Patologia bucal - carie dentaria
Por: Rafaella Madeira • 14/4/2015 • Resenha • 1.099 Palavras (5 Páginas) • 3.587 Visualizações
PATOLOGIA AULA 2
Doença mais comum infecciosa é a cárie dentária. A cárie é muito ampla dentro do curso de odontologia. O objetivo é entender as causas e mecanismos da doença.
A cárie é uma doença infecciosa de origem bacteriana, caracterizada pela destruição local dos tecidos dentais. É caracterizada também pela perda da estrutura mineral. Então se deve lembrar que o esmalte e a dentina têm uma base mineral inorgânica, e uma base orgânica. O mineral que se encontra chama-se hidroxiapatita. Concluindo então a cárie nada mais é que a perca dessa estrutura mineralizada, ou seja, desmineralização.
Há um índice, chamado DCPO, que contam quantos dentes foram cariados, extraídos e restaurados. Esse índice é o mais usado para medir a prevalência e incidência de carie na população. Esse levantamento ocorre em qualquer idade, mas a idade ideal é a de 12 anos, pois a dentição está completa (tirando o terceiro molar). Antigamente o índice de carie era enorme, hoje em dia é muito baixo.
A doença é multifatorial, não é só infecção. Talvez o fator mas importante é a placa bacteriana, mas ele não trabalha sozinho, para a doença aparecer tem que ter um conjunto de fatores trabalhando para que ocorra a desmineralização. Um dos fatores etiológicos mais importantes é a placa bacteriana (para formar a placa, tem restos alimentares, microorganismos, bactérias, componentes da saliva). A boca possui centenas de bactérias, nem todas são cariogênicas. A placa não trabalha sozinha, ela precisa de outros fatores para aparecer, chamados de fatores determinantes.
FATORES DETERMINANTES: são fatores que contribuem para o aparecimento da doença, junto com a placa. Esses fatores são os problemas da saliva, os problemas associados à dieta e a falta do flúor.
FATORES MASCARADORES: É o ambiente que a pessoa vive, a cultura onde ela está, os hábitos que ela tem. São fatores considerados secundários. O nível socioeconômico ultimamente já melhorou bastante, por possuir muitos lugares públicos e as pessoas terem acesso. O comportamento é o hábito que a pessoa tem, como exemplo se ensinar uma criança desde pequena, a escovar os dentes e utilizar o fio dental, vai virar hábito para ela e ela fará sempre. E o nível de conhecimento é claro, se ignorar a doença, não fará nada para tentar ajudar. Então as vezes o problema vem de casa, as vezes a criança não tem uma orientação adequada, os programas de higiene bucal ajuda muito para melhorar. Se a pessoa não tem um nível de conhecimento bom, a criança não terá também.
ESMALTE: É um tecido acelular, puro, mineralizado, 95% de hidroxiapatita, e os outros 5% de água e matéria orgânica (proteína). Essa composição ela faz com que o esmalte tenha três propriedades importantes: tecido duro por causa do hidroxiapatita, porem é friável (quebra fácil) e translúcido (deixa a luz passar). Outro fator importante é que os cristais de hidroxiapatita se organizam formando prismas.
DENTINA: Composta por 70% de mineral (hidroxiapatita), 18% de matéria orgânica e 12% de água. Então ela é menos dura (possui 70% de hidroxiapatita), porém mais resistente.
A propriedade onde o material e capaz de receber o impacto, deformar, e dissipar é chamado de resiliência.
O que quebra mais fácil a dentina ou o osso? O osso possui 50% de hidroxiapatita e 50% de matéria orgânica, então ele é mais resistente que a dentina. Ex: um osso coloca no meio acido, e o outro na água fervendo. O osso que está na água fervendo: o calor degrada proteína, então ele fica sem colágeno, só fica o mineral. O outro osso está no acido: o acido degrada o mineral, só sobra colágeno. Concluindo, sem colágeno fica duro, mas quebra. Com colágeno fica mole, mas não quebra.
PLACA BACTERIANA: Fator mais importante. Representa colonização bacteriana da superfície dentaria. Os dentes oferecem condições ideais para colonização e crescimento bacteriano. Que condições são essas:
1°- o esmalte não tem célula, ele é acelular, se ele não em célula ele não renova, isso facilita a colonização microbiana, porque se o esmalte fosse igual à pele, se ele renovasse, seria muito fácil porque a placa formaria, mas não teria tempo de se desenvolver. Então o primeiro fator que ajuda a doença é o fato do esmalte não ser renovável.
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