REPOLHO ROXO – IDENTIFICADOR DE CÁRIE DENTÁRIA
Por: Carolina Vieira • 12/3/2016 • Trabalho acadêmico • 2.735 Palavras (11 Páginas) • 610 Visualizações
Repolho roxo – identificador de cárie dentária.
Isabel Karoline Souza Lima (Estudante\ UNIFACS, bebel_amil@hotmail.com), Laisa Nascimento Fiuza (Estudante /UNIFACS, laisa_fiuza@hotmail.com), Sara Geovani Santos Moura (Estudante/UNIFACS, saramoura@hotmail.com.br), Vinicius Braga de Senna (Estudante/UNIFACS, vinicius.b95@hotmail.com)
Nome da equipe: Renekton
Orientador: Viviana Mateus (DEQ/UNIFACS, viviana.mateus@pro.unifacs.br)
Palavras Chave: Cárie dentária, ácidos, desmineralização, indicadores ácido-base.
Resumo
A cárie dentária é uma doença com alta prevalência em todo o mundo, sendo considerada pela OMS como um grave problema de Saúde Pública que afeta pessoas de todas as idades e classes sociais. O presente estudo foi conduzido com o objetivo de levar o paciente ao dentista antes do surgimento dos sintomas da carie, identificando-a pela acidez produzida no processo da doença. A partir de uma revisão bibliográfica, foram reunidas informações sobre o processo de formação da cárie.
Introdução
A cárie dentária é considerada uma doença infectocontagiosa de origem bacteriana. O desenvolvimento da mesma é considerado um processo lento onde a ausência de seu tratamento eleva a incidência da perda total da estrutura dentária, devido à falta de higiene bucal e dieta com excesso em açúcares e carboidratos. Ela é resultado da desmineralização do esmalte e da dentina. [2]
A formação das lesões de cárie se inicia, no esmalte dentário. O componente mineral principal do esmalte é a apatita. As apatitas encontradas nos organismos vivos geralmente são as hidroxiapatitas, com fórmula representada por Ca5(PO4)3OH. [4]
Os dentes sofrem continuamente processos de desmineralização e remineralização. A desmineralização ocorre após as refeições, quando as bactérias presentes na flora bucal decompõem os alimentos produzindo ácidos orgânicos como o acético e o lático. A mineralização ocorre logo após a desmineralização, restabelecendo a integridade do esmalte do dente em virtude da saliva, do controle do biofilme dentário e de outros fatores. [5]
Desmineralização da hidroxiapatita:
Ca5(PO4)3OH(s) →5Ca2+(aq) + 3PO43-(aq) + OH-(aq)
Remineralização da hidroxiapatita:
5Ca2+(aq) + 3PO43-(aq) + OH-(aq) →Ca5(PO4)3OH(s)
A desmineralização faz com que o pH da boca se torne ácido, o que faz os dentes perderem minerais importantes para sua constituição, como o cálcio e fosforo. Após a digestão ocorre o processo de mineralização quando o pH da saliva volta ao normal e os minerais são restituídos ao esmalte. [3,5]
A saliva além de lubrificante para a boca, ajuda na formação do “bolo alimentar” e é o principal meio do corpo para quebra de amido, sendo de fundamental importância para o sistema de defesa para o dente. As proteínas e glicoproteínas presentes na saliva proporcionam uma película em volta do esmalte do dente proporcionando uma maior resistência as bactérias da placa; o pH da saliva, em torno de 6,8 a 7,2, auxilia no combate a colonização na boca por microrganismos potencialmente patogênicos; a saliva serve como mecanismo de limpeza dos açucares produzidos pelos microrganismos da placa, que se não forem rapidamente limpos pela saliva podem desmineralizar o esmalte do dente. [3, 5]
Quando há um desequilíbrio no processo de desmineralização e remineralização os tecidos dentais ficam sensíveis a ação das bactérias presentes na boca, o que por sua vez pode gerar placa bacteriana.
O dente e a saliva trocam constantemente sais e minerais, entretanto quando a saliva adquiri pH ácido o esmalte passa a doar mais sais minerais ao meio bucal, o que por sua vez o torna mais suscetível a cárie. Já se a saliva adquirir caráter mais básico ela começa a depositar os sais minerais presentes nela na superfície do dente o que acaba favorecendo o surgimento de tártaro. [1, 7, 8]
Com base nessas observações, propôs-se abordar, no presente estudo, as relações entre cárie dentária e acidez, tendo como objetivo a identificação das cáries através de indicador ácido-base orgânico natural.
Experimental
2.1 - Materiais e Reagentes
Parte I – Obtenção do extrato de repolho roxo
.
- Béquer
- Pipeta
- Água destilada
- Repolho
- Agitador magnético com aquecimento
Parte II – Produção da escala padrão de pH
- Tubo de ensaio
- Pipeta
- Água destilada
- Hidróxido de sódio
- Bicarbonato de sódio
- Ácido acético
- Álcool etílico
- Ácido clorídrico
- Extrato de repolho roxo
2.2 - Procedimento Experimental
Parte I – Obtenção do extrato de repolho roxo
[pic 3]
Parte II – Produção da escala padrão de pH
[pic 4]
Observação: Após a preparação da escala padrão, foram colocados 5mL de solução de repolho roxo em diferentes arcadas dentárias e observado suas colorações apresentadas.
Resultados e Discussão
A utilização do extrato de repolho roxo foi necessário por ser de origem natural e inofensivo à saúde bucal e possível por ser um indicador ácido-base pela presença das substâncias que o fazem mudar de cor, denominadas antocianinas. Essas são responsáveis pela coloração rosa, laranja, vermelha, violeta e azul da maioria das flores.
Foi observado que houve mudanças de cor devido à faixa de pH de cada solução usada no experimento. A reação ocorreu, porque na solução os indicadores de pH ligam-se aos íons H+ positivo ou OH- negativo da solução que por consequência altera a configuração eletrônica dos indicadores fazendo acontecer a alteração da cor. As cores obtidas serão as seguintes:
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