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CURSO DE NUTRIÇÃO CONSTIPAÇÃO INTESTINAL

Por:   •  28/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.207 Palavras (17 Páginas)  •  268 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE

CURSO DE NUTRIÇÃO

CONSTIPAÇÃO INTESTINAL

Belo Horizonte

2014

Flávia Araújo Braccini

Moema C. G. S. A. M. Andalécio

Raíssa Batistoni Sieiro

Thaís Dornas

 

CONSTIPAÇÃO INTESTINAL

Trabalho Acadêmico apresentado ao Curso de Nutrição do Instituto de Ciências Biológicas e Sáude do Centro universitário UNA, como Requisito parcial à obtenção de créditos na disciplina de Ciências Sociais Aplicadas à Saúde.

Orientador: Antônio Pena Filho

Belo Horizonte

2014

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO        

2 OBJETIVOS        

3 METODOLOGIA        

4 DESENVOLVIMENTO        

4.1 Definição, aspectos fisiológicos, biológicos e patologia.        

4.2 Fibras alimentares, prebióticos, probioticos e respostas imunes.        

5 CONCLUSÃO        

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        


INTRODUÇÃO

Nos dias atuais as competências atribuídas ao homem cotidianamente tem causado interferência em sua qualidade de vida, como, a falta de horários estabelecidos para as refeições e tempo disponível para a prática de atividade física (LACERDA; PACHECO, 2006). Ao mesmo tempo é observada uma mudança nos hábitos alimentares da população, onde se percebe um aumento no consumo de produtos refinados, industrializados com baixo teor de fibras alimentares, contidas em alimentos como cereais integrais, frutas, verduras e hortaliças (ANDRE; RODRIGUEZ; MORAES-FILHO, 2000).  Em suas diretrizes, a American Gastroenterological Association define constipação como frequência de eliminação de fezes menor que 3 vezes por semana, sensação de esvaziamento retal incompleto, fezes endurecidas, esforço para eliminar fezes e necessidade de toque para esvaziamento retal (LOCKE GR, 3RD; PEMBERTON JH; PHILLIPS SF, 2000).

De acordo com RODRIGUEZ, SÁ e MORAES-FILHO (2008), a constipação intestinal não é propriamente uma enfermidade, mas um sintoma muito frequente que exige adequada investigação para estabelecimento do diagnóstico. É um sintoma comum, considerado queixa frequente nos consultórios médicos, e, apesar dos avanços na compreensão da fisiologia, a constipação intestinal ainda representa problema clínico de difícil solução (NETINHO, AYRIZONO, COY, FAGUNDES, GÓES, 2005).

Entretanto, autores classificam a constipação, de acordo com sua evolução, em aguda ou crônica. A primeira deve-se a mudanças no hábito alimentar, uso de drogas, redução da atividade física, presença de estado mórbido ou mesmo viagens (MELO, TORRES, GUIMARÃES, FIGUEIREDO & PENNA, 2003). A forma crônica é dividida em funcional e orgânica. Na primeira o trânsito intestinal é normal e o problema está associado a fatores etiológicos como problemas culturais, alimentares e a sistemática regulação do exercício da função defecatória, determinada pela educação e aprendizagem (SANTOS JÚNIOR, 2005). A orgânica pode ser secundária a anormalidades estruturais do trato gastrointestinal, a doenças extra-intestinais, ou ao uso de medicamentos. Em ambas, fatores emocionais e sedentarismo também podem estar envolvidos (MELO ET AL., 2003).

OBJETIVO

Este trabalho teve como objetivo principal analisar os fatores envolvidos na constipação intestinal, analisando do ponto de vista nutricional, biológico e fisiológico.

METODOLOGIA

Este trabalho utilizou como modalidade de pesquisa a revisão bibliográfica da literatura e de artigos científicos publicados na rede mundial de computadores (internet), no período de 1990 a 2013, utilizando dos sites: Google Acadêmico (scholar.google.com.br) e Scielo (www.scielo.org).

Palavras chave: constipação intestinal, obstinação intestinal, disfunção intestinal, intestino preso, fibras alimentares, prebióticos e probióticos.

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Definição, aspectos fisiológicos, biológicos e patologia

A constipação é um problema crônico que acomete muitos pacientes no mundo. Em alguns grupos de pacientes, como os idosos, a constipação constitui um problema sanitário importante; no entanto, na maioria dos casos a constipação crônica é um motivo para consulta que provoca moléstia, mas, não ameaça a vida nem debilita o indivíduo (LINDBERG et al., 2010). Habitualmente, define-se a constipação funcional como um transtorno caracterizado por uma dificuldade persistente para evacuar ou uma sensação de evacuação incompleta e/ou movimentos intestinais infrequentes (a cada 3–4 dias ou com menor frequência), em ausência de sintomas de alarme ou causas secundárias (LINDBERG et al., 2010).

Os universitários também têm se tornando alvo desta queixa. Para muitos estudantes, o ingresso na faculdade corresponde ao primeiro momento em que eles terão que se responsabilizar por sua moradia, alimentação e gestão de suas finanças. A inabilidade para realizar tais tarefas, juntamente com fatores psicossociais, estilo de vida e situações próprias do meio acadêmico podem resultar em omissão de refeições, consumo de lanches rápidos e ingestão de refeições nutricionalmente desequilibradas (COTA e MIRANDA, 2006).

A constipação funcional pode ter diferentes causas, que vão desde mudanças na dieta, atividade física ou estilo de vida, até disfunções motoras primárias produzidas por miopatia ou neuropatia colônica. A constipação também pode ser secundária a um transtorno de evacuação. O transtorno de evacuação pode estar associado a uma contração paradoxal ou espasmo involuntário do esfíncter anal, que pode resultar de um transtorno adquirido do comportamento defecatório, que ocorre em dois terços dos pacientes (LINDBERG et al., 2010).  Embora o exercício físico e a dieta rica em fibras tenham um efeito protetor, vários outros fatores aumentam o risco de constipação, tais como: envelhecimento (a constipação não é consequência fisiológica do envelhecimento normal), depressão, inatividade, baixa ingestão calórica, baixa renda e baixo nível educativo, quantidade de medicação recebida (independentemente dos perfis de efeitos colaterais), abuso físico e sexual e sexo feminino. As mulheres relatam uma maior incidência de constipação do que os homens (LINDBERG et al., 2010).

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