Estudo Dirigido Vitamina D
Por: Vanessa Correa • 24/9/2019 • Resenha • 1.789 Palavras (8 Páginas) • 320 Visualizações
ESTUDO DIRIGIDO - VITAMINA D: ARTIGO
1 – A vitamina D: um pré-hormônio ou vitamina. Onde atua
Embora seja denominada vitamina, conceitualmente se trata de um pré-hormônio. Juntamente com o paratormônio (PTH), ambos atuam como importantes reguladores da homeostase do cálcio e do metabolismo ósseo.
2 - Qual a consequência da hipovitaminose D
A vitamina D é essencial em funções relacionadas ao metabolismo ósseo, porém parece também estar relacionada na fisiopatogênese de diversas doenças. Em crianças, a deficiência de vitamina D leva ao retardo do crescimento e ao raquitismo. Em adultos, a hipovitaminose D leva à osteomalácia, ao hiperparatiroidismo secundário e, consequentemente, ao aumento da reabsorção óssea, favorecendo a perda de massa óssea e o desenvolvimento de osteopenia e osteoporose. Fraqueza muscular também pode ocorrer, o que contribui para elevar ainda mais o risco de quedas e de fraturas ósseas em pacientes com baixa massa óssea.
3 – Quais as fontes de vitamina D
As fontes de vitamina D são: a exposição solar, a dieta e a suplementação.
A vitamina D pode ser obtida a partir de fontes alimentares, por exemplo, óleo de fígado de bacalhau e peixes gordurosos (salmão, atum, cavala), gema de ovo, ou por meio da síntese cutânea endógena, que representa a principal fonte dessa “vitamina” para a maioria dos seres humanos.
4 – Quais as formas que a vitamina D pode ser encontrada
A vitamina D pode ser encontrada sob as formas de ergocalciferol ou vitamina D2 e de colecalciferol ou vitamina D3
5 – Quais os efeitos da vitamina D sobre o metabolismo ósseo.
Vitamina D ativa modula a síntese de PTH, aumenta a absorção de cálcio pelo intestino e está relacionada a melhor massa óssea e função muscular
6- Como definir hipovitaminose D
Há o consenso de que a 25(OH)D (calcidiol) é o metabólito mais abundante e o melhor indicador para a avaliação do status de vitamina D, classificando-se os indivíduos como: deficientes, insuficientes ou suficientes em vitamina D
7 – Como os indivíduos podem ser classificados como deficientes, insuficientes ou suficientes em vitamina D
Não há um consenso quanto ao valor de corte para a definição de “suficiência em vitamina D”
No entanto até o momento:
- concentrações séricas abaixo de 20 ng/mL (50 nmol/L) são classificadas como deficiência,
- entre 20 e 29 ng/mL (50 e 74 nmol/L) como insuficiência e
- entre 30 e 100 ng/mL (75 e 250 nmol/L) como suficiência.
Portanto, concentrações séricas de 25(OH)D abaixo de 30 ng/mL (75 nmol/L) são consideradas por muitos como hipovitaminose D
8 – Quais são as populações de risco para hipovitaminose D
Os candidatos à mensuração seriam: pacientes com quadro de raquitismo ou osteomalácia, ortadores
de osteoporose, idosos com história de quedas e fraturas, obesos, grávidas e lactentes, pacientes
com síndromes de má-absorção (fibrose cística, doença inflamatória intestinal, doença de Crohn, cirurgia bariátrica), insuficiência renal ou hepática, hiperparatiroidismo, medicações que interfiram no metabolismo da vitamina D (anticonvulsivantes, glicocorticoides, antifúngicos, antirretrovirais, colestiramina, orlistat), doenças granulomatosas e linfomas.
Além disso, é importante ressaltar que toda a condição que limite a exposição solar pode potencialmente causar hipovitaminose D e podem ser acrescentados à lista indivíduos em regime de fotoproteção e usuários de vestimenta religiosa.
9 – Como tratar a hipovitaminose D em pacientes com risco para deficiência
As evidências atuais não suportam o conceito de suplementação generalizada da população. As doses para tratamento variam de acordo com o grau de deficiência e com a meta a ser atingida.
A suplementação pode ser feita como a vitamina D2 ou D3, no entanto há preferência pela D3 pelas vantagens sobre a manutenção de concentrações mais estáveis. Assim, a forma mais disponível de vitamina D para tratamento e suplementação é o colecalciferol ou vitamina D3 e este é o metabólito que tem se mostrado mais efetivo.
Como regra prática pode se predizer que, para cada 100 UI suplementadas, um aumento de 0,7 a 1,0 ng/mL nas concentrações de 25(OH)D é conquistado.
De maneira geral, quando a 25(OH)D está muito abaixo do desejado (abaixo de 20 ng/mL), o esquema de ataque é necessário para repor os estoques corporais. O esquema mais utilizado atualmente é de 50.000 UI/semana (ou 7.000 UI/dia) de vitamina D por 6 a 8 semanas. Caso a meta de 25(OH)D não tenha sido atingida, um novo ciclo pode ser proposto. Como pode existir uma variação individual na resposta ao tratamento, a reavaliação dos valores plasmáticos após cada ciclo mostra-se ideal, especialmente nos casos de deficiências mais graves, até que a meta seja alcançada. Após esse período, a dose de manutenção deve ser instituída e varia de acordo com a faixa etária e com as condições concomitante (tabela 3 do artigo).
Tabela 3. Doses de manutencao diarias de vitamina D recomendadas para populacao geral e para populacao de risco para deficiência
Faixas etárias População geral (UI) População de risco (UI)
0 – 12 meses 400 400 – 1.000
1 – 8 anos 400 600 – 1.000
9 – 18 anos 600 600 – 1.000
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