Pressão arterial em nutrição
Por: Marymarta • 28/5/2017 • Relatório de pesquisa • 1.731 Palavras (7 Páginas) • 402 Visualizações
- INTRODUÇÃO
O sistema circulatório tem por função suprir as necessidades dos tecidos corporais, transportando e distribuindo substâncias essenciais, bem como removendo subprodutos metabólicos. O sistema cardiovascular é composto pelo coração, por uma série de coletores e distribuidores, os vasos sanguíneos que são cheios de fluido heterogêneo (sangue), que é essencial para o transporte realizado pelo coração e por esses vasos, e pelos capilares, que permitem o transporte rápido entre os tecidos e os canais vasculares. O coração e a circulação são controlados para produzir o débito cardíaco e a pressão arterial necessário para gerar o fluxo sanguíneo tecidual requerido (GUYTON, 2002).
A pressão arterial é consequência da força que o sangue exerce contra as paredes das artérias para conseguir circular pelo corpo. Ela mantém o sangue circulando no organismo e tem início com o batimento do coração. A cada vez que bate, o coração joga o sangue pelos vasos sanguíneos chamados artérias. As paredes dessas artérias são como bandas elásticas que se esticam e relaxam a fim de manter o sangue circulando por todas as partes do organismo. O resultado do batimento do coração é a propulsão de uma certa quantidade de sangue (volume) através da artéria aorta. Quando este volume de sangue passa através das artérias, elas se contraem impulsionando o sangue. Esta pressão é necessária para que o sangue consiga chegar aos locais mais distantes, como a ponta dos pés, por exemplo (GUYTON; HALL, 2006).
Embora a pressão arterial média seja alta e constante, há oscilações ou pulsações da pressão arterial. Essas pulsações refletem a atividade pulsátil do coração: ejetando sangue durante a sístole, repousando durante a diástole, ejetando sangue, repousando e assim por diante. Cada ciclo de pulsação nas artérias coincide com um ciclo cardíaco (CONSTANZO, 2004).
Para assegurar que o fluxo sanguíneo na circulação sistêmica não aumente ou diminua devido as pressões variáveis, é extremamente importante que a pressão arterial média seja regulada de modo a ter um valor muito constante. Isso é conseguido por meio de um grupo complexo de mecanismos que envolvem o sistema nervoso, os rins e os diversos mecanismos hormonais (GUYTON; HALL, 2006).
Nesse contexto, a aula prática teve por objetivo nos familiarizar com a medida da frequência de pulso e com os métodos esfigmomanométricos da medida da pressão arterial, observando as alterações das pressões sistólica e diastólica em indivíduos em padrões de repouso e após exercício físico.
- MATERIAL E MÉTODOS
A prática foi realizada no laboratório de Fisiologia do Departamento de Biofísica e Fisiologia, situado na UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI, campus Ministro Petrônio Portella, no dia 17/10/2016. Foram utilizados como materiais o esfigmomanômetro de coluna de mercúrio com manguito para adulto e estetoscópio, sendo utilizados como voluntários os próprios integrantes das bancadas dispostas para a aula prática de fisiologia.
- PULSO ARTERIAL
Aplicou-se ou longo da artéria radial (terço distal do rádio) as polpas do 2° e 3° quirodáctilos, exercendo discreta compressão. A secção da artéria tomou configuração elíptica e voltou à condição cilíndrica em cada fase sistólica, com a chegada da onda de pulso gerada em função da ejeção ventricular. O choque mecânico (pulso arterial) foi transmitido às polpas digitais e assim foi percebido.
- PRESSÃO ARTERIAL
Realizaram-se medidas da pressão arterial através do método palpatório, com indivíduos em repouso examinando-os em decúbito dorsal e através do método auscultatório, realizado com indivíduos em repouso examinados em decúbito dorsal e por fim o método foi aplicado nos mesmos após cinco minutos de exercício físico para nova aferição da pressão arterial.
I – Método palpatório: desinflou-se o manguito e o aplicou contornando o braço de um membro do grupo, de forma que o bordo inferior do manguito esteja 2 ou 3 cm acima do cotovelo. Palpou-se o pulso da artéria radial ao nível da extremidade distal do rádio. Inflou-se o manguito 30 mmHg acima do nível em que se verificou o desaparecimento do pulso radial. Desinflou-se lentamente o manguito e verificou-se no monômetro o nível do reaparecimento do pulso radial, a pressão lida nesse exato momento corresponderá à pressão sistólica (única perceptível por este método).
II – Método auscultatório: desinflou-se o manguito e o aplicou assim como no método anterior. Palpou-se o pulso da artéria braquial medialmente ao tendão de inserção do bíceps e colocou-se nesta região a membrana do estetoscópio. Inflou-se o manguito até 200 mmHg desinflando-o lentamente e olhou-se para o manômetro com a atenção voltada para os sons que foram ouvidos. A pressão sistólica foi aquela indicada no monômetro no momento exato em que o som da pulsação braquial começar a ser ouvida. A pressão diastólica foi aquela indicada no momento em que o som deixou de ser ouvido ou mudou de intensidade (ou tonalidade).
- RESULTADOS E DISCURÇÃO
TABELA 1: Medidas do pulso e pressão arterial pelos métodos palpatório e auscultatório.
REPOUSO (DECÚBITO DORSAL) | |||||
MÉTODO PALPATÓRIO | MÉTODO AUSCULTATÓRIO | ||||
NOMES | FC* | PApalp | PS** | PD*** | PAM**** |
Daniele | 76 | 84 | 110 | 70 | 36,7 |
Karlane | 78 | 100 | 100 | 80 | 33,4 |
Marymarta | 82 | 86 | 110 | 80 | 36,7 |
Maynara | 84 | 98 | 120 | 80 | 40 |
Wenderlly | 84 | 86 | 110 | 70 | 36,7 |
Média | 80,8 | 90,8 | 110 | 76 | 36,7 |
DP | 3,6 | 7,6 | 7,0 | 5,5 | 2,5 |
Fonte: Universidade Federal do Piauí – UFPI/ Laboratório de fisiologia. Teresina, 2016.2. *FC: frequência de pulso (batimentos/minuto). **PS: pressão arterial sistólica (mmHg). ***PD: pressão arterial diastólica (mmHg). ****PAM: pressão arterial média (mmHg) / Fórmula usada na obtenção dos resultados: PAM = PD + (PS-PD) / 3.
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