REMOÇÃO DE EXOSTOSE MANDIBULAR BILATERAL COM FINALIDADE PRÉ-PROTÉTICA: REVISÃO DE LITERATURA
Por: Gabriela Barros • 3/6/2019 • Artigo • 3.974 Palavras (16 Páginas) • 329 Visualizações
Escola de Ciências da Saúde[pic 1]
Curso de Odontologia
DAYANNA BRANDÃO DE MELO
KAROLINE GOMES FARIAS
REMOÇÃO DE EXOSTOSE MANDIBULAR BILATERAL COM FINALIDADE PRÉ-PROTÉTICA: REVISÃO DE LITERATURA
Orientadora: Profª. MSc Juliana Maria de Souza Oliveira
2019
DAYANNA BRANDÃO DE MELO
KAROLINE GOMES FARIAS
REMOÇÃO DE EXOSTOSE MANDIBULAR BILATERAL COM FINALIDADE PRÉ-PROTÉTICA: REVISÃO DE LITERATURA
Projeto para trabalho de conclusão de curso, em formato de artigo científico, apresentado ao curso de Odontologia, do Centro Universitário do Norte, UNINORTE, como requisito para a disciplina TCC.
Orientadora: MSc. Juliana Maria de Souza Oliveira
2019
Declaração de aprovação
Após apresentação, esse documento, assinado pelos professores membros da banca avaliadora, deverá ser digitalizado e inserido no arquivo final (após as correções) do trabalho a ser entregue para a conclusão da disciplina.
RESUMO
O torus mandibular é a protuberância óssea convexa, que cresce no decorrer do nível lingual da mandíbula que está coberto por uma mucosa fina e com poucos vasos. A remoção cirúrgica dos torus é indicada em casos em que estes são extremamente amplos e atrapalham a fala normal, a firmeza em uma reabilitação protética, quando há ulcerações com frequência devido a mastigação, ou quando o paciente sofre de cancerofobia. O presente trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura, a respeito da cirurgia de remoção de exostose mandibular bilateral que antecede a colocação de uma prótese total para que se tenha boa fixação e estabilidade, reduzindo as chances de o paciente não se adaptar com a dentadura. A metodologia realizada foi uma pesquisa bibliográfica que envolveu um levantamento em bases de dados Scielo e Pubmed, sendo incluídos apenas trabalhos publicados na última década. Os estudos foram comparados e verificou-se que o exame clínico associado à avaliação radiográfica são fundamentais para o diagnóstico do torus mandibular. Observou-se que sua evolução lenta e o caráter assintomático fazem com que somente lesões grandes necessitem de tratamento, que consiste em sua remoção cirúrgica.
Palavras-chave: Procedimentos cirúrgicos bucais; exostose; prótese dentária; torus mandibular.
SUMÁRIO[pic 2]
1 INTRODUÇÃO..........................
2 RESULTADO DA LITERATURA E DISCUSSÃO
2.1 ETIOLOGIA DO TORUS MANDIBULAR
2.2 TIPOS DE TORUS MANDIBULAR
2.3 DIAGNÓSTICO DE TORUS MANDIBULAR
2.4 TRATAMENTOS DE TORUS MANDIBULAR 13
2.4.1 Procedimento cirúrgico da remoção do torus mandibular com finalidade pré-protética 14
2.4.2 Pós-operatório
3 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
O torus é uma protuberância óssea, com tamanhos variáveis e aparência de saliências planas ou nodulares. e origem da cortical óssea, possui desenvolvimento benigno, com manifestação em várias regiões do corpo. Não são considerados patológicos, são vistos como alterações anatómicas de normalidade (SILVA et al., 2017; SISMAN, GOKCE e SIPAHIOGLU, 2012).
Essas exostoses podem surgir durante o período embrionário, porém, na maioria das vezes, só ficam evidentes no decorrer entre os 20 e 30 anos de vida.
Em se tratando da cavidade bucal, há vários tipos de exostoses, no entanto, as mais corriqueiras são: torus platino – localizado no maxilar superior, na linha média do palato duro - e torus mandibular – localizado na superfície lingual da mandíbula (DA SILVA, 2014; RETORI e PERIN, 2015).
O torus mandibular, enfoque deste artigo, é a excrescência óssea convexa, localizada ou circunscrita, que se origina da cortical óssea, ao longo da superfície lingual da mandíbula sobre a linha miloidea na região dos pré-molares (PLATZEK et al., 2014; SOUZA et al., 2016).
Trata-se do crescimento do tecido ósseo de caráter não-neoplásico, com etiologia ainda incerta. No entanto, alguns estudos afirmam haver relação com a hereditariedade, hábitos parafuncionais e fatores ambientais, e com lesões que aumentam gradativamente em tamanho (RODRIGUEZ-VASQUEZ, 2013). De acordo com Da Silva (2014), sua causa é avaliada como multifatorial, sendo atribuída a fatores genéticos, ambientais, hiperfunção mastigatória e crescimento continuado. Porém, segundo Shankland (2010), há uma relação com disfunção temporomandibular e o bruxismo.
De acordo com a sua forma, apresenta-se com uma superfície plana, nodular, fusiformes ou lobular, recoberto por camada de mucosa delgada, pouco irrigada e assintomáticos (RETORI e PERIN, 2015; AUSKALNIS et al., 2015).
Dificilmente as exostoses mandibulares causam desconforto, no entanto, a remoção cirúrgica dos torus é indicada em casos em que estes são extremamente amplos e atrapalham a fala normal, a boa retenção e estabilidade em uma reabilitação protética, ulcerações com frequência devido a mastigação, ou quando o paciente sofre de cancerofobia (BRIDI et al., 2015). Quando necessário, existe a técnica cirúrgica para a exérese dessa alteração, realizada por cirurgiões maxilofaciais. Este procedimento favorece um rebordo isento de protuberâncias ósseas ou de inclusões musculares altas, ocupando a região que danificou a perfeita disposição da prótese (BRIDI et al., 2015; FARIA et al., 2016). Quando bem realizada, a técnica cirúrgica não proporciona quaisquer complicações no pós-operatório. Mas quando presente, as adversidades mais comuns na remoção da exostose mandibular são hemorragia e má adequação do fragmento, edema, hematoma, infecção do pavimento oral, lesões no nervo lingual e comprometimento dos canais salivares (AUSKALNIS et al., 2015).
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