EFEITOS DOS HIPNO ANALGÉSICOS
Por: heloisav • 7/6/2018 • Trabalho acadêmico • 2.171 Palavras (9 Páginas) • 417 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI.[pic 1]
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE- CCS.
DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E FARMACOLOGIA
DISCIPLINA: FARMACOLOGIA PARA ODONTOLOGIA
PROFESSORA: MARIA ZENAIDE DE LIMA CHAGAS MORENO FERNANDES
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA:
EFEITOS DOS HIPNOANALGÉSICOS
NÁDIA MARIA PIRES SILVA (20159002250)
TERESINA-PI
JULHO /2016
NÁDIA MARIA PIRES SILVA
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA
EFEITOS DOS HIPNOANALGÉSICOS
[pic 2]
TERESINA-PI
JULHO /2016
INTRODUÇÃO
Várias estruturas anatômicas envolvendo, principalmente, o sistema nervoso central (SNC) são responsáveis pela percepção dolorosa. Nessas estruturas, neurotransmissores diferentes realizam a função bioquímica de transmitir a dor. Os opióides endógenos, por sua vez, atuando em receptores próprios, inibem, através de vias aferentes, a percepção da sensação dolorosa. Opióides exógenos, como a morfina e a meperidina, nada mais fazem do que agir nestes receptores, mimetizando os efeitos dos opióides endógenos e produzindo analgesia. (FERREIRA; WANNMACHER, 1992).
Na América, o uso de ópio foi introduzido principalmente pelos imigrantes orientais. Com isso, o vício da morfina disseminou-se durante a Guerra Civil americana, quando os combatentes a injetavam para aliviar dores, sendo a dependência, após a guerra, chamada de "mal de soldado". (SILVA, 2010).
Os hipnoanalgésicos possuem mecanismos de ação e ações farmacológicas muito diferentes, sendo capazes de desencadear farmacodependência e tolerância, bem como aliviar dores de grande intensidade. Contudo, as primeiras experiências com hipnoanalgésicos causam sinais claros de disforia, com náuseas, vômitos, sudorese e mal-estar. A maioria dos indivíduos abandona a droga logo após o primeiro contato. Outros, entretanto, descobrem uma sensação de bem-estar muito "especial", apesar das manifestações de disforia, e voltam a usar a substância em outras ocasiões, até que se tornam dependentes. (SILVA, 2010).
Sabendo que a morfina é um importante hipnoanalgésico exógeno de extenso uso clínico e consideráveis efeitos farmacológicos, incluindo analgesia a nível de sistema nervoso central, amplamente utilizado no tratamento de dores agudas, este relatório objetiva relatar uma aula prática realizada em uma turma do curso de Odontologia da Universidade Federal do Piauí. Analisando, em Camundongos Swiss, espécie Mus musculus, demonstrando a ação analgésica, bem como os efeitos no organismo de doses diferentes com o uso de hipnoanalgésicos, avaliando os resultados produzidos pela morfina, após administração via intraperitoneal. A partir disso, pretende-se mostrar por meio de um ensaio cego, na prática, os efeitos dos hipnoanalgésicos, como a morfina no organismo.
METODOLOGIA
MATERIAIS
- 9 Camundongos Swiss, (Mus musculus);
- Morfina em duas concentrações diferentes, mais e menos concentrada;
- Água destilada;
- Seringas de 1 ml com agulha;
- Pincel hidrocor;
- Gaiolas para controle dos animais;
- Pinças clínicas;
- Cronômetro.
MÉTODOS
Inicialmente, separou-se os animais em três subgrupos, cada um com três representantes, distribuídos para três grupos de alunos dispostos em bancadas. Procedeu-se a contenção dos camundongos, uma a um, em cada bancada. Para a contenção dos animais, a manobra inicial consistiu em sua retirada da gaiola, suspendendo o animal pela base da cauda, e a seguir, rapidamente o apoiou em uma superfície na qual ele possa se agarrar, a tampa da gaiola, que serviu como ponto de apoio para o camundongo, dando mais firmeza para a realização de contenções posteriores. A contenção para a administração de substâncias (identificadas para fim do estudo ou ensaio cego em substância A, B e C) foi realizada mediante a sua colocação sobre a tampa da gaiola. Pressionou-se levemente sobre ela, segurando, primeiramente a pele da região dorso-cervical, entre os dedos indicador e polegar. Em seguida, fixou-se sua cauda entre os outros dedos e a palma da mão, para a limitação total de seus movimentos.
Posteriormente, em cada bancada, as cobaias foram identificadas com pincel hidrocor por marcações tracejadas no rabo, em seguida, verificou-se os parâmetros: Frequência respiratória (mov. resp./min), a partir do quádruplo do número de movimentos respiratórios em 15 segundos; Atitude do animal (normal, excitado, deprimido ou dormindo); Reflexo da dor, através de um pinçamento na extensão da cauda do camundongo; Reflexo de Straub, pela inspeção visual. Após a anotação de cada um desses dados, prosseguiu-se com a administração das substâncias A, B e C, nos camundongos I, II e III respectivamente, na cavidade peritoneal entre os órgãos abdominais, na metade posterior do abdome com o animal contido pelo dorso.
Administrou-se uma dose da substância equivalente ao peso do animal, 0,3 ml, que poderia ser morfina, em baixa ou em alta concentração, ou água destilada, já que a proposta do experimento foi um ensaio cego, no qual não se tinha conhecimento exato da substância que estava sendo administrada a cada camundongo, a fim de eliminar ao máximo a subjetividade e a manipulação de resultados.
Todos os animais foram corretamente imobilizados, um a um, em seus respectivos subgrupos, para que a administração das injeções fosse conduzida sem risco para o pesquisador ou animal. Considerando que qualquer fator externo pudesse alterar a homeostase, e ainda ser apontado como um fator estressante, aguardou-se tempo suficiente para que o animal se adaptasse a manipulação e se tornasse familiarizado com os alunos, a fim de se evitar estresse e, consequentemente, desequilíbrio de funções orgânicas, determinando a ocorrência de alterações fisiológicas.
Por conseguinte, colocou-se a cobaia em uma gaiola enquanto cronometrava-se 20 minutos, após esse tempo, os animais eram retirados do recinto. Por conseguinte, comparou-se os mesmos parâmetros relacionados à antes da administração das substâncias e anotou-se os resultados encontrados.
RESULTADOS
TABELA 1: Comparação média dos parâmetros Frequência respiratória por minuto, Atitude, Reflexo da dor e Reflexo de Stroub, em Mus musulus antes e após 20 minutos da administração das substâncias A, B e C*
Comportamento | Frequência respiratória | Reflexo da dor | Reflexo de Straub | |||||
Antes | Após¹ | Antes | Após¹ | Antes | Após¹ | Antes | Após¹ | |
A | 100* Normal | 66,66* Normal 33,33* Deprimido | 126, 6 | 81,3 | 100*(+) | 100*(-) | 100*(-) | 100*(+) |
B | 100* Normal | 66,66* Normal 33,33* Deprimido | 145, 3 | 142,6 | 100*(+) | 66,66*(-) 33,33*(+) | 100*(-) | 33,33*(+) 33,33*(-) 33,33*(+/-) |
C | 100* Normal | 66,66* Normal 33,33* Deprimido | 152, 3 | 124 | 100*(+) | 100*(+) | 100*(-) | 100*(-) |
Legenda: *Valores em porcentagem; ¹Após 20 minutos da administração da substância via intraperitoneal; (+) Presente; (-) Ausente; (+/-) Variavelmente presente ou diminuído
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