ROTEIRO DE ESTUDO DE EMBRIOLOGIA CRÂNIO-FACIAL
Por: guigabast • 17/3/2017 • Dissertação • 3.620 Palavras (15 Páginas) • 823 Visualizações
CURSO DE ODONTOLOGIA
DISCIPLINA DE HISTOLOGIA BUCO DENTAL
ROTEIRO DE ESTUDO DE EMBRIOLOGIA CRÂNIO-FACIAL
1ª PARTE
EVENTOS INICIAIS DO DESENVOLVIMENTO
O EMBRIÃO – SEU ASPECTO
NA SEGUNDA SEMANA DE VIDA INTRAUTERINA:
Disco oval com duas camadas de células, o ectoderma e o endoderma.
AO FINAL DA SEGUNDA SEMANA:
Endoderma da parte média do terço cefálico do disco apresenta um espessamento arredondado, que se adere firmemente ao ectoderma, chamado de placa precordal.
Esta região de firme adesão entre ectoderma e endoderma constitui a futura membrana bucofaríngea.
Fusão similar ocorre na região caudal, formando a membrana cloacal.
Assim sendo, determinam-se as duas extremidades do futuro tubo digestivo: a boca e o ânus.
TERCEIRA SEMANA
LINHA PRIMITIVA
Ocorre um espessamento linear, no ectoderma, conhecido como linha primitiva, que se estende desde a região central do disco até a membrana cloacal, seguindo o longo eixo do disco oval. Na extremidade rostral da linha apresenta a estrutura chamada de nó ou fosseta primitiva, onde células migram entre o ectoderma e endoderma, para formar um bastão sólido que se estende para frente até a placa pré-cordal. O bastão celular chamado de notocórdio sustenta o embrião primitivo. Na parte média dessa linha, as células ectoderma proliferam e migram, para dentro do disco e, passam a ocupar a região entre ectoderma e endoderma extra embrionário, onde formam o endoderma embrionário. Entre os dois folhetos, o ectoderma e o endoderma recém-formado, constituindo o terceiro folheto embrionário, o mesoderma.
Também, células mesodérmicas se deslocam progressivamente para frente, passando por ambos os lados do notocórdio e placa pré-cordal, onde se acumulam e originam a placa cardíaca, que formará o coração.
Nesse momento o disco embrionário já é constituído pelos três folhetos, exceto nas membranas, bucofaríngea e cloacal.
QUARTA SEMANA
Inicia-se a formação do sistema nervoso central.
O ectoderma da região cefálica prolifera-se, formando a placa neural, que se eleva para formar as dobras ou pregas neurais – duas dobras longitudinais em forma de lábio – que deixam um sulco central, o sulco neural. As bordas das dobras, chamadas de cristas neurais, continuam a proliferar até que fundem na região central, formando o tubo neural. O tubo neural se separa do ectoderma e fica mergulhado no mesoderma. Entretanto, pouco antes do fechamento do tubo neural, as regiões correspondentes às cristas neurais separam-se das pregas, ficando como duas massas celulares paralelas ao tubo mergulhadas no mesoderma.
DIFERENCIAÇÃO DO MESODERMA
Enquanto, o tubo neural se forma, ocorrem modificações no mesoderma adjacente, que inicialmente se espessa a cada lado da linha média para formar o mesoderma paraxial. Na periferia do paraxial permanece como uma fina camada, o mesoderma intermediário, o qual dará origem ao sistema urogenital. Mais lateralmente o espessamento do mesoderma lateral (placa lateral), a qual dará origem ao tecido conjuntivo associado aos músculos e vísceras, membrana serosa da pleura, pericárdio, peritônio, células sanguíneas, sistema cardiovascular e linfático, córtex da adrenal e baço.
Esse mesmo mesoderma paraxial segmenta-se em blocos chamados somitos, cada um com três componentes: o esclerótomo, que formará duas vértebras adjacentes e seus discos; o miótomo, que originará massa de músculo; e o dermátomo, que dará origem ao tecido conjuntivo da pele no local. O mesoderma na região cefálica segmenta-se e forma somatômeros, os quais contribuem em parte para formação dos músculos da cabeça.
CÉLULAS DA CRISTA NEURAL
Quando se forma o tubo neural, um grupo de células da crista neural migram e se diferenciam intensamente no embrião em desenvolvimento. Sendo elas base para a formação de estruturas em diversas regiões do futuro organismo. Responsáveis pela formação do ectomesênquima da face e do pescoço, além de participarem na formação de outras estruturas como: os gânglios sensitivos espinhais, neurônios simpáticos, células de Schwann, as células pigmentares e a medula da glândula adrenal e meninges.
DOBRAMENTO (FECHAMENTO) DO EMBRIÃO
É um evento crucial no desenvolvimento do embrião, sendo o dobramento em dois planos; no longitudinal, eixo rostrocaudal (em sentido crânio-caudal); no transversal, nas bordas laterais, em sentido ventral.
A prega cefálica é fundamental para a formação da cavidade oral primitiva, o estomódio; através desta prega, o ectoderma reveste o estomódio, sendo este separado do intestino pela membrana bucofaríngea. A prega lateral do embrião determina a disposição do mesoderma. Também, o ectoderma do assoalho da vesícula amniótica encapsula o embrião e forma o epitélio superficial. O mesoderma paraxial permanece adjacente ao tubo neural e notocórdio. O mesoderma lateral cavita-se, para formar o um espaço (celoma).
Desse modo, fica evidente a extremidade cefálica, representada pela proeminência frontal que aloja a extremidade do tubo neural.
SEGUNDO TEN CATE
Formação do Embrião Tridérmico ou Triblástico
Ovo (fertilizado) >> mórula >> blastocisto (esfera oca repleta de líquido): - células trofoblásticas (na parede da cavidade/a vesícula vitelina primária / implantação do embrião e formação da placenta, envolvido na alimentação) – embrioblasto (massa celular interna da cavidade / formará o embrião).
Embrioblasto diferencia-se em dois componentes: o epiblasto e o hipoblasto (disco germinativo didérmico / 8º dia). Camada superior ou ectodérmica que se desenvolveu do epiblasto, forma o assoalho da cavidade (a vesícula amniótica). Camada inferior ou endodérmica que se desenvolveu do hipoblasto, forma o teto de uma segunda cavidade o, a vesícula vitelina secundária. Completa-se na 2º semana.
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