RESUMO VESÍCULA BILIAR
Por: Luisa Duarte • 26/11/2016 • Trabalho acadêmico • 1.138 Palavras (5 Páginas) • 1.118 Visualizações
RESUMO VESÍCULA BILIAR
Sistema Biliar é formado pelas vias biliares e vesícula. A sua função é permitir a passagem da bile do fígado até o intestino delgado.
Vesícula Biliar: víscera oca em formato de pêra. Função de acumular + concentrar + liberar a bile.
Canal Cístico: une a vesícula ao canal hepático, depois dessa junção encontra-se o canal biliar comum ou colédoco.
Canal Pancreático (de Wirsung): encontra-se acompanhado da porção terminal do canal biliar comum e entram no duodeno formando a papila de Vater.
Esfíncter de Oddi: envolve o canal biliar comum, canal pancreático e a papila de Vater.
Bile: Ph alcalino, isotônica, cor amarela. Pode ser biliar (quando armazenada na bile) ou hepática (quando armazenada no fígado).
- Composição: ácidos biliares (ácido cólico, deoxicólico, quenodeoxicólico e litólico); fosfolipídios (lectina); colesterol; bilirrubina e íons orgânicos.
- Funções: emulsificação lipídica; formação de micela mista; permite que as vit. Lipossolúveis e as micelas mistas sejam absorvidas; ativa a enzima colesterol hidrolase; é a principal via de excreção de bilirrubina e colesterol.
- Secreção:
- Período entre as refeições o esfíncter de Oddi está fechado, a bile acumu-se na vesícula, aumentando a sua concentração.
- Período durantes as refeições, a gordura alimentar ao entrar no duodeno estimula a liberação de CCK, que irá contrair o esfíncter de Oddi e leva a excreção da bile.
- Uma porção inicial da bile é secretada pelos hepatócitos, contendo sais biliares, colesterol e outras substâncias. → Na segunda etapa, a bile segue pelos ductos biliares onde recebe uma solução aquosa de íons e bicarbonato. → é armazenada ou secretada. 94% é reabsorvida pelo fígado e 6% eliminada nas fezes. A maior parte é absorvida no íleo terminar, e uma pequena no intestino grosso.
Doenças da Vesícula:
Litíase vesicular → Coleciste crônica; Coleciste Aguda (cálculo no canal cístico); Coledocolitíase (cálculo no colédoco).
É a presença de cálculo dentro do lúmen da vesícula ou da árvore biliar; mais frequente nas MULHERES, maior parte dos cálculos são de colesterol.
- Sintomas: dor, cólica biliar, acolia fecal, esteatorreia, purido, icterícia, elevação de ALT e AST, GGT e FA.
- Fatores de risco:
- Modificáveis: alimentação; atividade física; perda de peso rápida; obesidade e dislipidemia.
- Não modificáveis: genética; etnia; idade avançada; sexo feminino; doença crônica.
Litogênese: A formação de cálculos depende de 4 fatores: Desmotilidade da vesícula biliar + supersaturação de colesterol + nucleação de cristais + anormalidade na secreção e absorção da vesícula biliar.
Tipos de Cálculos:
Colesterol: amarelados pálido, redondos ou ovoides, duro e com cristais brilhante ao corte.
Negros: composto principalmente por bilirrubina não conjugada, contornos espiculados e modelados.
Acastanhados ou marrom: contém bilirrubina não conjugada + palmitato e estearatos. São laminados, moles e se localizam nos ductos intra ou extra hepáticos.
Cálculos de colesterol:
- A bile é concentrada na vesícula, com transferência de colesterol e fosfolipídeos de vesículas para micelas (o excesso de colesterol ultrapassa a capacidade de ligação com as micelas). Fosfolipídios são preferencialmente transferidos deixando para trás vesículas ricas em colesterol que se precipitam dentro de cristais.
- A cristalização é acelerada na presença de mucinas, glicoproteínas, imunoglobulinas e transferrina.
- Esvaziamento incompleto ou dismotilidade da vesícula concentram a bile proporcionando a formação de cálculos.
Normalmente, a bile contém substâncias químicas suficiente para dissolver o colesterol excretado pelo fígado. Mas se o fígado excreta mais colesterol do que a bile pode dissolver, o excesso de colesterol pode se transformar em cristais e, eventualmente, em pedras.
Colecistite Aguda: Inflamação aguda da vesícula biliar causada na maioria dos casos por litíase biliar. O restante acontece em conjunto a sepse, trauma severo, infecção.
Sintomas
• Dor epigástrica ou no quadrante superior direito, febre baixa, anorexia, náusea e vômitos;
• A presença de icterícia sugere obstrução do ducto biliar comum.
Bile estagnada na vesícula por obstrução do canal cístico → mucosa libera fosfolipase → desencadeia alterações histológicas → liberação de prostaglandinas e outros mediadores inflamatórios → acumulo de liquido intraluminal.
Colecistite Crônica: Pode ocorrer na presença prolongada de cálculos na vesícula biliar, bem como em crises repetitivas de colecistite aguda. É mais frequente em mulheres entre 50-60 anos.
Sintomas
•Náuseas; Dor abdominal intermitente; Flatulência; Fenômenos dispépticos mal definidos;
TRATAMENTO CLÍNICO E CIRÚRGICO:
- Ácido ursodesoxicólico e Ácido quenodesoxicólico = promovem a dissolução gradual de cálculos biliares radiolucentes durante um período de seis meses a dois anos. Esse tratamento pode causar diversos sintomas. 50% dos pacientes tem recidivas.
- Litotripsia por onda de choque corpóreo.
- Cirurgia laparoscopia,
A obesidade (supersaturação da bile e formação de cristais) está associada a um risco aumentado de cálculos e perdas de peso pode reduzir riscos de formação de cálculos. Entretanto, perda de peso excessivas (>3kg/semana) pode promover o desenvolvimento de cálculos biliares ou fazer com que o cálculos assintomáticos virem sintomáticos.
Alguns pesquisadores demonstram a sintomatologia das doenças da vesícula associadas com alergia alimentar. (ovo, porco, cebola, galinha, leite...)
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