Estudos Dirigido à Filosofia
Casos: Estudos Dirigido à Filosofia. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: jbcowboy • 29/4/2013 • 2.068 Palavras (9 Páginas) • 1.434 Visualizações
1) Filosofia é uma palavra derivada do grego que significa "amor pela sabedoria" ou então "amigo da sabedoria". O filósofo é então aquele que busca o conhecimento puro e não se deixa corromper por sistemas pré-estabelecidos. A criação do termo "Filosofia" é atribuída ao filósofo Pitágoras que teria afirmado que a sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas que os homens podem deseja-la ou amá-la, tornando se filósofos.
2)Os gregos deram origem não só ao pensamento filosófico, mas à própria humanidade. Vemos, assim, a tese do milagre se apresentando. Milagre justamente por ser algo repentino e pela originalidade, não podendo ser explicado pela relação de causa e efeito, mas sim resultado do gênio helênico. A teoria orientalista, entretanto, procura mostrar os empréstimos que o pensamento grego fez das culturas orientais. Para o orientalista, portanto, a Filosofia é uma mera continuação de um passado oriental. Enquanto para o ocidentalista, a Filosofia é uma invenção totalmente nova e própria do Ocidente. Muitos estudiosos veem um certo exagero nas duas teses, pois podemos e devemos reconhecer que os gregos tiveram contato com muitas culturas orientais, apropriando-se de muitos elementos dessas tradições. Mas, por outro lado, também existiu a originalidade grega, porque eles operaram uma mudança qualitativa em tudo aquilo que pegaram do Oriente. Outro ponto que também produz controvérsias sobre a origem da Filosofia diz respeito à relação entre Mito e Filosofia. A relação entre pensamento mítico e pensamento filosófico é de continuidade ou ruptura radical.
3) • Tendência racional, em que somente a Razão é o critério de explicação sobre o mundo, segundo seus próprios princípios;
• Submissão dos problemas à análise, à crítica, à discussão, à demonstração, procurando oferecer respostas seguras e definitivas;
• O pensamento é a fonte do conhecimento e deve apresentar as regras de seu funcionamento para justificar suas bases lógicas (por exemplo: os princípios de Identidade, da Não Contradição e do Terceiro Excluído);
• Não aceitar as noções pré-concebidas, as opiniões já pré-estabelecidas, os pré-conceitos imediatos, mas investigar o real com o rigor exigido pelo pensamento e suas leis, não sendo passivo, mas sim ativo no processo do conhecer;
• Descobrir, a partir da análise das semelhanças e dessemelhanças entre as coisas, o princípio que promove a generalização, isto é, o que permite agrupar os vários casos particulares em uma classe geral de objetos.
4) O pensamento filosófico é questionador, representa uma ruptura quanto à atitude diante do saber recebido – o mito é uma narrativa cujo conteúdo não se questiona. A filosofia problematiza, convidando a discussão. A inteligibilidade na filosofia é procurada - no mito é dada. A filosofia rejeita o sobrenatural, recorre a argumentos – o mito cultua-o. O mito não tem bases científicas , são baseadas na tradição e um coisas sem fundamento com "se deixar o chinelo virado a mãe morre". O pensamento filosófico e algo baseado no concreto, em dados prováveis, se questionada o porquê dentro de determinada situação que é observada de diversos prismas do conhecimento.
5) Podemos apontar como principais condições históricas para o surgimento da Filosofia na Grécia: as viagens marítimas, que permitiram aos gregos descobrir que os locais que os mitos diziam habitados por deuses, titãs e heróis eram, na verdade, habitados por outros seres humanos; e que as regiões dos mares que os mitos diziam habitados por monstros e seres fabulosos não possuíam nem monstros nem seres fabulosos. As viagens produziram o desencantamento ou a desmistificação do mundo, que passou, assim, a exigir uma explicação sobre sua origem, explicação que o mito já não podia oferecer; a invenção do calendário, que é uma forma de calcular o tempo segundo as estações do ano, as horas do dia, os fatos importantes que se repetem, revelando, com isso, uma capacidade de abstração nova, ou uma percepção do tempo como algo natural e não como um poder divino incompreensível; a invenção da moeda, que permitiu uma forma de troca que não se realiza através das coisas concretas ou dos objetos concretos trocados por semelhança, mas uma troca abstrata, uma troca feita pelo cálculo do valor semelhante das coisas diferentes, revelando, portanto, uma nova capacidade de abstração e de generalização; o surgimento da vida urbana, com predomínio do comércio e do artesanato, dando desenvolvimento a técnicas de fabricação e de troca, e diminuindo o prestígio das famílias da aristocracia proprietária de terras, por quem e para quem os mitos foram criados; além disso, o surgimento de uma classe de comerciantes ricos, que precisava encontrar pontos de poder e de prestígio para suplantar o velho poderio da aristocracia de terras e de sangue (as linhagens constituídas pelas famílias), fez com que se procurasse o prestígio pelo patrocínio e estímulo às artes, às técnicas e aos conhecimentos, favorecendo um ambiente onde a Filosofia poderia surgir; a invenção da escrita alfabética, que, como a do calendário e a da moeda, revela o crescimento da capacidade de abstração e de generalização, uma vez que a escrita alfabética ou fonética, diferentemente de outras escritas – como, por exemplo, os hieróglifos dos egípcios ou os ideogramas dos chineses -, supõe que não se represente uma imagem da coisa que está sendo dita, mas a ideia dela, o que dela se pensa e se transcreve a invenção da política.
6) A cosmologia surgiu como a parte da filosofia que estuda a estrutura, a evolução e composição do universo, sendo a primeira expressão filosófica apresentada no Período pré-socrático ou cosmológico. Suas principais características são: a substituição da explicação da origem e transformação da natureza através de mitos e divindades por explicações racionais que identificam as causas de tais alterações defende a criação do mundo a partir de um princípio natural e que a natureza cria seres mortais a partir de sua imortalidade.
No período em que a cosmologia prevaleceu, as pessoas acreditavam que a natureza somente poderia ser conhecida através do pensamento, ou seja, existia a necessidade de pensar para se chegar ao princípio de todas as coisas que forma, a partir de sua imutabilidade, seres sensíveis a transformações, regenerações, mutações capazes de realizar modificações quanto à qualidade e quantidade. Tal mudança – Kínesis – significava tais modificações, além de significar movimentação e locomoção.
Período Cosmológico iniciou-se a aproximadamente VI aC. O início do
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