadas por um estímulo doloroso, as fibras C simultaneamente excitam a via ascendente e bloqueiam a inibição tônica. Essa ação permite que o sinal de dor da fibra C siga para o encéfalo sem impedimento.

Na teoria do portão para a modulação da dor, as fibras Aβ que levam informação sensorial de estímulos mecânicos ajudam a bloquear a transmissão da dor. As fibras Aβ fazem sinapse com interneurônios inibidores e aumentam a atividade inibidora dos interneurônios. Se estímulos simultâneos de fibras C e Aβ chegam ao neurônio inibidor, a resposta integrada é a inibição parcial da via ascendente da dor, de modo que a dor percebida pelo cérebro é menor. A teoria do portão para o controle da dor explica por que esfregar um cotovelo ou uma canela esfolada diminui a dor: o estímulo tátil de esfregar ativa fibras Aβ e ajuda a diminuir a sensação de dor.

*A teoria do portão da dor admite que o estímulo da dor pode ser inibido, interrompendo as conexões entre os neurônios e enfraquecendo o impulso elétrico com substancias benéficas ao bem-estar, tais como a endorfina e analgésicos naturais, que quando liberados amenizam a sensação de dor.

Ex.: quando batemos o braço com força e imediatamente começamos a esfregar ou apertar tentando amenizar a dor, o que de fato ocorre, pois o impulso do estímulo da dor é transmitido por um tipo de fibra ( C ) e quando colocamos a pressão ou temperatura (gelo), o estímulo benéfico é transportado pelas fibras mielinizadas (A delta), que chegam mais rápido do que a informação da dor no último neurônio, neutralizando ou amenizando assim a sensação dolorosa.

Em casos críticos o portão da dor também pode ser ativado. Quando o córtex interpreta que aquele estímulo é uma lesão crítica ao organismo, e que o mesmo não pode suportar aquela dor, fazendo assim a interrupção das fibras C, o indivíduo é capaz de sair da situação de perigo.

RESUMINDO: o estímulo da dor é captado pelas fibras C, que transmitem informação mais lentas que as fibras A delta, o estímulo então chega ate o neurônio final, que leva a informação ao cérebro. Já o estímulo benéfico será transmitido pelas fibras A delta, que chegam antes do estímulo da dor, ate o neurônio final, neutralizando assim a sensação dolorosa.

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