A importância fundamental do trabalho para o desenvolvimento social, de acordo com Marx

Para Marx, o trabalho é fundamental para o desenvolvimento social. A sociedade depende desse desenvolvimento, de suas forças produtivas e das relações sociais de produção, onde a força produtiva é a própria mão de obra do homem, no qual são determinadas pelas condições em que se encontram colocadas pelas forças produtivas já adquiridas. Segundo Marx a sociedade capitalista detém a propriedade dos meios de produção e os trabalhadores vendem suas forças de trabalho como sendo a única coisa que sabem fazer para sobreviverem em troca de salários miseráveis. O trabalhador é explorado trabalhando muitas horas/dia num ritmo acelerado para produzir mais com menos custo visando o lucro do empresário. O trabalhador é alienado ao trabalho, sendo um "escravo" do capitalismo e de suas obrigações imposta pela sociedade em que vive.

Na reportagem, podemos observar pessoas trabalhando em regime de escravidão com o uso da coação e privação da liberdade. São crianças, jovens e adultos estrangeiros aliciadas com falsas promessas. Chegando lá se deparam com outra realidade, a realidade da informalidade, trabalho escravo e privação de liberdade. As condições do local eram degradantes sem nenhuma segurança e higiene. Eram obrigados a trabalharem muitas horas por dia com um ganho muito pouco que não dava nem para irem visitarem suas famílias, pois faziam cobranças e descontos irregulares de dívidas adquiridas com o custo de transporte, documentação e vales fazendo com que a dívida aumentasse ainda mais. São a maioria famílias imigrantes ilegais em busca de melhores condições de vida, deixam os seus países em busca do "sonho brasileiro". Quando chegam aqui, geralmente têm que trabalhar inicialmente por meses, em longas jornadas, apenas para quitar os valores referentes ao custo de transporte para o Brasil. São situações bastante comum encontradas em países emergentes como o Brasil, escondidos por traz das paredes e a obscuridade da lei.

A erradicação do trabalho escravo passa pelo cumprimento das leis existentes, como a Comissão Nacional para a erradicação do trabalho escravo (CONATRAE), criada em agosto de 2003, porém não tem sido suficiente para acabar com esse flagelo social pois mesmo com aplicações de multas ou corte de crédito o empresário continua a utilizar o trabalho escravo porque barateia os custos da mão de obra. Quando pegos em flagrante, os valores que terão que indenizar com os trabalhadores e as multas aplicadas não chegam nem perto do que os que eles lucraram com esse negócio.

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