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EPIDEMIOLOGIA FATORES DE RISCO NA OBESIDADE INFANTIL

Por:   •  2/9/2016  •  Artigo  •  5.207 Palavras (21 Páginas)  •  743 Visualizações

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Fatores de risco na obesidade infantil: revisão integrativa da literatura

Alexandre Rogério Pires, Camila Cabrera Bovolato Ribeiro, Idalson Freire,

Larissa de Oliveira Bertolo, Monica Costa de Souza, Victória Trevisan Sumam

Alexandre Rogério Pires. Estudante, Graduação em Nutrição do Centro Universitário de Rio Preto/UNIRP, São José do Rio Preto (SP), Brasil. E-mail: alexandrepires2000@yahoo.com.br 

Camila Cabrera Bovolato Ribeiro. Estudante, Graduação em Nutrição do Centro Universitário de Rio Preto/UNIRP, São José do Rio Preto (SP), Brasil. E-mail: mila.mg@hotmail.com 

Idalson Freire. Estudante, Graduação em Nutrição do Centro Universitário de Rio Preto/UNIRP, São José do Rio Preto (SP), Brasil. E-mail: dalkyo@ymail.com 

Larissa de Oliveira Bertolo. Estudante, Graduação em Nutrição do Centro Universitário de Rio Preto/UNIRP, São José do Rio Preto (SP), Brasil. E-mail: laribertolo@gmail.com 

Monica Costa de Souza. Estudante, Graduação em Nutrição do Centro Universitário de Rio Preto/UNIRP, São José do Rio Preto (SP), Brasil. E-mail: nutricaomonica@hotmail.com

Victória Trevisan Sumam. Estudante, Graduação em Nutrição do Centro Universitário de Rio Preto/UNIRP, São José do Rio Preto (SP), Brasil. E-mail: vic.sumam@hotmail.com

Autor responsável pela troca de correspondência

Larissa de Oliveira Bertolo

Rua Otávio Simão de Souza, 535. Gaivota 1.

CEP: 15.063-022 – São José do Rio Preto (SP), Brasil

RESUMO

Objetivo: Analisar o perfil das pesquisas científicas sobre o tema fatores de risco na obesidade infantil. Metodologia: revisão integrativa dos artigos publicados sobre o tema nas bases da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), com o intuito de responder à questão: quais os fatores de risco na obesidade infantil? Os descritores foram retirados da DECS/BVS em idioma português. Para a escolha dos artigos, foi realizada leitura dos títulos e resumos. Resultados: foram encontrados um conjunto de artigos, dos quais 10 foram escolhidos. Para a discussão dos resultados, foram consideradas quatro categorias de análise: (1) Panorama sobre a obesidade infantil; (2) Sociedade/cultura, família e escola; (3) Da prematuridade à infância; (4) Patologias. Conclusão: o conhecimento dos fatores de risco na obesidade infantil é relevante para prevenção e orientação nutricional. Descritores: fatores de risco/determinantes, obesidade infantil, excesso de peso na infância.

Introdução

O sobrepeso e a obesidade infantil vêm ganhando espaços para reflexão e discussão importantes, a fim de buscar estratégias para melhor entender essa questão. As modificações nas estruturas familiares, os papéis sociais de gênero e os valores de uma sociedade capitalista não apenas contribuem para que essa característica se instale, mas, também, podem ser considerados fatores determinantes da questão do sobrepeso e da obesidade infantil (DORNELLES; ANTON; PIZZINATO, 2014).

O perfil nutricional mudou nos últimos 30 anos, levando a população brasileira a um agravamento da saúde, principalmente em relação ao sobrepeso e a obesidade infantil. Nos últimos anos, o Brasil vem buscando soluções para entender e combater essas questões. Estudos preliminares mostraram que mudanças em nossa sociedade, como mudanças nas estruturas familiares e nos valores capitalistas, são fatores determinantes na questão de sobrepeso e obesidade infantil (DORNELLES; ANTON; PIZZINATO, 2014).

Percebemos que, devido à complexidade e gravidade do tema, a obesidade infantil tem sido cada vez mais foco de estudos para tentar compreender melhor o mecanismo em que esse processo se estabelece. Podemos notar que, no século XX, a obesidade se elevou a status de epidemia, tornando-se um grande fator de risco para a população. O surgimento de diabetes tipo II em jovens e adultos está intimamente relacionada à obesidade, e esse problema é agravado quando se considera a obesidade infantil. Os fatores sociofamiliar exerce grande influência nas condições de obesidade infantil, por exemplo, mães que passaram por dificuldades financeiras e situações de sofrimento emocionais, podem acarretar cuidados excessivos com os filhos como diversos problemas de ordem alimentar e social (DORNELLES; ANTON; PIZZINATO, 2014).

Estudos mostraram, também, que outro fator de risco que leva à obesidade infantil é o fato dos pais serem obesos. Levando em conta também os fatores genéticos, os hábitos alimentares dos pais podem afetar diretamente a obesidade dos filhos pois estes tendem a seguir os mesmo padrões de alimentação e de comportamento social. Outros fatores como comer em frente à televisão, comer depressa também foram relacionados como fatores de risco à obesidade (DORNELLES; ANTON; PIZZINATO, 2014).

A partir desses dados, podemos notar que a intervenção nos hábitos alimentares, no estilo de vida e nos aspectos emocionais dos familiares é um fator importante para combater a obesidade infantil, ou seja, o tratamento não deve ser focado apenas na criança e sim em todos os constituintes familiares. Assim como outras doenças crónicas, a obesidade vem se tornando um problema de saúde pública, uma vez que vem adquirindo proporções alarmantes ao longo dos anos, e sendo necessários altos investimentos em saúde pública (DORNELLES; ANTON; PIZZINATO, 2014).

Segundo a lei, a criança e o adolescente têm o direito à vida e à saúde. Essa garantia particulariza o atendimento que a criança e o adolescente necessitam, a partir do Poder Público e Sistema Único de Saúde (SUS) (SANTOS et al., 2014).

É grande o número de crianças em escolas e creches e, devido a isso, existe maior exposição de doenças. Principalmente em creches onde estão presentes bebês que possuem baixa imunidade. Algumas doenças estão associadas às condições socioeconômicas e até de saneamento, dependendo da renda familiar (SANTOS et al., 2014).

Os profissionais de saúde atuam como protagonistas no combate às doenças crônicas, e podem ajudar no tratamento. Portanto, é importante investigar entre eles suas percepções sobre o papel da família no combate ao sobrepeso e obesidade infantil (DORNELLES; ANTON; PIZZINATO, 2014).

Método

Com o intuito de alcançar o objetivo deste trabalho, realizamos um estudo exploratório sendo utilizada a revisão integrativa como método. A revisão integrativa compreende a reunião e síntese de resultados de pesquisas realizadas anteriormente sobre um determinado fenômeno, o que torna possível ampliar a visão sobre a temática, os conceitos relevantes, além de antever estudos futuros necessários. Nessa revisão, utilizamos as etapas seguintes: 1. delimitação do problema; 2. coleta de dados na própria literatura sobre o tema; 3. escolha de dados considerados pertinentes; 4.análise dos dados e 5. interpretação de resultados.

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