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A IMPORTANCIA DA ERGONOMIA NO AMBIENTE DE TRABALHO

Por:   •  17/8/2016  •  Artigo  •  4.726 Palavras (19 Páginas)  •  1.129 Visualizações

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

DANIELA FREIRE CÂMARA CUNHA

NR 17 – A IMPORTÂNCIA DA ERGONOMIA NO AMBIENTE DE TRABALHO

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP

2016

RESUMO

O artigo tem como base a Qualidade de Vida no Trabalho onde será abordado os benefícios que a Ergonomia pode trazer à saúde do trabalhador dentro das organizações, diante de agentes causadores de desconforto como ruídos, moveis sem conforto, má postura, iluminação, dentre outros. Serão abordados no estudo definição de ergonomia, sua formação histórica, análise ergonômica e as principais áreas de atuação aplicada ao trabalho, bem como o conceito e importância da norma regulamentadora 17 (NBR 17). Através da pesquisa, pode-se dizer que o uso da Ergonomia na saúde do trabalhador é uma intervenção eficaz, pois torna este trabalhador apto ao trabalho, aumentando seu rendimento e melhorando sua qualidade de vida dentro da organização.

Palavras – Chave: Qualidade; Ergonomia; Trabalho.

ABSTRACT

The article is based on the Quality of Life at Work which will address the benefits that Ergonomics may bring to workers' health within organizations, before causing discomfort agents such as noise, furniture comfortless, poor posture, lighting, among others. Will be addressed in the study definition of ergonomics, its historical development , ergonomic analysis and the main areas of activity applied to work as well as the concept and importance of regulatory standard 17 ( NBR 17). Through research, it can be said that the use of ergonomics in occupational health is an effective intervention; it makes this fit worker to work, increasing their income and improving their quality of life within the organization.

Key - Words: Quality; Ergonomics; Job.

INTRODUÇÃO

Com o processo de globalização que estamos vivenciando, as empresas para sobreviverem precisam tornar-se competitivas, portanto é necessário que ela modernize seus recursos técnicos (máquinas, equipamentos, ferramentas métodos e processos de produção), qualifique e capacite seus recursos humanos (colaboradores) e proporcione boas condições de trabalho aos mesmos.

A produtividade e a qualidade do produto ou do serviço estão diretamente ligadas ao posto de trabalho e ao sistema produtivo, e estes, deverão estar ergonomicamente adequados aos colaboradores, para que estes possam realizar suas tarefas com conforto, eficiência e eficácia, sem causar danos à saúde física, psicológica e cognitiva.

Tendo como premissas que os profissionais da Segurança e Medicina do Trabalho são os responsáveis pela gestão da qualidade de vida dos colaboradores de uma empresa, portanto, devem interagir e integrar com os profissionais da gestão da produção e da gestão administrativa, para juntos vencerem os desafios do presente e planejar o futuro das organizações.

O futuro das organizações dependerá cada vez mais da criatividade e da participação dos colaboradores na solução dos problemas e, isto só será possível, se o ambiente de trabalho estiver ergonomicamente adequado.

Pensando nisso muitas empresas, estão focando a Ergonomia dentro de seus processos, utilizando como ferramenta para melhorar a eficiência e eficácia colaboradores nos postos de trabalho. No entanto, não só os profissionais de Saúde e Segurança do Trabalho, mas todos os setores da empresa necessitam conhecer melhor a ciência Ergonomia, e utilizar os recursos da Tecnologia Ergonômica, não só para proporcionar melhores condições de trabalho, mas também, contribuir para melhoria contínua dos novos métodos de gestão da produção e da gestão administrativa.

A Ergonomia deve estar presente nas mais diversas áreas da empresa, pois a busca da Qualidade Total passa necessariamente pela Qualidade de Vida no Trabalho.


1 – ERGONOMIA

1.1 – Origem e Evolução da Ergonomia

Historicamente, o termo ergonomia foi utilizado pela primeira, em 1857, pelo polonês W. JASTRZEBOWSKI, que publicou um "ensaio de ergonomia ou ciência do trabalho baseada nas leis objetivas da ciência da natureza". Quase cem anos mais tarde, a ergonomia veio a se desenvolver como uma área de conhecimento humano, quando, durante a II Guerra Mundial, pela primeira vez, houve uma conjugação sistemática de esforços entre a tecnologia e as ciências humanas e biológicas. Fisiólogos, psicólogos, antropólogos, médicos e engenheiros, trabalharam juntos para resolver os problemas causados pela operação de equipamentos militares complexos. Os resultados desse esforço interdisciplinar foram tão frutíferos, que foram aproveitados pela indústria, no pós-guerra (DUL e WEERDMEESTER, 1995).

Em 1949, um engenheiro inglês chamado MURREL, criou na Inglaterra, na Universidade de Oxford, a primeira sociedade nacional de ergonomia, a Ergonomics Research Society. Em 1959, foi organizada a Associação Internacional de Ergonomia, em Estocolmo.
Em 1959, a recomendação n0 112, da OIT - Organização Internacional do Trabalho dedica-se aos serviços de saúde ocupacional, definidos como serviços médicos instalados em um local de trabalho ou suas proximidades, com as seguintes finalidades:

- Proteger o trabalhador contra qualquer risco à sua saúde e que decorra do trabalho ou das condições em que ele é cumprido;

- Concorrer para o ajustamento físico e mental do trabalhador a suas atividades na empresa, através da adaptação do trabalho ao ser humano e pela colocação deste em setor que atenda às suas aptidões;

- Contribuir para o estabelecimento e manutenção do mais alto grau possível de bem-estar físico e mental dos trabalhadores (SAAD, 1993).

Nessa conceituação de serviços de saúde ocupacional, verifica-se a presença do conceito de ergonomia: adaptação do trabalho ao ser humano. Em 1960, a OIT define ergonomia como sendo a "aplicação das ciências biológicas conjuntamente com as ciências da engenharia para lograr o ótimo ajustamento do ser humano ao seu trabalho, e assegurar, simultaneamente, eficiência e bem-estar" (MIRANDA,1980). Atualmente, vários países estão desenvolvendo estudos e pesquisa nesta área de conhecimento, dentre eles podemos destacar: EUA, Inglaterra, França, Bélgica, Holanda, Alemanha e Países Escandinavos.

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